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O caminho de casa não é nada quieto. Eu e Nash rimos e conversamos sobre tudo. Até sobre o passarinho. Sabíamos que Stanley e os outros soldados no acompanhavamos em uma certa distância. Mas não ligamos. Seguimos caminhando.
Chegamos em frente a minha casa, e posso ver na janela da sala, Fin me olhando com ódio.
- Até! - Digo.
Ele sorri de canto e parece ver Fin, então me puxa pelo braço e me dá um beijo demorado na bochecha. Ele apenas sorri e faz sinal para o irmão. Meu pai aparece na porta de frente com uma expressão terrível. Não digo nada a Nash, apenas corro ao encontro de meu pai. Ele põe a mão na sua cabeça como se estivesse morrendo de dor.
- May. Seu noivo está aqui. Que situação poxa!
Não me importo, quando tento entrar sem lhe dizer nada, meu pai me pega pelo braço.
- Temos coisas sérias a conversar. É sobre sua mãe e seus irmãos.
Sinto um nó gigante se formar em minha barriga. Entro acompanhada de meu pai. Fin agora está sentado me encarando. Enquanto balança a coler de seu chá. Vejo Sophie entrar devagar pela sala, trazendo mais chá. Sinto uma tortura imensa chegar em minha cabeça e não podia imaginar o que estava acontecendo.
- Devia estar ótimo o encontro com seu próprio cunhado. - Diz Fin em deboche.
- Me poupe. Você só quer minha herança. - Ele sorri.
Meu pai fica quieto, apenas pega uma xícara. E pede para Sophie se retirar.
- Você nem tem mais herança.
- Minha filha. - Meu pai diz. Quando ele tenta falar algo a mais, Fin o interrompe.
E me da um certo pavor. Quem ele pensa que é para ficar falando assim com meu pai.
- Após uma saída muito suspeita de Lisa e Liam Cox, quando chegaram em casa, viram a cena brutal de Augusto Cox, espancando sua esposa. Sua mãe.
Suspiro longo e sinto as lágrimas caírem.
- Minha mãe. - Faço uma pausa, não consigo nem pronunciar as palavras. - Morreu?
- Não. - Diz Fin. - Te trouxe essas informações por você ser minha futura esposa. Eu e seu pai já discutimos algumas ideias sobre o que fazer. Mas gostaria que você tomasse as decisões conosco.
Meu pai se senta ao meu lado, e me oferece um chá, qual eu pego para tentar me acalmar. Ele segura minha mão.
- May. Sinto muito. Eu sou pai de Liam e de Lisa também. Sua mãe na época não me deixou assumir, tinha medo que todos me vissem como um podre por ela ser camponesa.
Meu Deus. Não sei o que sentir mas estava brava. Como ele pode? Deixar Lisa e Liam passar tantas necessidades atoa. Ele não tinha dó de seus filhos?
- Como você pode? - O encaro.
- Olha, seu pai e sua mãe tiveram suas razões. - Fin diz. - Eu sei como é. Também fui traído desta maneira May.
- E o que vocês pretendem fazer? - Digo ainda furiosa. - Meus irmãos vivem na pobreza. Liam que tem que ter a fortuna de papai. Ele devia ser soldado. - Meus olhos voltam a ficar cheios de lágrimas.
- É bem complicado. Você foi aceita pelo rei, por que o general não tinha herdeiros. Agora com essa nova informação vai ser mais complicado. O certo vai ser o general adotar os seus irmãos, e se casar devidamente com sua mãe. Mas para isso, ele tem que convencer o Rei e a rainha. Ou alguém do conselho.
- Quem do conselho?
Ele me encara e parece resitar em falar.
- Seu pai é do conselho, mas isso é pessoal, não pode ser passado a ele. E no conselho temos os reis, o príncipe herdeiro. - Minha mente para.
Quando ele fala sobre Nash, além do meu coração, tudo vira sobre ele. Eu achava que já estava me apaixonando por ele, mas não iria aceitar. Fin começa a falar as outras possibilidades, que seriam tentar fazer deles nos empregados, mas eu não confiava em nada que ele dizia. Ele queria que Liam e Lisa, não fossem considerados filhos do meu pai, apenas pelo único e óbvio motivo: ele queria a fortuna de meu pai. O caso mais resumido é, Minha mãe, se separaria de meu pai logo que saísse do repouso, e não teria mais lugar para ficar. Liam e Lisa seriam obrigados a ficar com meu padrasto. Já não sabia o que pensar.
Depois de uma conversa longa e demora, Fin termina dizendo que irá ver com seus familiares. E não resolveria nada - eu pensava isso.
Então tramo um plano. Peço a Sophie ficar dormindo em meu quarto, e se passar por mim, ela me devia isso. Peço a William que é o meu melhor amigo atualmente, explico a situação e digo que irei conversar com Nash, e que tinha certeza que ele me ajudaria. Ele aceita me levar em segurança até o castelo.