Capítulo 2 Spam

Levantei para pegar um copo d'água e ouvi uma notificação, era de um número desconhecido, iria ignorar achando ser um spam, mas resolvi ler e pra minha surpresa havia um recado curto e direto "Vou te ajudar a desmascarar o Clube, me encontra no Ordinero Coffe ,hoje às 15h. Ass. Leonardo."

–Quem é esse louco? E como ele sabe do clube? –pensei.

Mas como sou curiosa, por esse motivo me tornei jornalista investigativa, eu fui até esse café para ver o que ele queria, aliás era de dia e o café estava com movimento.

Chegando já havia um homem com um sobretudo caro, óculos e muito bonito. Ele olhou pra mim e acenou como se já tivesse me visto muitas vezes.

- Leonardo?

– Sim, e você é a Isabella!

–Como sabe? e qual seu objetivo com esse encontro inesperado?

–Vamos com calma! Toma um café enquanto eu explico.

Tomei meu café e ele começou a explicar que o objetivo dele era o mesmo q o meu, que ele estava trabalhando a meses nessa investigação e nós dois juntos poderíamos ser uma ótima dupla. Ele me entregou um envelope e seu cartão de visita.

–Me liga assim que se decidir, mas seja rápida, não temos muito tempo!

Ele saiu, me deixando sozinha.

Chegando em casa, abri o envelope e tinha muitas fotos e registros de caixa, era do Clube Éden. Entre compras de bebidas caras, havia compras de medicamentos controlados, não havia nomes dos remédios , o que dava a entender que era algum esquema mafioso.

–Poderiam ser drogas?

Entrei em contato com o cara estranho, ele disse para voltarmos ao clube, me explicou seu plano.

–Como posso confiar em você? – perguntei desconfiada.

–Da mesma forma q eu confiei em você para te mostrar esses documentos importantes.

Ele até que parecia confiável ao meu ver. mas tinha algo estranho no olhar dele. Não sei explicar.

Começamos a por nossos planos em prática.

– Como vamos entrar lá?

– Não se assusta tá? Vai parecer meio ofensivo.

– Desenrola.

Nós dois sabíamos que estávamos lidando com mais do que apenas um clube secreto. Leonardo parecia conhecer cada sombra que pairava sobre o Éden, e, conforme ele falava, percebi que ele não era apenas um aliado improvável , ele era minha única chance de entender o que realmente estava acontecendo.

- O primeiro passo é simples, Isabella - ele começou, inclinando-se na mesa. - Você precisa voltar ao Éden. E desta vez, vai ser diferente.

- Diferente como? - perguntei, franzindo a testa.

- Comigo. Eu vou te levar lá. Mas não como você. Vamos precisar de uma identidade nova.

Eu ri, mais de nervosismo do que de humor.

- Você quer que eu finja ser outra pessoa? Não é assim que funciona. Eles têm olhos em todo lugar, Leonardo. Não vai ser tão fácil.

- Nada no Éden é fácil - ele rebateu, seu tom ficando sério. - Mas confie em mim, eles não me esperam de volta. E definitivamente não esperam que eu leve alguém como você.

Eu o encarei por um momento. Havia algo mais na sua história que ele não estava me contando, mas, naquele momento, não podia me dar ao luxo de desconfiar.

- Certo, e qual é o plano?

Ele sorriu de canto, como se já tivesse tudo arquitetado.

- Você vai ser minha acompanhante.

Minha expressão de choque deve ter sido cômica, porque ele riu baixinho.

- Não precisa ficar tão surpresa. É o disfarce perfeito. Acompanhantes têm passe livre em quase todas as áreas do Éden. Ninguém faz muitas perguntas, contanto que você se comporte... como esperam.

Eu cruzei os braços, encarando-o.

- E o que exatamente eles esperam?

- Beleza, mistério e submissão. - Ele respondeu sem rodeios, mas antes que eu pudesse protestar, acrescentou: - Não se preocupe, Isabella. Você só precisa fingir. E, se as coisas ficarem complicadas, eu estarei lá.

A ideia me incomodava, mas sabia que ele estava certo. O Éden era um lugar de máscaras, e a única forma de descobrir a verdade era vestindo uma.

- Quando começamos? - perguntei, tentando parecer mais confiante do que me sentia.

- Amanhã à noite. - Ele se levantou, jogando algumas notas sobre a mesa. - Use algo... que chame atenção.

Antes que eu pudesse responder, ele saiu, deixando-me sozinha no café com a sensação de que acabava de entrar em um jogo perigoso demais para ser jogado sozinha.

No dia seguinte, passei horas me preparando. Não era apenas uma questão de aparência - era sobre entrar no papel. Coloquei um vestido preto justo, algo que parecia caro o suficiente para enganar qualquer um no Éden, e finalizei com um colar simples, mas elegante.

Quando Leonardo chegou para me buscar, seus olhos varreram minha figura com aprovação.

- Perfeito. - Ele disse, oferecendo seu braço. - Pronta para o show?

Eu não respondi, mas, enquanto caminhávamos em direção ao carro, sabia que não havia mais volta.

O Éden nos esperava. E desta vez, nós estávamos prontos para entrar no jogo.

            
            

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