Capítulo 2 Minha cumprisse

Por impulso, retiro minha mão da de Claus me sentindo desconfortável e insegura, sorrio falsamente como já era muito boa em mentiras quando pequena inventei uma aleatória.

- "eu vou dar uma volta no jardim de girassol, eles devem estar lindos a essas horas da manhã"

Claus fica frio e sério como se quisesse agarrar meu pulso e impedir-me de ir

"Agora? Mas precisamos discutir os detalhes do casamento. Não podemos adiar."

Meu pai intervém calmamente mesmo com aura intimidadora e perigosa.

"Deixe-a descansar, Claus. Há tempo suficiente para planejamentos."

Saiu às pressas querendo um momento sozinha e vou até o jardim com dificuldade ao andar rápido de salto e vestido, com um suspiro de alívio ao chegar me sento.

Estou sentada em um banco de pedra coberto por musgo, sob a sombra de uma árvore centenária. Seus ramos entrelaçados formam um dossel natural, protegendo-me do mundo exterior. O jardim de gira-sóis está banhado pela luz dourada do sol poente. As flores, com seus rostos sorridentes, balançam suavemente ao vento. O ar é preenchido pelo doce perfume das flores e pelo canto dos pássaros. Sinto-me envolvida pela tranquilidade do jardim, um refúgio temporário da tensão e do estresse.

Deito-me sobre as pedras frias e úmidas, sentindo o alívio de libertar meus pés doloridos dos saltos altos. Observo as gira-sóis ao redor, suas pétalas vibrantes e sorrisos solares. O céu azul, com nuvens brancas e fofas, é o cenário perfeito para essa paisagem serena.

Respiro fundo, sentindo o aroma doce das flores e o frescor do ar. Meu coração, acelerado pela fuga, começa a se acalmar. O som suave do vento e o canto dos pássaros criam uma melodia tranquilizadora.

Fecho os olhos, permitindo que a paz do jardim envolva minha alma cansada.

Abro os olhos e vejo Maria, minha querida empregada, parada ao lado do banco com uma expressão preocupada. Ela se ajoelha e coloca uma mão gentil em meu ombro.

- "Charlotte, tudo bem? Você correu tanto! O que houve?"

- "como pode imaginar, Claus e papai insistem no casamento, eu odeio isso"

Maria suspira, compreensiva, acariciando meu cabelo.

- "docinho, eu sei como isso é difícil. Seu pai quer o melhor para você, mas às vezes não vê além dos interesses da família. E Claus... ele não parece ser o homem certo para você."

Ela faz uma pausa, olhando ao redor para garantir que estamos sozinhas.

- "O que você realmente deseja, Charlotte?"

- "eu só queria ter uma vida normal com um homen que realmente me amasse, não queria me casar por conta de negócios familiares"

Maria olha para mim com carinho e compaixão.

- "Você merece isso, docinho. Amor verdadeiro, liberdade e felicidade. Não uma vida presa a compromissos e obrigações."

Ela pausa, lembrando-se de algo.

- "Lembra-se de sua mãe? Ela também lutou contra os planos de seu pai. Talvez... talvez seja hora de reivindicar seu direito de escolher."

- "mas mamãe lutou pra ficar com meu pai, ela lutou por amor é diferente."

Resmungo baixo olhando pro céu acima

Maria acaricia meu cabelo gentilmente.

- "Sim, docinho. Sua mãe lutou por amor, mas também pagou um preço. Não quero que você sofra como ela. Você tem o direito de escolher seu próprio caminho."

Ela pausa, olhando ao redor cautelosamente.

- "Existe alguém especial em sua vida, Charlotte? Alguém que você ama de verdade?"

Riu baixo como se fosse uma piada e a olho nos olhos.

- "eu quase nunca saiu, minha mãe e meu pai sempre colocam seguranças atrás de mim e as pessoas nem sabem da minha existência."

Maria sorri tristemente, compreendendo minha solidão.

- "Sua vida foi muito isolada, docinho. É como se você estivesse em um castelo de vidro, visível mas inalcançável. Mas não perca a esperança. O destino pode surpreender."

Ela olha ao redor novamente mais cautelosa, garantindo que ninguém nos ouça.

- "Se quiser, posso ajudar a encontrar uma saída. Para você conhecer o mundo lá fora."

Dou um pulo do banco animada com um sorriso enorme no rosto.

- "sério Maria? Você faria isso por mim?"

Maria sorri, acenando afirmativamente - "Claro, docinho! Quero ver você feliz. Vamos planejar algo. Um passeio secreto, talvez? Um dia de liberdade?"

Ela olha ao redor, cautelosa.

- "Mas precisamos ser cuidadosas. Seu pai e Claus não podem descobrir."

Maria assente com um sorriso conspiratório.

- "Perfeito! Amanhã, às 6 horas, estarei pronta com um plano. Esteja preparada para viver uma aventura!"

Ela se levanta, olhando ao redor discretamente.

- "Vamos manter isso entre nós. Seu pai e Claus não desconfiarão."

Maria se afasta, deixando-me ansiosa por aquele momento de liberdade.

            
            

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