Ele olhou para a mão machucada, onde um pequeno corte escorria sangue. Eu havia machucado ele. O olhar dele era frio, mas havia algo mais. Um desafio. Uma provocação. Ele deu um passo à frente, encurtando a distância entre nós.
"Você não pensava nada disso quando estava no carro comigo, pulando no meu pau e gritando de prazer," sussurrou, e a voz dele era pura provocação.
"Você é ridículo! Vá procurar sua noiva e saia do meu quarto!"
Mas ele não saiu. A mão forte segurou meu pescoço, firme o suficiente para que eu sentisse sua determinação, mas sem machucar. Ele me pressionou contra a parede, os olhos queimando em intensidade enquanto eu tentava – sem sucesso – lutar contra o que sentia.
"A casa é minha, o quarto é meu e você é minha. Você sabe disso."
Meu coração batia acelerado, não só pela raiva, mas pela confusão. Ele era perigoso, imprevisível, mas havia algo nele que me atraía de um jeito que eu não conseguia controlar. Foi só então que percebi minha vulnerabilidade. A toalha havia escorregado e estava no chão.
"Grita, Luana," ele provocou, a boca a poucos centímetros da minha orelha. "Deixa todo mundo ouvir o quanto eu te deixo louca."
Eu queria resistir, queria empurrá-lo, mas meu corpo parecia não obedecer. O toque dele era um misto de firmeza e delicadeza, explorando cada centímetro de mim, me deixando sem fôlego.
Ele me virou de costas para ele, suas mãos deslizando pelas minhas curvas como se me conhecesse melhor do que eu mesma. Senti o calor dele, o ritmo acelerado de sua respiração, e era impossível ignorar o quanto ele estava excitado.
A boca dele deslizou pelas minhas costas e ele se abaixou. Ouvi algo sendo aberto. Ele mordeu minhas nádegas, primeiro a esquerda e depois a direita. Eu remexia os quadris, sem conseguir segurar o desejo pulsante. Benicio subiu deslizando sua língua em minha coluna.
Sem dizer nada, ele me inclinou ligeiramente, posicionou minha perna sobre a gaveta que ele tinha aberto. Meu corpo estava completamente exposto, e minha mente estava uma confusão de pensamentos e sensações.
Benício deslizou os lábios pela minha nuca, sua respiração quente provocando arrepios que percorriam minha pele. Ele aproximou a boca do meu ouvido, deixando escapar palavras carregadas de desejo, um misto de provocação e promessas que me fizeram perder o fôlego.
Sua mão firme encontrou meu seio, os dedos acariciando o bico enrijecido com uma habilidade que me fazia estremecer a cada toque. Enquanto isso, a outra mão desceu lentamente, explorando meu corpo com uma precisão quase cruel, até alcançar o ponto mais sensível de mim. Quando ele tocou meu clitóris, não se limitou apenas ao contato; ele brincou ali com movimentos calculados, me arrancando gemidos que eu não conseguia conter.
"Você gosta disso," ele murmurou, subindo novamente, a língua deslizando pela minha coluna até alcançar minha nuca. "Admite, Luana."
Eu mordi o lábio, tentando conter a enxurrada de sensações que me invadia. Ele sabia exatamente o que estava fazendo comigo. Sempre soube.
Quando seus lábios se aproximaram da minha orelha novamente, ele sussurrou: "Você pode me odiar, mas não pode negar isso."
Fechei os olhos por um momento, tentando lutar contra tudo o que sentia, mas era impossível. Eu estava completamente entregue, mesmo que não quisesse admitir.
"Eu odeio você."
Meu coração ainda martelava no peito enquanto tentava processar tudo o que acabara de acontecer. Benício tinha o dom de me levar ao limite, de me fazer esquecer até do próprio nome. E, mesmo odiando-o com todas as forças do meu ser, uma parte sombria dentro de mim ansiava por ele. Mal tive tempo de respirar, e a batida na porta trouxe a realidade de volta como um balde de água fria.
"Luana, está tudo bem?" Era a voz de Maria, mãe de Benício.
Eu gelei, olhando para ele, que parecia tão surpreso quanto eu.
"Merda," ele sussurrou, a voz grave carregada de frustração. Mas, ao contrário de mim, ele manteve a calma. Com agilidade, abaixou minha perna e pegou a toalha caída no chão.
Enrolei-me na toalha, tentando parecer minimamente composta, embora meu rosto denunciasse tudo. Benício deu um passo para trás, como se refletisse, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma nova batida, agora mais agressiva, me fez estremecer.
"Abra logo essa porta, garota, ou vou pedir para alguém derrubar!" A voz estridente de Fiona, noiva de Benício, ecoou pelo quarto.
Lancei a ele um olhar furioso, sentindo meu corpo ferver, mas dessa vez não era por desejo. "Olha o que você fez," murmurei entre dentes.
Ele não respondeu, apenas deu um meio sorriso, beijou-me rapidamente e desapareceu no banheiro. Eu respirei fundo, tentando manter a compostura, e fui até a porta.
Quando a abri, Maria estava parada ali, me analisando com aquele olhar inquisitivo que sempre parecia atravessar a alma. As duas olharam para mim que ainda estava de toalha.
"Está tudo bem, Maria, só derrubei um porta-retrato," menti, a voz saindo mais trêmula do que eu gostaria.
Mas antes que ela pudesse responder, Fiona empurrou a porta, forçando passagem.
"Eu sabia! Ele está aqui!" exclamou, olhando ao redor do quarto como uma louca. "Estou sentindo o cheiro do Benício."
"Fiona, você perdeu o juízo?" Maria tentou intervir, segurando o braço dela, mas Fiona estava fora de si.
Ela começou a vasculhar o quarto, olhou até debaixo da cama. "Onde ele está, Luana? Onde está o meu noivo?"
"Você está louca! Saia do meu quarto agora!" tentei ordenar, mas a raiva dela parecia incontrolável.
"O quarto não é seu, você é uma intrusa aqui."
"Fiona, não fale assim. Luana é como minha filha."
Fiona não ouviu ninguém. Seus olhos foram diretamente para a porta do banheiro, e meu coração afundou no peito.
"Ele está aí, não está?" Ela gritou, apontando para a porta fechada.
Eu me movi para interceptá-la, tentando usar meu corpo como barreira, mas ela estava determinada. "Fiona, você não tem o direito de invadir o meu espaço dessa forma!"
Ela me encarou com puro ódio, como se pudesse me destruir com aquele olhar. "Direito? Você está tentando roubar o meu noivo!"
Maria tentou mais uma vez intervir, a voz calma em contraste com o caos. "Fiona, volte à razão! Não há ninguém aqui além de Luana!"
Mas era tarde. Fiona empurrou-me novamente, caminhando até a porta do banheiro enquanto minha mente girava em pânico, buscando desesperadamente uma solução. Pois, Benício estava ali.