Namorado de Aluguel
img img Namorado de Aluguel img Capítulo 5 Nicolas Salvatore
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Capítulo 6 Nicolas Salvatore Parte 2 img
Capítulo 7 Hotel Grandview img
Capítulo 8 Visitante não convidado img
Capítulo 9 A viagem img
Capítulo 10 O Quarto img
Capítulo 11 Os noivos img
Capítulo 12 Família img
Capítulo 13 Cuide da minha menina img
Capítulo 14 Entre risos e desejo img
Capítulo 15 No lugar certo img
Capítulo 16 Entre toalhas, desejo e confrontos img
Capítulo 17 Quando nossos corpos, dizem sim! img
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Capítulo 5 Nicolas Salvatore

No fim daquela noite, Lexy surgiu com uma nova ideia: investigar o endereço profissional de Nicolas. E assim, com a determinação insana da minha melhor amiga, minha busca desesperada por um "namorado" de aluguel estava prestes a ganhar contornos ainda mais caóticos.

- O escritório dele fica no centro da cidade - disse ela, apontando para o endereço listado no site. - Vamos amanhã. Primeira coisa.

Eu não estava exatamente empolgada, sequer sabia que existia um site para acompanhantes muito menos que a Accomply tinha uma sede, mas a determinação de Lexy era inabalável. Na manhã seguinte, lá estávamos nós, paradas na frente de um prédio elegante com grandes portas de vidro.

- Vai dar tudo certo - Lexy me assegurou, apertando minha mão. - Se ele é tudo isso que dizem, ele vai atender.

Respirei fundo e entrei. O que poderia dar errado?

Muita coisa, muita coisa poderia dar errado! Uma voz no meu subconsciente argumentou.

O lobby era moderno, com paredes de vidro e uma recepção de mármore que parecia brilhar sob a luz do sol. A recepcionista nos cumprimentou com um sorriso educado.

- Boa tarde. Vocês têm horário agendado? - perguntou ela, olhando para mim com curiosidade.

Lexy, sem perder o ritmo, respondeu com naturalidade. - Sim, estamos aqui para falar com o senhor Salvatore.

A mulher franziu o cenho, analisando o computador. - Não há registros de um horário com ele hoje.

- Deve ter sido um erro - retrucou Lexy, mantendo o tom profissional. - Poderia confirmar se ele está disponível?

Depois de um momento de hesitação, a recepcionista pegou o telefone e fez uma ligação rápida.

- Ele está no escritório, mas... muito ocupado. Posso anotar o reca...

Antes que ela terminasse a frase, uma porta de vidro ao fundo se abriu, e uma figura alta surgiu. Eu soube, no mesmo instante, que era Nicolas Salvatore.

Ele era o tipo de homem que parecia carregar o peso de sua presença com uma naturalidade desarmante. Seu corpo, alto e esguio, exalava um magnetismo bruto e envolvente, cada linha de seus ombros largos e cintura estreita parecendo esculpida para atrair olhares., Nicolas movia-se como alguém que sabia exatamente o impacto que causava, mas não fazia disso um espetáculo. Seus olhos eram de um tom indefinido, poderia dizer que era um mar tempestuoso, mas tinham um brilho quente e hipnotizante e pareciam conter histórias não contadas, um convite silencioso à curiosidade alheia como uma promessa velada. Olhá-los era como ser puxado para uma correnteza, perigosa e irresistível.

Os traços de seu rosto eram esculpidos com uma precisão que beirava o clássico: a mandíbula forte, o nariz aristocrático, Seus lábios, cheios e marcantes, curvavam-se em um sorriso leve, quase impercetível, que parecia carregar intenções ocultas, como se ele soubesse o efeito que tinha sobre quem o encarava. O cabelo, escuro e levemente desalinhado, apenas acentuava sua combinação intrigante de sofisticação e selvageria.

Ele vestia um terno sob medida, preto como a noite, que parecia ser uma extensão de sua personalidade. Cada detalhe - do corte impecável à gravata perfeitamente ajustada - indicava controle, mas havia algo em sua aura que exalava um poder indomado, como uma tempestade contida.

Havia algo de deliberadamente sensual na maneira como ele se aproximava, a leveza no toque de seus dedos ao ajeitar os punhos da camisa, o olhar que demorava alguns segundos a mais do que o necessário para fixar-se em Lexy e em mim.

- Algum problema aqui? - Quando Nicolas falou, sua voz era grave e pausada, cada palavra carregando um peso que fazia o ambiente ao redor parecer diminuir. Era impossível não sentir o arrepio que ele deixava no ar, como se cada palavra tivesse sido escolhida para tocar não apenas os ouvidos, mas também algo mais profundo, algo essencial. Ele era mais do que um homem; era a personificação da tentação em um único instante arrebatador.

Eu tentei dizer algo, mas Lexy foi mais rápida.

- Senhor Salvatore, sou Lexy, assistente da senhorita Ollivary. Temos um pedido urgente e precisaríamos de alguns minutos do seu tempo.

Impressionante, como ela conseguia agir com tanta naturalidade enquanto eu estava ali de pernas bambas apenas de olhar para esse homem.

Ele ergueu uma sobrancelha, analisando-nos com evidente curiosidade. Então, finalmente, seus olhos se fixaram em mim.

- Melissa Ollivary? - perguntou, e seu tom pareceu suavizar. - Você é mais persistente do que eu imaginava.

                         

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