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- Prazer Senhorita Whites. - Diz um velho barbudo que estava com uma taça na mão. - Sou Darius Rizzo. Mas me chame apenas de Darius. - Atrás dele surge uma mulher. - Esta é minha mulher Cindy. - Fala sobre uma mulher velha de cabelos grisalhos e um vestido vermelho com mangas sobre os braços de tule.
Logo chega uma mulher, aparentemente da minha idade, cabelo escuro como a noite, corpo exuberante e nariz perfeito, os olhos negros como um mar escuro.
- Hã? - Ela olha para mim. - Voce existe! Nossa achei que era mentira. - Ela diz e os velhos a repreendem com os olhos. - Deixe que eu me apresento. - Sorri. - Sou Crystal Rizzo. Seremos grandes amigas.
- Ah. Claro. - Dou um sorriso tímido. - May.
- Sim. Sei quem você é. Uma dama disputada. Todos querem ter o nome Whites e ficar com a fortuna do nosso grande general e claro: ocupar o seu espaço na guarda real. - Diz debochando.
- Ok Crystal. Vamos. - O velho a puxa para longe. - Foi um prazer Senhorita.
Cindy balança a cabeça e se vira para mim.
- Somos donos da loja de diamante Rizzo. Fomos agregados a pouco na sociedade real. Nosso terceiro baile. Crystal é sempre inconveniente. Peço desculpas. - Diz com um olhar de tristeza.
- É meu primeiro baile Senhora Rizzo. - Digo e ela me lança um sorriso pequeno.
- Sim. Todos queríamos conhecer a filha do nosso querido general. - Sorri. - Enfim. Hoje o príncipe escolherá sua pretendente. Vai tentar a sorte querida?
A vou sim! Nós sonhos deles.
- Não pretendo dona. - Digo me afastando.
Procuro meu pai que está junto de um homem de cabelos escuros, alto e com belo trage. Eu não sei onde Sofi e Stanley se meteram, espero que não estejam nos amassos em momentos como esse. Chego perto de meu pai que sorri.
- Minha querida. - Me abraça pelos ombros. - Este é Finn. Príncipe Finn. - Ele lança um sorriso amigável.
Não sei se gostei desse homem. Ele tem um jeito estranho. Um jeito asqueroso. Bem, eu não tinha que achar nada, príncipe Finn apenas seria um dos homens quais eu não pretendia jamais manter ter contato.
- É um prazer Senhorita. - Pega a minha mão e a beija.
Puxo a minha mão em um gesto de surpresa. E ele me encara, meu pai fica surpreso, mas entende o meu apavorou, sinto em seu olhar " tudo bem, ele não é ruim", mas era. Eu sentia que era. Mas talvez fosse mais sobre mim. Sobre o que eu sentia. Mas aqueles olhos, os mesmos olhos de quando meu padrasto me batia, de quando via ele gritando. Eu odiava lembrar daqui, e não queria chorar na frente do príncipe e muito menos de meu pai. Ele nem imaginava que aquele homem cruel me batia.
Por fim os dois sorriram e me encararam.
- Desculpe. - Digo com meu olhar indo para seus pés. Podia ver sua botas, lindas botas, de couro preto que refletiam se duvidasse.
- Entendo perfeitamente. - Sorri. E vejo meu pai sorrir também orgulhoso, de certa forma, Finn devia ser o filho que ele tanto sonhara.
- Então May. Cadê Stanley e Sofi? - Meu pai os procura pelo salão.
- Nao tenho ideia pai. - Digo. - Estava conversando com uma tal de Cindy Rizzo e eles sumiram. - Meu pai e Fin se entreolham.
- Ok querida. Se mantenha distante da família Rizzo. Principalmente de Crystal Ok? - Ele diz.
- São pessoa ruins. - Finn acrescenta. - Nao vai querer ser vista com Crystal.
Fiquei quieta e pensativa. Anotei em um caderno mental para depois perguntar a Sofi o porque não devo chegar perto de Crystal. Logo avisto duas garotas junto de mais um garoto. As garotas eram identicas se não fosse pelos seus cabelos, uma tonha cabelo comprido e estava com uma coroa pequena, olhos castanhos e usava um vestido verde claro, a outra idêntica, cabelos castanhos escuro, mas curto, talvez curto no ombro, isava um vestido rosa, um vestido que mostrava um pouco de seus sapatos rosas com brilho. Logo sugeri que eram as princesas gêmeas. Achei que eram mais belas, tinham mais graça, mas não me pareciam nada diferentes de todas as outras damas desse reino, na verdade, existiam camponesas muito mais bonitas. O garoto que caminhava de seu lado tinha cabelo escuro, como a noite, olhos azuis e claro, cabelo comprido que pouco passava de sua orelha. Usava um traje todo em verde escuro e tinha uma postura muito reta.
Finn também pareceu reparar neles. Fez um barulho de bafo e pediu com licença a mim e meu pai, saindo em direção oposta ao trio. Meu pai e eu ficamos parados enquanto ele bebia uma taça de champanhe, olhávamos todos eles. Todos aqueles ricos, ostentando seu dinheiro exibindo suas roupas. Mulheres caçando homens ricos e homens ricos caçando mulheres bonitas, eles sabiam que não importava-se sua idade ou quão feio eles eram, se eles tivessem dinheiro: pingo a mulher era sua.
