Capítulo 5 A Visita da Costureira

A mansão Federov estava em ebulição com a iminente chegada da famosa costureira Madame Ivanova. Além do vestido de noiva de Arina, a costureira havia sido contratada para criar todo o enxoval da jovem, desde as roupas íntimas até os trajes de luxo para as festas e reuniões da família.

A senhora Mariana, mãe de Arina, supervisionava os preparativos com meticulosidade. Ela sabia que cada detalhe era crucial, pois tudo deveria refletir a riqueza e o prestígio da família Federov.

Quando o som da carruagem anunciou a chegada da Madame Ivanova, todos se apressaram para recebê-la. Arina, com o coração batendo acelerado, acompanhou a mãe até a entrada principal, onde a imponente figura da costureira se destacava.

Madame Ivanova era uma mulher de porte elegante, seus olhos penetrantes e sua postura altiva transmitindo uma aura de autoridade. Ela acenou suavemente com a cabeça ao ser recebida pela senhora Mariana.

"Madame Ivanova, é uma honra tê-la aqui," a matriarca Federov disse, fazendo uma leve reverência. "Por favor, entre. Estávamos ansiosos por sua visita."

"Minha cara senhora Federov," Madame Ivanova respondeu em tom solene, "é um prazer estar aqui. Tenho certeza de que iremos criar algo verdadeiramente magnífico para a senhorita Arina."

Arina, tentando conter seu nervosismo, fez uma pequena reverência. "É uma honra recebê-la, Madame Ivanova. Estou ansiosa por conhecer suas ideias para o meu enxoval."

A costureira a examinou com olhos críticos, seu olhar perscrutando cada detalhe da jovem de 17 anos. "Sim, sim, a senhorita Arina é uma bela moça. Tenho certeza de que criaremos um enxoval digno de uma futura Madame Volkov."

Mariana sorriu, visivelmente aliviada. "Fico feliz em ouvir isso, Madame. Por favor, acompanhe-nos até o salão de costuras, onde poderemos discutir os detalhes."

Ao entrar no salão, Arina pôde ver os diversos rolos de tecido, rendas e acessórios cuidadosamente dispostos, prontos para serem utilizados na confecção de seu enxoval. A presença da Madame Ivanova, com sua experiência e habilidade, tornava tudo ainda mais real e aterrorizante.

A costureira começou a traçar os primeiros esboços, descrevendo com entusiasmo as ideias que havia concebido. Ela falou sobre camisolas de seda, corpetes bordados, vestidos luxuosos e até mesmo a camisola especial para a lua de mel.

Arina ouvia tudo com um nó na garganta, sua mente lutando contra a realidade que se aproximava inexoravelmente. Cada peça de roupa, cada detalhe, parecia ser um novo elo na corrente que a aprisionava ao destino traçado pela família Volkov.

A Madame Ivanova, com suas mãos hábeis, transformava os tecidos em obras-primas, criando um enxoval que refletiria a riqueza e o poder da união entre as famílias. Arina observava, seu coração se enchendo de angústia, sabendo que aquelas roupas seriam usadas para simbolizar sua submissão a Ivan Volkov.

Enquanto a costureira trabalhava, Arina se retirou discretamente, escapando para o jardim da propriedade. Lá, ela pôde finalmente dar vazão a suas lágrimas, seu coração transbordando de desespero. Ela sabia que, por mais que tentasse, não havia como evitar o inevitável.

A família Volkov, com sua implacável ambição, havia selado o destino de Arina, e nada parecia capaz de impedir a união que se aproximava. A jovem de 17 anos se agarrava à esperança de que, de alguma forma, pudesse encontrar uma saída daquele pesadelo, mas a cada passo, sua liberdade parecia mais distante.

Enquanto Arina chorava no jardim, a Madame Ivanova continuava a trabalhar, suas mãos hábeis transformando os tecidos em um enxoval que iria simbolizar a união entre as famílias Volkov e Federov. Aquele conjunto de roupas, uma obra-prima da costureira, seria a representação do poder e do domínio da poderosa dinastia que controlava a região.

A mansão Federov, outrora um refúgio de paz e felicidade, agora parecia uma prisão dourada, onde Arina se sentia cada vez mais aprisionada. A presença da Madame Ivanova, com sua habilidade e renome, apenas reforçava a certeza de que seu destino havia sido selado.

Arina observava, com o coração pesado, enquanto a costureira criava peça após peça, cada uma mais luxuosa e elegante que a outra. Ela sabia que aquelas roupas seriam usadas para realçar sua beleza e sua feminilidade, a fim de agradar a família Volkov e cumprir seu papel de esposa obediente.

A camisola de seda, bordada com delicados detalhes, era uma peça particularmente aterrorizante para a jovem. Ela sabia que aquela roupa seria usada na noite de núpcias, quando seria entregue ao domínio de Ivan Volkov. A simples ideia a fazia tremer de medo e repulsa.

Madame Ivanova, alheia ao sofrimento de Arina, continuava a trabalhar com determinação, seu talento transformando os tecidos em verdadeiras obras de arte. Cada vestido, cada corpete, cada peça íntima, era um reflexo do poder e do status da família Volkov.

Enquanto a costureira se empenhava em criar o enxoval perfeito, Arina se sentia cada vez mais sufocada, sua liberdade escorrendo por entre seus dedos como areia. Ela sabia que, em breve, toda aquela opulência a envolveria, aprisionando-a em um destino que não escolhera.

A mansão Federov, antes um lar aconchegante, agora parecia uma jaula dourada, onde Arina se debatia em busca de uma saída. Mas a cada passo, a sombra da família Volkov se alastrava, encobrindo qualquer esperança de liberdade.

Madame Ivanova, alheia ao sofrimento da jovem, continuava a tecer os fios que iriam amarrá-la a seu novo papel de esposa e futura matriarca da família Volkov. Cada ponto, cada detalhe, era um novo elo na corrente que aprisionava Arina em seu destino inevitável.

A angústia da jovem se refletia em suas lágrimas silenciosas, enquanto ela observava a costureira criar o enxoval que simbolizaria sua rendição. Arina sabia que, em breve, aquelas roupas a envolveriam, transformando-a na Madame Volkov, uma mera sombra de sua antiga liberdade.

O salão de costuras, outrora um local de criatividade e alegria, agora parecia um campo de batalha, onde a família Volkov e seus aliados teciam os fios que aprisionariam a alma de Arina. Cada ponto, cada bordado, era uma nova camada de controle e submissão.

Enquanto a Madame Ivanova trabalhava, Arina se perguntava se haveria alguma forma de escapar daquela teia de ambição e poder. Mas a cada instante, sua esperança se esvaía, pois ela sabia que a família Volkov era implacável em seus propósitos.

A mansão Federov, outrora um refúgio, agora era um cenário de pesadelo, onde Arina se sentia cada vez mais isolada e aprisionada. A presença da costureira, com sua habilidade e reputação, apenas reforçava a certeza de que seu destino havia sido selado.

Arina se agarrava à esperança de que, de alguma forma, ainda pudesse encontrar uma saída daquele labirinto de opressão. Mas, à medida que o enxoval tomava forma, essa esperança se esvanecia, deixando-a à mercê do poder incontestável da família Volkov.