A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata.
img img A frequência certa: a Radialista e o CEO magnata. img Capítulo 2 O magnata
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Capítulo 6 Sem voltar atrás! img
Capítulo 7 Um jogo de sensações img
Capítulo 8 Frustração e desejo! img
Capítulo 9 Conselhos e risadas img
Capítulo 10 Conexões e conflitos img
Capítulo 11 O final de semana img
Capítulo 12 O novo CEO img
Capítulo 13 Dando rosto as vozes img
Capítulo 14 Entre a tentação e decisão img
Capítulo 15 Repetição, talvez img
Capítulo 16 Red, no jogo! img
Capítulo 17 Regras quebradas, talvez img
Capítulo 18 Propostas img
Capítulo 19 Conversa img
Capítulo 20 Muito desejo img
Capítulo 21 Almoço img
Capítulo 22 Exclusivos img
Capítulo 23 Câmeras, poses e tensão no ar img
Capítulo 24 Tentação img
Capítulo 25 Manhã inesperada img
Capítulo 26 Gravação img
Capítulo 27 Sentindo falta img
Capítulo 28 Somos Casuais img
Capítulo 29 Fim de noite img
Capítulo 30 É você! img
Capítulo 31 Conexão img
Capítulo 32 Uma noite de revelações img
Capítulo 33 Envolvida img
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Capítulo 2 O magnata

James

O ronco da minha moto era quase uma extensão da minha personalidade: intenso, alto, impossível de ignorar. Enquanto cruzava as ruas de Manhattan a caminho do meu escritório, pensava em como as coisas estavam se encaixando. Eu tinha 32 anos, estava no topo da minha carreira e prestes a expandir meu império com a aquisição da principal rádio do país.

O plano era simples: transformar a rádio em algo ainda maior. A ideia de televisionar programas populares era apenas o começo. Entre eles, um podcast que todos diziam ser revolucionário – Sem Filtros. Eu não sabia muito sobre as apresentadoras, apenas que tinham um público fiel e que o programa era irreverente. O tipo de conteúdo que prende atenção e gera lucro.

Dominando o ramo televisivo e agora entrando no de rádio, estava claro para mim que em poucos anos meu conglomerado seria intocável. Não havia espaço para distrações. Meu foco era absoluto. Bem, quase absoluto.

No sinal vermelho, enquanto ajustava a posição da moto, meu olhar foi capturado por ela. Uma mulher num carro pequeno, distraída, com cabelos ruivos como o fogo. Era impossível não notar. Ela parecia estar em outro mundo, os olhos perdidos em algum pensamento distante. Seu rosto tinha algo etéreo, quase hipnótico, e quando o sinal estava prestes a abrir, decidi chamá-la de volta à realidade com o motor da moto.

O barulho a despertou, e ela virou a cabeça em minha direção. Foi então que nossos olhares se cruzaram. Aqueles olhos verdes... Eu não conseguia desviar. Havia algo nela, uma mistura de inocência e força, que me prendeu de imediato. Dei uma piscada instintiva antes de acelerar, deixando-a para trás.

Mas algo ficou comigo. Durante todo o caminho até a sede da Calloway Media Group, meus pensamentos voltavam para ela. Aquela ruiva que parecia saída de um sonho.

Ao chegar ao meu escritório, subi diretamente para a cobertura, onde ficava minha sala. Enorme, cercada de vidro com vista para o skyline de Nova York, era um lembrete diário de tudo o que conquistei desde os 21 anos, quando assumi a empresa que meu pai construiu.

Meu pai, Thomas Calloway, era minha inspiração. Mesmo quando lutava contra o câncer, ele nunca deixou de acreditar em mim. Eu tinha 17 anos quando o vi definhar, e aquelas memórias ainda me assombram às vezes. Perder meu pai foi o momento que definiu minha vida. Aos 21, quando assumi o controle da empresa, prometi a mim mesmo que faria dela a maior do setor. Hoje, com o conglomerado mais poderoso do ramo televisivo, sabia que ele estaria orgulhoso.

Minha mãe, Elizabeth, e minha irmã mais nova, Claire, de 25 anos, eram as mulheres mais importantes da minha vida. Eu fazia o possível para cuidar delas. Minha mãe tinha uma elegância que nunca perdeu, mesmo nos momentos mais difíceis. Claire, por outro lado, era cheia de vida, com um sorriso que podia iluminar qualquer ambiente. Elas eram meu refúgio, minha âncora.

Mas fora isso, minha vida era exatamente como as revistas descreviam: festas, casos rápidos e mulheres bonitas ao meu redor. Eu era o "badboy milionário" das manchetes, um dos homens mais desejados, segundo as listas que não faziam diferença para mim. Não tinha tempo nem disposição para algo mais profundo. O amor era uma distração que não podia me permitir.

Ainda assim, naquela manhã, não consegui tirar a ruiva da cabeça. Fechei os olhos e me lembrei do jeito como ela me olhou. Um misto de surpresa e curiosidade. Era impossível não sentir o calor crescendo dentro de mim.

Peguei o celular e mandei uma mensagem para Cassandra, uma das mulheres com quem eu mantinha encontros casuais. Ela era bonita, direta, e sabia que não havia espaço para sentimentos.

"Minha cobertura. Às nove," escrevi, e em segundos recebi um "Estarei lá" de resposta.

Sorri, satisfeito. Talvez a noite ajudasse a me livrar dessa tensão. Mas mesmo enquanto tentava me concentrar nas reuniões do dia, aquela ruiva continuava aparecendo nos cantos da minha mente, me provocando como uma lembrança impossível de ignorar.

            
            

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