O Caçador de Feras indomáveis
img img O Caçador de Feras indomáveis img Capítulo 4 Sombra misteriosa
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Capítulo 6 O segredo do caçador img
Capítulo 7 Outro predador img
Capítulo 8 O monstro das águas img
Capítulo 9 Medindo forças img
Capítulo 10 A flor da pele img
Capítulo 11 Entre ciúmes e segredos img
Capítulo 12 Um companheiro inusitado img
Capítulo 13 Essências e aromas img
Capítulo 14 Aurélia img
Capítulo 15 Entre ciúmes e segredos img
Capítulo 16 A verdade sobre Lárik img
Capítulo 17 Quebrando limites img
Capítulo 18 A sombra misteriosa img
Capítulo 19 Prometida a duas linhagens img
Capítulo 20 Sentidos em combustão e a dona do aroma de flor img
Capítulo 21 A profecia: Dois magos reais E um mestre Supremo img
Capítulo 22 Conhecendo o inimigo img
Capítulo 23 Fera e homem não podem se unir img
Capítulo 24 Primeiros passos img
Capítulo 25 Por acaso estão mentindo para mim também img
Capítulo 26 A profecia verdadeira img
Capítulo 27 O desejo de Aurélia img
Capítulo 28 Linhagens ancestrais e a verdade sobre Antony img
Capítulo 29 O homem como ele img
Capítulo 30 O esconderijo secreto img
Capítulo 31 As barreiras da mente img
Capítulo 32 Legitimidade forçada img
Capítulo 33 Lárik, o Grande Mago Real img
Capítulo 34 Um grande carma a pagar img
Capítulo 35 O feiticeiro dominador de minerais img
Capítulo 36 O dominador dos quatro elementos e minerais img
Capítulo 37 Desejos ardentes img
Capítulo 38 De quem ela gosta img
Capítulo 39 Domado por sua fera insaciável img
Capítulo 40 Doce jambo img
Capítulo 41 Feitiço ou desejo img
Capítulo 42 Alárik:O terceiro pior img
Capítulo 43 Um favor real img
Capítulo 44 Laços img
Capítulo 45 Destino img
Capítulo 46 Despertas img
Capítulo 47 Preciso de ajuda img
Capítulo 48 De frente ao passado img
Capítulo 49 A profecia img
Capítulo 50 A morte do guardião do poço translado img
Capítulo 51 Primeiro encontro com a guardiã img
Capítulo 52 O grande Mago: Protetor das linhagens supremas img
Capítulo 53 Lua azul img
Capítulo 54 O feiticeiro e a guardiã img
Capítulo 55 O segundo chefe no comando img
Capítulo 56 A maga escudeira desperta img
Capítulo 57 Transmutação img
Capítulo 58 O verdadeiro poder de Ronan img
Capítulo 59 Éfrem toma a frente da guardiã img
Capítulo 60 Preparação img
Capítulo 61 Recrutando img
Capítulo 62 O treinamento img
Capítulo 63 Você sabe nadar Suzane img
Capítulo 64 Um fantasma do passado img
Capítulo 65 Viagem de reconhecimento img
Capítulo 66 A missão de Herus img
Capítulo 67 Detalhes img
Capítulo 68 A Domadora de água img
Capítulo 69 Sob proteção img
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Capítulo 4 Sombra misteriosa

"Eu nem quero imaginar ficar sozinha num lugar desses!"

O caçador ajudou Constância a descer de suas costas, deixando que ela ficasse ao lado contrário a entrada. Ela o encarava com o semblante fechado e braços cruzados como uma criança fazendo birra. Ele fingiu não perceber.

- Fique aqui! Vou recolher alguma lenha para o fogo!

Ela suspirou, o acompanhando com o olhar sair para longe dali, em outro momento nem pensaria em estar num lugar como aquele, porém as circunstâncias haviam mudado.

Ela olhou em volta, percebeu que o barulho lá fora havia cessado. Não podia distinguir se Leônidas ainda estava por perto ou se coisa pior tinha acontecido.

"E agora!? O que eu faço?"

A tocha ainda estava com ela, mas nem sequer tinha forças para se manter de pé.

Tentou levantar-se com o apoio das paredes escuras e frias. Depois de algumas tentativas frustradas conseguiu manter-se um pouco de pé. A ausência de barulho a estava incomodando. A passos contados foi até a entrada da caverna.

"Seu ogro! Não ouse me abandonar neste estado."

Estava a dois passos da entrada. Ouviu alguma coisa se aproximando, apressou-se em retirar da cintura sua adaga, um presente que seu velho pai a presenteara muito tempo atrás.

De repente, vislumbrou uma sombra enorme e peluda aparecer arrastando alguma coisa com ele. Seus pensamentos se formaram no mesmo instante.

"A fera pegou o idiota do caçador! Agora vai devorá-lo na minha frente!"

