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Estou tremendo. Minha perna não para de tremer, e minha suam frio. Sinto que meu coração vai saltar pela boca. Será que era possível um coração saltar pela boca? ou melhor, um coração pular tanto? Nao, só tenho que me acalmar.
Olho para Stanley que está sentado ao lado de William, que está de braços cruzados olhando para fora da carruagem. Sofi está sentada ao meu lado e se mantém distraída olhando para o chão. Sofi era uma moça bonita, loira dos olhos castanhos, magra que sempre estava com o cabelo atado, tinha uma personalidade desconhecida para mim, jamais a conheceria bem. Stanley tem cabelos pretos, um nariz empinado e bochechas gordinhas, confesso que achava um amor. Ele é baixo, chuto que uns 1,65, e um porte forte, sempre está com aquele uniforme de soldado azul igual de meu pai, eu sinto o olhar para Sofi. Na verdade, percebo isso tem tempo, acredito que Stanley seja um tipo de doido apaixonado, mas o julgaria, Sofi é linda, apesar de seu apelo sempre atado, seu maxilar é lindo e sua bochechas, sua pela branca como a neve. Tudo a fazia ser linda.
Stanley percebe o meu nervosismo, acho que todos perceberam, mas nenhum tinha tanta coragem igual a de Stanley pra falar algo.
- Se acalme senhora. - Ele diz.
- Até porque é você que vai ser apresentado né? fácil falar. - Digo brusca.
Vejo de canto Sofi dar uma risadinha e Stalney murchar parecendo um girassol quando o sol se põe. Vejo o canto da boca de Wiliam se erguer e formar um sorrisinho de canto. Acho que todos ali tinham um certo pavor pelo entusiasmo de Stanley. Eu uso vestido vermelho, tomara que caia e com panos sobrecaindo a parte da cintura. Sofi usa um vestido simples vermelho com conset preto na cintura ombro a ombro. Cabelo preso e bochechas coradas, por algum motivo toda vez que ela estava perto de Stanley ela estava com bochechas coradas.
- Então May. - Wiliam chama.
Por algum motivo Wiliam era o único que não se dirigia a mim como senhora ou senhorita. Eu não sabia se ele não me levava a sério, se achava que tinha algum grau de intimidade ou se ele se achava superior a mim. O que fazia todo sentido, já que Wiliam era a pessoa mais arrogante que eu conhecia.
- Voce deve chama-la de senhora. - Diz Sofi parecendo irritada.
Sofi também não gostava de Wiliam, a irritava ver que aquele camponês, que havia começado a pouco na guarda real se achasse tanto.
- Tanto faz. - O vejo revirar os olhos. - A " Senhorita" - debocha. - Vai ficar acompanhada de Stanley e Sofi o tempo todo. Stanley a mantém em segurança, Sofi a serve e te deixa informada sobre os nobres, para não passar vergonha. - Diz e se senta para trás, praticamente se joga aonde está sentado. - Ou tente. - Sorri e arqueia uma sobrancelha. Irritante.
o resto do caminho até o salão de bailes, aonde ocorreria o baile é em completo silêncio. Me pergunto o que Lisa deve estar fazendo, dando comida para as galinhas? Oh não, muito tarde para isso, deve estar ajudando mamãe com a comida enquanto Yam conta para Samuel, meu padrasto sobre seu dia cansativo como aprendiz de ferreiro. Eu tinha dois irmãos, Lisa e Yam, Yam é o mais velho e Lisa mais nova. Eu costumo me encontrar com Lisa perto do riacho que fica perto do vilarejo camponês enquanto digo que fui passear.
Quando me deparo, Wiliam abre a porta da carruagem e Stanley sorri esperançoso para mim. Engulo seco e desço da carruagem logo após Sofi. Suspiro e vejo várias carruagens chegando, nobres se cumprimentando e sinto todos ali olharem para mim.
- Fique calma e caminhe com a postura reta até lá dentro. Seu pai a espera, você será anunciada e descerá com ele até o rei e a rainha que lhe deram a benção. Boa sorte bastarda. - Wiliam sussurra no meu ouvido e sobe novamente na carruagem.
Stanley oferece o braço para mim passar a mão sobre. Não aceito. Acho melhor que ele caminhe atrás de mim junto de Sofi. E continuo a caminhar sem eles. Apenas vejo-os me seguir. Ao caminhar posso sentir os olhos de todos, damas, cavalheiros e guardas. Ao chegar na porta meu pai me espera com seu sorriso enorme e seu sua roupa de baile. Ele fala algo para um guarda e sorri para mim.
- Esta linda. Seu vestido é lindo. - beija minha testa. Olha para Sofi. - Belíssima Sofi. - Vejo Sofi ficar corada e não responder.
Meu pai faz gesto para mim seguir em frente enquanto Sofi e Stanley seguem comigo e ele fica.
Os guardas abrem as portas para mim e vejo um ao lado da entrada gritar:
- May Whites, filha do general Raphael Whites, acompanhada do guarda pessoal Stanley Sob e sua dama de companhia Sofia Vitalli. - Todos do salão nós olhos e eu sinto que quero correr.
Faço uma reverência com o vestido e sigo descer a escada com todos me olhando. Consigo ver a rainha sentada ao lado do rei em uma grande mesa no final do salão.
postura reta, postura reta, postura reta, postura reta, postura reta. Não trema. Não caia. Não chore. E se controle, controle o frio na barriga. Se acalme. Se acalme. Por favor fique calma.
Esses pensamentos me acompanharam enquanto eu seguia ao encontro do rei e daí rainha que ali me esperavam. Logo avisto o meu pai parado no canto com sua espada assegurando-a. Na mesa estava sentados todos os membros reais. E pude sentir os seus olharem penetrarem em mim.
Finalmente chego ao seu encontro e me curvo ao pés dos reis. Posso sentir os seus olhares me julgarem.
- Rei, rainha e príncipes. - Meu pai fala. - Esta é minha filha. Meu amor. Minha herdeira. Tudo que eu mais amo nessa minha vida está na sua frente. Gostaria de pedir sua benção, sobre ela. - Sinto meu coração saltar pela boca.
Vejo a rainha se alevantar, fazer a volta e chegar perto de mim.
- Se alevante querida. - Faço o que manda e continuo com os meus olhos vidrados no chão. - Olhe para mim. - Obedeço. - Voce tem toda a minha benção. Você é parte da família real. Você é filha de quem nos protege desde sempre. Você é luz. - beija minha testa.
Todos batem palmas. Todos. Menos os príncipes que me olham com um olhar terrivelmente estranho.