/0/13707/coverbig.jpg?v=cc94b7c3e53c7beeea5ee3e103c65534)
Por impulso, retiro minha mão da de Claus me sentindo desconfortável e insegura, sorrio falsamente como já era muito boa em mentiras quando pequena inventei uma aleatória.
- "eu vou dar uma volta no jardim de girassol, eles devem estar lindos a essas horas da manhã"
Claus fica frio e sério como se quisesse agarrar meu pulso e impedir-me de ir
"Agora? Mas precisamos discutir os detalhes do casamento. Não podemos adiar."
Meu pai intervém calmamente mesmo com aura intimidadora e perigosa.
"Deixe-a descansar, Claus. Há tempo suficiente para planejamentos."
Saiu às pressas querendo um momento sozinha e vou até o jardim com dificuldade ao andar rápido de salto e vestido, com um suspiro de alívio ao chegar me sento.
Estou sentada em um banco de pedra coberto por musgo, sob a sombra de uma árvore centenária. Seus ramos entrelaçados formam um dossel natural, protegendo-me do mundo exterior. O jardim de gira-sóis está banhado pela luz dourada do sol poente. As flores, com seus rostos sorridentes, balançam suavemente ao vento. O ar é preenchido pelo doce perfume das flores e pelo canto dos pássaros. Sinto-me envolvida pela tranquilidade do jardim, um refúgio temporário da tensão e do estresse.
Deito-me sobre as pedras frias e úmidas, sentindo o alívio de libertar meus pés doloridos dos saltos altos. Observo as gira-sóis ao redor, suas pétalas vibrantes e sorrisos solares. O céu azul, com nuvens brancas e fofas, é o cenário perfeito para essa paisagem serena.
Respiro fundo, sentindo o aroma doce das flores e o frescor do ar. Meu coração, acelerado pela fuga, começa a se acalmar. O som suave do vento e o canto dos pássaros criam uma melodia tranquilizadora.
Fecho os olhos, permitindo que a paz do jardim envolva minha alma cansada.
Abro os olhos e vejo Maria, minha querida empregada, parada ao lado do banco com uma expressão preocupada. Ela se ajoelha e coloca uma mão gentil em meu ombro.
- "Charlotte, tudo bem? Você correu tanto! O que houve?"
- "como pode imaginar, Claus e papai insistem no casamento, eu odeio isso"
Maria suspira, compreensiva, acariciando meu cabelo.
- "docinho, eu sei como isso é difícil. Seu pai quer o melhor para você, mas às vezes não vê além dos interesses da família. E Claus... ele não parece ser o homem certo para você."
Ela faz uma pausa, olhando ao redor para garantir que estamos sozinhas.
- "O que você realmente deseja, Charlotte?"
- "eu só queria ter uma vida normal com um homen que realmente me amasse, não queria me casar por conta de negócios familiares"
Maria olha para mim com carinho e compaixão.
- "Você merece isso, docinho. Amor verdadeiro, liberdade e felicidade. Não uma vida presa a compromissos e obrigações."
Ela pausa, lembrando-se de algo.
- "Lembra-se de sua mãe? Ela também lutou contra os planos de seu pai. Talvez... talvez seja hora de reivindicar seu direito de escolher."
- "mas mamãe lutou pra ficar com meu pai, ela lutou por amor é diferente."
Resmungo baixo olhando pro céu acima
Maria acaricia meu cabelo gentilmente.
- "Sim, docinho. Sua mãe lutou por amor, mas também pagou um preço. Não quero que você sofra como ela. Você tem o direito de escolher seu próprio caminho."
Ela pausa, olhando ao redor cautelosamente.
- "Existe alguém especial em sua vida, Charlotte? Alguém que você ama de verdade?"
Riu baixo como se fosse uma piada e a olho nos olhos.
- "eu quase nunca saiu, minha mãe e meu pai sempre colocam seguranças atrás de mim e as pessoas nem sabem da minha existência."
Maria sorri tristemente, compreendendo minha solidão.
- "Sua vida foi muito isolada, docinho. É como se você estivesse em um castelo de vidro, visível mas inalcançável. Mas não perca a esperança. O destino pode surpreender."
Ela olha ao redor novamente mais cautelosa, garantindo que ninguém nos ouça.
- "Se quiser, posso ajudar a encontrar uma saída. Para você conhecer o mundo lá fora."
Dou um pulo do banco animada com um sorriso enorme no rosto.
- "sério Maria? Você faria isso por mim?"
Maria sorri, acenando afirmativamente - "Claro, docinho! Quero ver você feliz. Vamos planejar algo. Um passeio secreto, talvez? Um dia de liberdade?"
Ela olha ao redor, cautelosa.
- "Mas precisamos ser cuidadosas. Seu pai e Claus não podem descobrir."
Maria assente com um sorriso conspiratório.
- "Perfeito! Amanhã, às 6 horas, estarei pronta com um plano. Esteja preparada para viver uma aventura!"
Ela se levanta, olhando ao redor discretamente.
- "Vamos manter isso entre nós. Seu pai e Claus não desconfiarão."
Maria se afasta, deixando-me ansiosa por aquele momento de liberdade.