Com as mãos trêmulas e o ombro a latejar de dor, levantou a adaga até quase a altura de seus ombros, a tocha ainda empunhada na outra mão.

A sombra adentrou na caverna arrastando a coisa que parecia estar envolto em peles. Esperou que a sombra passasse por ela, assim que isso aconteceu, atacou-a com a adaga, não morreria sem lutar.

A adaga ficou suspensa no ar a centímetros do rosto da sombra. Percebeu que uma mão prendia seu punho com força, a sombra estava coberta em um casaco de peles até o topo da cabeça.

Constância sentiu a mão queimar. A criatura deixou cair de sua outra mão, a pele negra que tinha arrastado até ali, de repente Constância constatou que aquele casaco lhe era familiar. Assim como a pele que a sombra havia arrastado.

"O que eu faço agora?"

Seu coração estava a mil por hora. Sua pele formigava sob o aperto daquela mão enorme. Não conseguia ouvir nem mesmo seus pensamentos diante de sua possível morte.

"Eu não quero morrer agora!"

O homem retirou a parte que cobria sua face. Agora ela podia ver claramente de quem se tratava. Deveria ter notado a semelhança, a barba negra e olhos o delatavam, ele a encarava sério com a mão erguida pressionando a dela, que segurava a adaga na altura da face dele.

- Era assim que pretendia me matar?

Constância deixou a adaga cair. Esta por sua vez caiu aos pés de ambos.

- Eu pensei que era aquela criatura horrível! - A voz dela soava cautelosa.

Leônidas soltou a mão dela. curvou-se para recolher as lenhas que trazia enrolado na pele de leopardo.

Armou novamente a fogueira, desta vez mais para dentro da caverna. Constância, por outro lado, sentou-se um pouco mais distante da entrada.

Assim que abasteceu o fogo o suficiente, Leônidas sentou-se, de modo que para quem olhasse, veria um triângulo equilátero, formado por cada posição em que eles estavam sentados junto das chamas.

Colocou a bolsa ao seu lado no chão, e seu rifle ao alcance de suas mãos. Nesse meio tempo,estranhou a total ausência de insultos. Percebeu que ela poderia estar sendo cautelosa, então resolveu agir.

- Você é uma garota da cidade que fez um breve treinamento de autodefesa! Estou certo?

Constância sentiu o rubor subir a sua face.

- Não foi isso! Não tinha intenção de machucar você! Ao contrário de você que já é a segunda vez que tenta se livrar de mim!

O caçador, estava entretido, retirando do bolso do casaco uma garrafa, que parecia estar cheia, fitou os olhos negros como os seus.

- Se eu quisesse matar você! Já estaria morta! Não deixo nenhum animal sofrer até a morte! Mesmo que seja o mais cruel deles!

Constância sentiu a confusão tomar conta dela. Os olhos de ambos se encontraram.

- Então por que mais cedo você apontou sua arma para mim?

Leônidas abriu a garrafa, e sorveu o líquido em apenas um gole, limpou os lábios ao final com as costas das mãos.

- Eu estava mirando no dono desta pele!

Constância observou bem a pele que ele apontava.

"Não pode ser verdade!"

- E o que foi aquilo quando perfurou meu ferimento?

Ele levantou-se e foi até ela estendendo a garrafa em sua direção, ela encarou o objeto relutantemente.

- É água!

Ela segurou a garrafa antes que seus dedos tocassem os dele.

O caçador voltou a sentar-se em seu lugar, e só então respondeu a pergunta, enquanto a encarava, tentando detectar a expressão no rosto dela.

- Pela segunda vez foi eu te salvando! Desta vez te salvei de uma infecção! O tiro que atingiu o leopardo também perfurou seu ombro! Tive de cortar onde estava ferido, para assim estimular a circulação sanguínea local! Além de ter higienizado a ferida e a vedado como precaução!

Constância tocou o ferimento. E em confirmação a resposta do caçador, seu rosto ficou vermelho novamente. Na tentativa de superar a frustração criada por ela mesma, abriu a garrafa e tomou um gole do líquido incolor e insípido, mas que parecia bem amargo diante de cada argumento do caçador.

"Será que ele está esperando que eu o agradeça? Nem morta!"

No entanto, ele não tinha tirado sua vida, e isso a fez remexer-se desconfortável, tentando a todo custo evitar os olhos dele.

Ajeitou a blusa que parecia mostrar o que não devia, num típico gesto de quem está sem graça. Compreendendo o seu erro, supôs que seria melhor começar de modo correto, mesmo que não o suportasse, não poderia ignorar o que ele havia feito por ela. Limpou a garganta e falou para ele.

- Meu nome é Constância!

Leônidas parou de afiar sua faca e prestou atenção nela.

"Constância? Porque este nome me parece tão familiar?"

            
            

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