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Anna Maria estava deslumbrante em um vestido midi off white, ombro a ombro, bem estruturado no corpo. O decote em 'V' e a fenda na coxa com babado evidenciavam seus seios fartos, dando a impressão de uma cintura mais fina do que realmente era. Ela usava sapatos off white com detalhes dourados, de bico fino e salto alto de sete centímetros, que a faziam parecer 1,70 m. Acompanhava o look uma clutch dourada de tecido estruturado e joias de ouro com diamantes.
Seus cabelos negros e lisos estavam presos em um rabo de cavalo, enquanto seus olhos negros eram destacados por uma maquiagem minimalista, com um delineado preto. Seus lábios em formato de coração estavam rosados, contrastando com sua pele branca como porcelana.
- Finalmente, Maria! - disse discretamente Clara. - Achei que nunca fosse chegar, estou morrendo de tédio. - Ela enganchou os braços nos de Anna, levando-a para uma parte mais afastada da porta.
Clara era prima de Anna e as duas tinham rostos muito semelhantes, mas Clara era mais magra, alta e menos voluptuosa. O que sempre a deixou orgulhosa eram seus olhos azuis e a cintura fina. Ela usava um vestido midi tomara que caia rosa claro, com tecido brilhante, e estava adornada com uma gargantilha, anel e brincos prateados com diamantes rosas, formando um luxuoso conjunto de joias. Suas sandálias prateadas com tiras simples complementavam sua clutch da mesma cor.
- Desculpe, eu ia chegar antes, mas minha mãe demorou para se arrumar - explicou Anna Maria.
- Estranho, não vi seus pais chegarem - disse Clara, esticando o pescoço à procura.
- Não chegaram. Cansei de esperar e pedi para o motorista me trazer antes. Você sabe quantas vezes minha mãe trocou de roupa? Ela está se arrumando desde cedo. Fomos ao salão e eu não aguentei esperar.
- Hahaha, a tia é muito vaidosa! Não seria ela se não passasse o dia todo no salão.
- Você a conhece... - suspirou Anna.
- Mudando de assunto, cadê a Carol? Liguei para ela o dia todo e ninguém atende. Não a vejo faz um mês, acredita?
- Eu não sei se ela vem.
- Não diga isso! Falei para ela que tinha muitos gatinhos aqui que queria apresentar para vocês.
- Clara, não estou caçando homens, e nem a Carol. Mesmo assim, obrigada.
- Estraga prazeres! De qualquer forma, venha, vou te apresentar a um amigo. Ele morou no exterior e voltou há uns dois anos, então não conhece muita gente. Estou tentando enturmá-lo - disse Clara, começando a puxar sua prima novamente.
- Você sabe muito bem que sou péssima em conhecer pessoas novas.
- Por isso chamei a Carol também. Ali está ele.
Clara, com um lindo sorriso, se aproximou de um jovem que estava de costas. Ele era loiro, alto, com olhos castanhos, lábios finos e um corpo magro. Usava uma camisa branca, smoking preto e gravata preta - definitivamente um homem bonito.
- Pedro, aqui está a pessoa que queria te apresentar. Anna, este é Pedro. Pedro, esta é minha prima favorita, então cuide bem dela. Se quiser dar um beijinho, eu deixo - disse Clara, rindo disfarçadamente. - Queria ficar, mas vou voltar para o tédio. Tem mais gente que preciso cumprimentar - suspirou, afastando-se.
Anna Maria ficou vermelha na hora, não apenas por sua habitual timidez, mas também pelo comentário de sua prima. Ela não estava à procura de um namorado, mas agora esse belo homem desconhecido poderia se aproximar dela com segundas intenções, e isso só piorava a situação.
- Desculpe - disse ele, se aproximando dela e falando em voz baixa -, eu já tenho namorada. Com licença.
- Um momento - Anna, ainda mais vermelha, segurou seu braço. Ela pensou que ele estava se interessando por ela e recebeu uma rejeição, o que feriu seu orgulho, mesmo não estando à procura de um namorado. - Aquilo foi uma brincadeira. Eu não estou procurando um namorado nem nada. A Clara só nos apresentou porque minha amiga não veio e...
- Olha, eu não te conheço e não pretendo conhecer. Avisei a Clara que estava namorando, então não foi culpa sua, eu acredito. Mas isso continua sendo um não. Se me permite...
Ele se desvencilhou de Anna Maria e se misturou aos outros convidados.
"Clara, eu te mato, que vergonha!" - pensou ela, saindo apressadamente em direção ao terraço. No primeiro, notou que estava ocupado, então seguiu para o próximo, pegando um copo de champagne pelo caminho.