Capítulo 4 Encontro surpresa

Caminho com confiança, sentindo o sol no rosto e o vento nos cabelos. O colar, escondido na bolsa, é um símbolo de liberdade e coragem. Sua mente treinada para situações de risco agora se permite sonhar.

A noite cai suavemente, iluminada pelas luzes das lojas e lampiões de rua. O ar fresco carrega o aroma de comidas típicas de food trucks e cafés. Me sinto com uma sensação de paz, anonimato e liberdade.

Decido parar na frente de um carro e coloco o colar o admirando voltando a andar até um parquinho pequeno.

Sentada em um banco do parquinho, admiras o colar sob a luz suave da noite. Crianças brincam ao redor, risos e gritos de alegria preenchem o ar. Me sinto livre, desconectada do mundo de seu pai.

Uma criança correndo pelo parque esbarra suavemente em mim, fazendo o colar cair da minha mão. Ela olha para cima, assustada, com lágrimas nos olhos.

- "Desculpa, senhorita!", diz a criança, tentando pegar o colar.

Eu sorrio, reconfortando:

- "Tudo bem, pequena. Não se preocupe."

Pego o colar suavemente colocando em meu pescoço e o prendendo pra não soltar quando a criança sobe de repente em meu colo.

A criança me abraça, segura e confortável em meu colo. Seus olhos brilham com curiosidade ao ver o colar.

- "Que lindo!", exclama, tocando o colar com dedos suaves.

Eu sorrio, acariciando seus cabelos.

- "Obrigada, pequena. É um presente especial."

A criança sorri mais começando a falar sobre o pai solteiro dela.

A criança olha para cima, seus olhos brilhando.

- "Pai disse que vai me levar ao parque novamente amanhã. Ele trabalha muito, mas sempre encontra tempo para mim."

Seu sorriso é contagiante. Eu acaricio seus cabelos, sentindo uma conexão instantânea.

- "Que amor! O seu pai parece ser muito especial. Qual é o nome dele?"

A criança, com cabelos negros e de olhos azuis brilhantes, fala animadamente no meu colo, seu sorriso iluminando o rosto redondo e rosado. Seus cabelos cacheados dançam enquanto ela gesticula, entusiasmada.

"Pai Daniel é o melhor! Ele me conta histórias de príncipes e princesas antes de dormir. E faz bolinhos de chocolate para mim!"

Sua voz é doce e melodiosa, cheia de admiração pelo pai.

A criança olha para cima, inocentemente:

- "Sobrenome do papai é Vex."

Meu coração acelera. Vex, o sobrenome proibido em nossa casa. O inimigo jurado da família Adams. O que faço agora.

Acaricio os cabelos da Criança.

- "seu pai tá aqui no parquinho em algum lugar?"

Pergunto nervosa querendo sair o mais rápido possível daquele local.

A criança olha ao redor, apontando:

- "Pai está ali! Está vindo para cá!"

Seu sorriso é inocente, mas meu coração afunda. Preciso sair de aqui antes que Daniel Vex me veja.

Coloco a criança gentilmente no chão e sorrio nervosa.

- "não conte a seu pai que me viu, ok?"

A criança olha para mim com curiosidade, mas acena com a cabeça.

- "Segredo, prometo!"

Ela corre em direção ao pai, enquanto eu me afasto rapidamente, tentando me misturar na multidão. Meu coração ainda acelera. Será que Daniel Vex me viu?

Uma mão firme segura meu pulso, puxando-me para longe da multidão. Eu me viro, sabendo quem é. Daniel Vex. Seus olhos intensos me encaram, cheios de curiosidade e desconfiança.

- "Charlotte Adams", ele diz baixinho. "O que você está fazendo aqui?"

Suspiro frustada e puxo meu pulso devolta. Vejo a criança no colo dele sorrindo pra mim.

- "não te devo explicações."

Daniel Vex sorri ironicamente, apertando a criança contra seu peito.

- "Talvez não, mas curiosidade é um pecado, não é, Charlotte?"

Seus olhos brilham com desafio, enquanto a criança olha para mim com inocência.

- "Oi, senhorita!" - diz ela, acenando.

- "oi pequena, você não tinha prometido guardar segredo?"

Falo gentilmente com a pequena no colo de Daniel.

A pequena olha para o pai com expressão confusa e depois para mim, com um sorriso travesso.

- "Esqueci!"

Daniel Vex levanta uma sobrancelha, intrigado.

- "Segredo? O que está acontecendo aqui, Charlotte?"

Ignoro Daniel totalmente, indiferente.

- "qual o seu nome pequenina?"

A pequena sorri, sem perceber a tensão entre nós.

- "Eu sou Lily! Lily Vex!"

Daniel intervém, baixinho:

- "Charlotte, não ignore o que está acontecendo aqui."

            
            

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