A virgem e o Mafioso: A filha do meu inimigo
img img A virgem e o Mafioso: A filha do meu inimigo img Capítulo 3 2
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Capítulo 3 2

Eu estava no meu bordel, afundado em um sofá de couro preto, com um cigarro entre os dedos e uma expressão que misturava cansaço, preocupação e fúria. O dia havia sido exaustivo, cheio de tensões ligadas ao controle do lado Norte da cidade, território que eu dominava com meu cartel. Como um dos líderes mais poderosos da região, minhas responsabilidades eram imensas, e lidar com os constantes ataques dos meus inimigos era apenas uma delas. Eles sempre estavam tentando me derrubar.

Desta vez, conseguiram me atingir em cheio. Roubaram metade da minha carga de drogas, causando um prejuízo de cinco milhões de reais. Para piorar, tive que desembolsar uma boa quantia para subornar os federais, apenas para descobrir que a carga recuperada estava pela metade.

Enquanto observava uma mulher bonita e atraente dançando no pole dance, o ambiente ao meu redor parecia perder importância. O bordel era grande, iluminado por luzes neon brilhantes que destacavam as dançarinas sensuais. Alguns clientes estavam espalhados pelo local, mas meus pensamentos estavam presos nos meus problemas.

Meu irmão, Elijah, estava ao meu lado, completamente imerso na atmosfera do lugar. Ele ria e conversava animadamente com uma das dançarinas, enquanto eu não conseguia afastar da mente os eventos do dia. O peso das responsabilidades e o cansaço acumulado me consumiam.

Dei uma tragada no cigarro, sentindo a fumaça invadir meus pulmões, e tomei um gole da minha bebida, tentando afastar a preocupação que me dominava. Mas era inútil. Minha cabeça estava cheia de estratégias para recuperar o prejuízo e proteger meu território. Observava o ambiente ao meu redor em busca de pistas ou possíveis traidores.

A música alta, as risadas e os sussurros ao fundo soavam como um zumbido distante. Eu estava imerso em meus próprios pensamentos, tentando encontrar uma solução para os problemas que me afligiam. Nem mesmo o brilho e a sensualidade do bordel conseguiam me distrair. A perda que sofri e o desafio à frente tornavam tudo ao redor indiferente.

Dei mais uma tragada no cigarro, sentindo a fumaça queimar na garganta, e suspirei profundamente. Lutava contra um turbilhão interno, em busca de clareza em meio ao caos. Mas a sombra da perda e a batalha iminente continuavam pairando sobre mim, aumentando a tensão no meu rosto.

- Você está com aquela cara de novo - ouvi meu irmão dizer. Olhei para ele, irritado por ter meus pensamentos interrompidos. - Pensando em Logan e na carga.

- Você deveria estar tão preocupado quanto eu - rebati. - Afinal, faz parte deste negócio, assim como eu.

- Irmão, eu fico com a parte mais divertida - ele riu, quase debochando.

O olhar que lancei a ele, depois de largar o copo com álcool, fez uma das garotas temer que eu fosse matar o idiota, de tanto ódio que fervia em minhas veias.

- Cuida dos negócios dos bordéis e boates, mas não foge do risco de perder a cabeça - eu o encarei, fixando meus olhos nos dele. - Saiba que se uma coisa cair, o resto desaba. Se me pegarem, pegam você também. Então, deixe de ser um idiota que só pensa com a cabeça de baixo e cuide dos negócios e dos homens que vigiam este lugar, porque Logan pode muito bem atravessar a cidade e te matar.

Dessa vez, ele captou a seriedade da situação, e o sorriso desapareceu de seu rosto, o que me deixou mais satisfeito.

Levantei-me do sofá com uma expressão determinada, decidido a me afastar do frenesi do bordel e buscar algum descanso nas salas particulares. Enquanto caminhava pelo corredor, passei pelas portas das salas onde as mulheres levavam os clientes para vender seus corpos sem pudor. Era um ambiente controverso, mas onde eu encontrava algum alívio em meio às minhas preocupações.

Tinha uma sala particular reservada para mim, onde planejava descansar um pouco antes de voltar para casa. Vivíamos isolados em um complexo, protegidos pelos meus homens, e aquele bordel era um refúgio onde eu podia relaxar e, se quisesse, desfrutar da companhia de uma mulher. No entanto, ultimamente, eu preferia a solidão.

Ao chegar à porta do meu espaço privado, estava prestes a fechá-la quando Olivia apareceu, com um sorriso malicioso no rosto. Eu não estava no clima, mas decidi deixá-la ficar. Fechei a porta, e ela se aproximou, mas eu a afastei, surpreendendo-a com minha atitude.

Olivia franziu o cenho, confusa. Ela estava acostumada com minha companhia e talvez esperasse um encontro íntimo naquela noite. Mas minha mente estava cheia de problemas, e a presença dela não era capaz de me distrair ou aliviar o peso em meus ombros.

- O que está acontecendo com você, ultimamente? - ela perguntou.

- Já ouviu falar em cansaço? - respondi com ironia, cerrando os olhos. - O que você quer?

Fui direto, não estava no clima para rodeios, e nunca me importei com os sentimentos alheios.

- O que eu quero? - Ela tentou se aproximar novamente, com aquele corpo sensual no qual eu já havia me perdido tantas vezes. Mas o que eu realmente desejava naquele momento era a cabeça de Logan. - Não está claro?

- Está, e vou adiantar que não estou no clima - respondi secamente, afastando-me.

- Poxa, Dante, você desaparece e, quando volta, está de mau humor. O que aconteceu?

- Quer realmente saber? - Virei-me, cerrando os olhos. - Estou de saco cheio. Quero matar alguém. Perdi milhões, acha pouco ou quer que eu continue?

Ela fechou a cara, irritada.

- Você sempre teve problemas, mas nunca deixou de lado a nossa diversão.

- Tem muitos clientes hoje, Olivia. Que tal fazer dinheiro? - respondi, dispensando-a.

- É assim que você vai me tratar?

- Desde quando fui educado com uma puta?

Ela pareceu ofendida, mas finalmente saiu. Quando fiquei sozinho, respirei fundo, passei a mão pela têmpora e tentei me acalmar. Logan não podia me descontrolar desse jeito. Seria dar vantagem a um babaca como ele.

- Vou acabar com você, Logan Ford, e não terei piedade quando colocar as mãos em você.

            
            

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