O Juiz Herdeiro - Redescobrindo o Amor
img img O Juiz Herdeiro - Redescobrindo o Amor img Capítulo 3 Apresentações
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Capítulo 6 Um telefonema img
Capítulo 7 O amor e a dor img
Capítulo 8 Dançando sobre o fio da navalha img
Capítulo 9 Sensação de segurança img
Capítulo 10 O passado havia me alcançado img
Capítulo 11 Enterrado a anos img
Capítulo 12 Tentando relaxar img
Capítulo 13 Intuição masculina img
Capítulo 14 Quem é ela img
Capítulo 15 O que ela sabe img
Capítulo 16 Acidente img
Capítulo 17 Meu coração quase parou img
Capítulo 18 Não me deixe img
Capítulo 19 Luz e sombras img
Capítulo 20 Olhares img
Capítulo 21 Sentidos aguçados img
Capítulo 22 O que tinha ali img
Capítulo 23 Brasão img
Capítulo 24 Mimadinho img
Capítulo 25 O aconteceu com ela img
Capítulo 26 Figura nas sombras img
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Capítulo 3 Apresentações

**Luana Sartori**

Eu estava ali, encarando Benício, o homem que habitava meus sonhos e pesadelos há tanto tempo. Seus olhos verdes eram uma tempestade de emoções, refletindo desejo, esperança e algo mais que eu não conseguia decifrar. O peso de sua presença me fazia sentir pequena, e ao mesmo tempo, estranhamente poderosa. Ele me desejava.

"Benício," minha voz saiu quase como um sussurro, mal se sustentando contra o som do vento ao nosso redor. Ele estava tão perto que eu podia sentir o calor de seu corpo irradiando, mesmo no ar fresco da noite.

"Diga que sim, por favor. Preciso de você." Sua voz era grave, carregada de uma urgência que eu conhecia bem. Ele me queria. Não apenas meu corpo, mas a essência de quem eu era. A Essência de nós dois.

Eu não respondi. Não havia palavras suficientes para expressar o que eu sentia naquele momento. Então, o beijei.

O beijo foi como um incêndio que se alastra sem controle. Eu me joguei nele com tudo que tinha, esquecendo o mundo, os problemas, as feridas do passado. As mãos dele me puxaram para perto, segurando minha cintura como se nunca fosse me deixar ir. Cada movimento era uma promessa silenciosa de que aquilo era só o começo.

Antes que eu percebesse, nós éramos apenas um, como no passado. Não havia mais espaço para hesitação. A cabine do carro parecia apertada, mas não importava. Naquele momento, era o nosso mundo. Nosso reencontro.

Benício tirou minha blusa com uma habilidade que me deixou sem fôlego. Seu toque era ao mesmo tempo feroz e reverente, como se ele estivesse descobrindo algo precioso. Meus dedos se embrenharam no cabelo dele, puxando levemente, enquanto ele traçava o caminho de seu desejo pela minha pele.

"Você é tão linda, Luana," ele murmurou contra meu pescoço, sua respiração quente enviando arrepios pelo meu corpo. Meu coração batia tão forte que parecia ecoar pelo pequeno espaço.

Eu me movi no colo dele, ajustando meu corpo ao dele. Sentir a força dele sob mim foi como um lembrete de tudo que havíamos reprimido por tanto tempo. O desejo pulsava entre nós, eletrizando o ar, deixando nossos movimentos urgentes, quase desesperados.

As mãos dele exploravam cada curva minha, enquanto meus dedos deslizavam pela musculatura de seus braços e ombros. Não havia vergonha, apenas entrega. Cada toque, cada suspiro, cada movimento era um diálogo que só nós dois compreendíamos.

O vidro do carro começou a embaçar, ocultando-nos do mundo lá fora. Não importava. O começo da noite dava seus sinais, a escuridão e as primeiras luzes da lua iluminavam o carro. Ninguém entenderia o que estava acontecendo entre nós. Era mais do que físico. Era uma conexão profunda, quase espiritual.

Eu o olhei nos olhos, e ele me olhou de volta, como se quisesse gravar aquele momento na memória. E ali, enquanto nossos corpos se moviam em sincronia perfeita, percebi que talvez, pela primeira vez em anos, eu estava exatamente onde deveria estar.