- May. Esta na hora do enunciado. Vou ver se acho Stanley e Sofi. Mas caso não ache, fique aqui por perto. Tenho que ir com o rei e rainha. - Beija minha testa e sai depressa.
Ele nem sequer deu tempo de eu responder algo. Parecia nervoso e assustado. Fiquei parada ali olhando todas aquelas pessoas, me perguntando se haviam me julgado muito quando me viram.
Quando me deparo, estou com o trio na minha frente. As garotas passam seus olhos por mim, de cima a baixo, de baixo para cima. O garoto me olha debochado, bebe um pouco de sua taça e balança a cabeça.
- Se não é a bastarda. - Ele sorri e toma outro gole daquele maldito champanhe. Tinha vontade de o fazer engolir aquilo.
- Se não é o príncipe odiado por todo o povo. - Retruco sem dar tempo de que ele jogue outra ofensa, mas eu sabia, sabia que não era a última ofensa.
Uma das gêmeas, a de cabelo curto, abre a boca para começar a humilhação. Não, aqui não. Eu jamais vou ser humilhada por este tipo de gente.
- Voce nem é tão feia - A interrompo antes que possa dizer mais alguma coisa.
- Não posso dizer o mesmo. - Digo passando meus olhos por seu vestido horrendo.
- Voce está desrespeitando a família real! - A garota de cabelos compridos fala.
- Que eu saiba vocês não passam de meros príncipes. - Dou de ombros.
- Eu sou o herdeiro. Querida. - Aaaata. Descobri já quem ele era: Nash. Quem meu pai odiava.
- Fique feliz se um dia o seu reinado durar. - Digo brusca. -Talvez o povo nem lhe dê esse direito. Querido.
O vejo enrrugar as sobrancelhas.
Ora ora. Deixei o mimadinho bravo.
E sim, ele estava brabo. Se sentiu ameaçado talvez. Talvez ninguém nunca tenha sido contrariado.
- Quem é o povo? - A garota de cabelos curtos diz. - Nash será o rei e pronto. Eles que lutem.
- Annelise esta certa. Eles não são ninguém. - Cruza os braços em satisfação.
Então a de cabelos curtos é a Annelise. Essa outra deve ser Arabella.
- Sem o povo, sem dinheiro, sem trabalho e. - Olho nos fundos dos olhos do príncipe. - Sem reinado.
- Sua. - Ouço o rei chamar Nash, e as garotas. - Isso não acabou. Você vai pagar. - Ele diz e eu dou um belo sorriso.
- Espero sentada. Herdeiro. - Sorrio.
Posso ve-lo bufar. Enquanto Arabella o puxa pelo braço.
- Vamos. Não vale a pena Nash. - Ela diz o puxando para onde seu pai gritava seus nomes.
Fico parada com um ótimo sorriso de vitória. Sentia prazer em ver aqueles que eu odiava sendo contrariados. Eu nem os conhecia, mas não me pareciam gente boa.
Quando olho novamente. Finn está parado ao meu lado.
- Conheceu os outros príncipes. - Bebe um gole de champanhe.
- Nojentos. - Digo sem pensar.
Ouço uma risadinha.
- Sincera lady.
- Obrigada.
O sinto me olhar e sorrir balançando a cabeça. Quando ouço o rei subir em uma espécie de banco. Todos os príncipes então junto dele, menos Finn que segue junto de mim. Inclusive estava perto demais para meu gosto.
- Amigos. Meu povo. Hoje tínhamos como objetivo, arranjar pretendentes para aqueles que nos herdarão. Aqueles que levarão nossos nomes a diante. - A rainha o interrompe.
- Gostaríamos de agradecer, todos aqueles que ofereceram as mãos de suas filhas, para nossos queridos e amados filhos. Nash e Rae continuam em busca de sua amada. - A rainha continua a falar um monte de baboseiras.
Quando sinto um ar gélido em minha orelha. Olho para o lado e vejo Finn perto de meu rosto. Ele ficou assim., até que a rainha falou.
- Finn escolheu May Whites como sua mais nova esposa. - Sinto meu coração saltar pela boca.
- Minha noiva. - Ele diz lentamente. Ele sabia que eu não imaginava aquilo.
Todos do salão se viram para mim. Vejo Nash ficar de boca aberta, e as princesas só faltavam cair duras. Todos do salão se viram para nos. Finn se afasta e põe a mão sobre meu ombro. Posso ver de relance ele sorrir falsamente. Posso sentir o medo invadir meu corpo. Enquanto vejo meu pai correr até mim, Sofi é Stanley o seguiam rápido. Mas eu já estava a ponto de chorar e gritar. Eu nao queria um casamento sem amor, eu não ia viver o que minha mãe um dia viveu. Então sem muito pensar. Me viro, pego meu vestido o puxando para cima e corro. Eu não sabia para onde correr e nem imaginava que sabia correr tão rápido. Mas corri. Até que encontrei uma espécie de biblioteca e me escondi ali.
Eu quero minha mãe.