Capítulo 5 De volta a vida

No carro Rolls-Royce La Rose Noire Droptail, descapotado vermelho, Henry conduzia a toda velocidade.

Lígia balançava os seus cabelos loiros no vento feliz ouvindo sua banda favorita a tocar no volume alto durante a viagem.

Ela se sentia tão livre e solta como quando era adolescente, ela estava radiante por finalmente estar livre para gritar, cantar alegremente, era como recuar 7 anos atrás.

Quando chegaram no Ilhéu, Lígia surto de alegria, era uma festa muito animada e com varias pessoas dançando.

Lígia correu rapidamente para a pista junto dos outros, ela dançou a cada musica que o DJ tocava.

Henry se juntou a ela na pista, Lígia por alguns segundos se esqueceu de tudo e aproveitou plenamente cada segundo, dançando ao lado dele.

Lígia sentia suas mãos por seu corpo, enquanto ela rodava a sua volta mexendo os quadris, estava tão quente o ambiente e apertado.

Era difícil não imaginar aquelas mãos sobre a sua pele e seu hálito quente no seu pescoço, ele lhe deixava acesa de desejo e era visível a empolgação dele também.

Henry afastou dela por alguns minutos para pegar algumas bebidas.

Lígia estava eufórica no meio da pista e não queria sair dela de modo algum.

Ela bebeu a sua taça ainda mais empolgada dando um grito ao sentir a arder o álcool no seu peito, ela se sentia tão viva naquele momento.

Lígia coloca os seus braços à volta do pescoço dele, envolvendo ele cada vez mais na sua dança, ela mexia muito bem suas curvas e balançava suas ancas ao ritmo do som.

Henry segurou sua cintura e permitiu que ela se movesse à volta dele, de um modo cada vez mais provocante.

Eles continuaram a dançar num ritmo sensual com os olhares um no outro.

Ela precisava tanto se sentir desejada e era visível em seus olhos, assim como em seus movimentos.

Henry percebeu que aquele era o momento certo para saírem da pista.

- vamos apanhar ar – ele sussurrou perto do seu ouvido enquanto lhe conduzia para fora da pista.

Lígia concordou sentindo o seu Coração bater ainda mais forte quando ele segurou sua mão e a conduziu para fora da festa.

Eles saíram da festa e foram caminhar pela praia, Lígia retirou seus sapatos para leva-los na mão empolgada.

Henry acendeu um charuto e ofereceu para ela, Lígia já não fumava fazia anos e apesar de ser um habito que não queria voltar a ter, ela aceitou.

Ela fumou levemente lembrando dos velhos tempos, soltou o fumo e devolveu para ele.

- você gostou do Ilhéu? – ele perguntou olhando fixamente para ela enquanto fumava seu charuto.

- esta brincando, eu adorei – Lígia gritou o mais alto que podia, se sentindo livre.

Como ela sentia falta dessa sensação, sensação de ser dona de ser mesma e desfrutar dos prazeres da vida mesmo que sejam os mais errados do mundo.

Era disso que ela sentia mais falta, não da festa, da bebida e nem do cigarro, mas da liberdade de saber que era dona de si mesma.

De ter momentos para se divertir, de poder dançar, mas acima de tudo de poder ter alguém olhando para ela, como aquele homem olhava naquele momento.

De se sentir especial, de se sentir desejada e principalmente amada.

Ela sentia tanta falta dessa vida, de poder gritar, de poder fazer tudo sem ser julgado ou condenada pelas pessoas a sua volta.

Essa era a verdadeira Lígia, a mulher que Vivia aprisionada no seu interior.

- é um lugar incrível – Lígia reconheceu observando a festa a sua trás.

Ela olhou a sua volta fascinada, estava uma noite linda de luar, ela estremeceu quando lhe bateu um vento frio.

- estas com frio – Henry comentou tirando o seu casaco, colocou o mesmo sobre os ombros da Lígia para lhe cobrir.

Era um gesto simples, mas para Lígia que não era tratada assim a muito tempo era tudo o que precisava para se sentir especial.

- obrigada – Lígia agradeceu afetada com um gesto.

Ela se sentia como uma adolescente, caminhando com o homem mais bonito da festa numa praia sob a luz da lua cheia.

Era o cenário perfeito para viver uma paixão, uma paixão que lhe estava a consumir.

- não precisa agradecer – o homem falou colocando uma das mão no bolso enquanto a outra segurava o charuto aceso.

Lígia voltou a olhar para ele da cabeça aos pés, e sentiu calafrios em todo o seu corpo

Porque ele era realmente muito sexy, fumando charuto com suas vestes pretas que lhe faziam parecer ainda mais sombrio no meio daquela escuridão da noite.

- não é só pelo casaco, é por tudo, a muito tempo que não me sentia tão bem, tão eu mesma como agora – Lígia confessou olhando diretamente nos olhos dele.

Ela estava fascinada e quanto mais olhava para o fundos dos olhos escuros dele mais vontade tinha de beijar aqueles lábios finos rosado, talvez fosse pela bebida ou pela a adrenalina de quebrar regras, mas ela desejava.

O homem chegou ainda mais perto dela disparando o coração a um ritmo cada vez mais acelerado.

- Desde o momento que eu te vi, sentada naquele restaurante, não consegui tirar os olhos de você – ele sussurrou perto dela fascinado.

Lígia se sentiu ainda mais fraca, Havia um brilho muito forte no olhar dele que a hipnotizava completamente.

Ele a caricio os lábios dela suavemente e sem precisar fazer muito esforço puxou seu queixo e beijou ela, um beijo que queimou os lábios.

Sua boca era exatamente como tinha imaginado, seu beijo era doce, mas ao mesmo tempo dominante.

Lígia sentiu suas pernas bamba e sem forças, ela mal conseguia abrir os olhos, seu coração pulava do seu peito.

Ele ao sentir ela se desfazer puxou-a para mais perto, jogou fora seu charuto e rolou sua língua para dentro da sua boca, tornado o beijo mais ousado e excitante.

Lígia se sentia como gelatina, seus lábios eram suaves e com um doce sabor de vinho e fumo, uma combinação que lhe provoca cada vez mais, ela ficou sem fôlego quando ele soltou seus lábios.

- Que desejo tanto – ele sussurrou perto dela enquanto passava suas mãos em seu corpo.

Lígia sabia perfeitamente o que vinha a seguir.

Naquele momento Sebastian apareceu na sua mente e por impulso ela se afastou.