Benício me ajudou a tirar a calça. Não sei exatamente como ele conseguiu, mas, de repente, ali estava eu, entregue a ele. Quando sua mão deslizou sobre meu sexo, ainda por cima do tecido fino, um arrepio percorreu meu corpo, como uma descarga elétrica que me fez arquear as costas e prender a respiração. Foi nesse instante que percebi o quanto eu sentia falta dele. Não apenas de seu toque, mas dele, de tudo o que éramos juntos.

Se naquele momento ele me pedisse em casamento, eu diria sim. Sem hesitar.

A ânsia de termos um ao outro nos consumia, apagando qualquer vestígio de razão. Ele tirou meu sutiã com uma destreza que me fez corar, e o gemido que escapou de seus lábios ao tocar minha pele nua foi quase suficiente para me fazer perder o controle. Eu, por outro lado, desfiz os botões de sua camisa, expondo seu peito quente e forte, onde minhas mãos encontraram refúgio.

Ele inclinou a cabeça e começou a beijar meus seios, sua boca quente sugando minha pele sensível. Era impossível conter os sons que escapavam de mim, até que meu corpo se moveu de maneira abrupta, e bati na buzina do carro. O som estridente ecoou pela noite silenciosa, e rimos, um riso abafado, cúmplice, carregado de desejo.

Minhas mãos desceram até a calça dele. Eu a abri, e logo senti o calor de sua excitação. Meu corpo inteiro tremia de expectativa quando deslizei meu quadril, alinhando-me a ele. Quando o senti dentro de mim, uma onda de prazer tomou conta de mim, arrancando um suspiro longo e entrecortado. Era como se eu tivesse esperado por esse momento a vida inteira.

"Como eu queria isso, você não tem ideia," ele murmurou contra meu pescoço, sua voz rouca, carregada de emoção.

Os movimentos começaram lentamente, como uma dança delicada, mas logo se intensificaram, transformando-se em algo mais urgente, mais voraz. Meus quadris se moviam ritmicamente, enquanto ele guiava meu corpo, suas mãos firmes em minha cintura. Cada toque, cada beijo, cada suspiro parecia conectar nossas almas de uma forma que eu não achava ser possível.

Quando ele começou a estimular meu clitóris, uma explosão de prazer me consumiu por inteiro. Meu corpo estremeceu, e um grito baixo escapou de meus lábios. Ele também se perdeu no momento, sussurrando meu nome como se fosse uma prece.

"Isso foi... maravilhoso," ele disse, sua testa encostada na minha, enquanto suas mãos seguravam delicadamente meu rosto. Permanecemos assim por alguns instantes, respirando juntos, como se o tempo tivesse parado.

"Precisamos ir," ele sussurrou, relutante. "Estão nos esperando."

Eu assenti, tentando recuperar o controle. "Você tem razão."

Desci do carro com cuidado, ainda desnorteada. O ar fresco da noite beijou minha pele, e eu me movi até a lagoa próxima, onde a luz da lua iluminava a superfície da água como um espelho de prata. Inspirei profundamente, tentando organizar meus pensamentos.

"Luana..."

"Por favor, não diga nada, Ben," pedi, virando-me de costas para ele. Eu não queria palavras agora. Palavras poderiam estragar o que havia sido tão perfeito.

Voltamos para o carro, e o silêncio entre nós era confortável, carregado de significado. Ele segurou minha mão durante o trajeto, seus dedos entrelaçados nos meus. Pouco tempo depois, chegamos ao sítio, onde várias luzes brilhavam como estrelas espalhadas pelo chão.

Assim que estacionamos, fui recebida por um coro de vozes gritando: "Seja bem-vinda!" Olhei ao redor e vi rostos familiares, incluindo meus pais, que estavam à frente da pequena multidão.

Antes que pudesse me mover, uma figura feminina se aproximou com um sorriso autossuficiente.

"Que bom finalmente conhecer a famosa Luana," ela disse, seus olhos me avaliando. "Vocês demoraram, meu amor. Não vai me apresentar a sua amiguinha de infância?"

Meu corpo gelou, e meu olhar disparou para Benício. Ele parecia tenso, os punhos cerrados ao lado do corpo. Meu coração acelerou, mas desta vez, não era por desejo. Algo estava errado, e a expressão de Benício dizia que ele sabia disso também.

            
            

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