Algo especial para o ceo
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Capítulo 2 2

Um carro se aproximou bruscamente interrompendo subindo na calçada, Yusuf desceu partindo pra cima deles furioso, como um belo super herói

- Solte a moça!

Os dois saíram correndo as pressas, levaram a bolsa, o celular, muito nervosa chorando, ela se agarrou a aquele homem que gentilmente a acudiu, foi quase desfalecendo, ele a amparou

- Fique calma, tudo bem? A machucaram?

- Vem, vamos sair daqui.

Ele abriu a porta do carro como um cavalheiro, fechou, ao entrar deu um lenço de bolso para ela

- Levaram sua bolsa? Documentos? Celular?

Enxugando as lágrimas ela lamentou arrasada

- Levaram tudo, documentos, celular, as chaves de casa. Meu cartão do ônibus.

Ele se aproximou para colocar o cinto nela, reparando no quanto era bonita, até transtornada chorando

- Se acalme por favor, com licença. Pra onde gostaria de ir?

- Delegacia? Hospital? Cafeteria? Eu confesso que a opção de comer algo, me trás um certo acalanto, após esse roubo traumático que enfrentamos.

- Porque eu me sinto roubado, como você.

Ela sorriu sutilmente enxugando as lágrimas, pensando no avô

- Confesso que estou com fome. E meu único dinheiro se foi. Que raiva !

- Eu realmente, estou sem sorte.

Ele abriu o porta luvas

- Só um momento, espera. Agora tem alguma coisa!

Simplesmente lhe deu moedas, a fez rir, também rindo comentou que adorava fazer limonada com os limões que a vida lhe dava, disse enquanto dirigia, que a viu na empresa, lá dentro, ela arregalou os olhos surpresa

- Sério? Trabalha lá? Eu fui fazer uma entrevista, foi bem peculiar, na minha humilde opinião de quem nunca fez outra entrevista antes, enfim.

- Parece um ótimo lugar, as outras candidatas comentaram, que o salário é alto, os benefícios bons.

Ele estacionou em uma lanchonete comum não muito longe de lá

- Podemos comer e você específica, a questão da peculiaridade.

- Oque acha? Não diga que está sem dinheiro, te emprestei uma quantia razoável.

Ela tirou o cinto de segurança rindo

- Grata pela doação. E aceito a gentileza!

- Achei que em entrevistas, davam um lanchinho. Como eu pude me iludir assim?

Ele desceu, foi abrir a porta para ela, enquanto descia, ela tirou o cardigã rasgado frustrada

- Era o meu casaco preferido, me dava sorte.

Ele a pegou pela mão para ajudar sair

- Ou não. Já estamos juntos a um tempo considerável para trocarmos confidências.

- Levo desde a infância comigo um chaveiro que me dá sorte!

Mostrou as chaves e o chaveiro, era um paraquedas, foram entrando na lanchonete, estavam nas escadas, quando ele a tocou nas costas sutilmente

- Espere, a etiqueta.

Se fazendo de muito surpresa ela se virou puxando o cabelo enorme para a frente

- Sério? Nossa. Pode me ajudar a...

Ele arrancou com firmeza e um sorriso lindo

- Pronto, você realmente queria essa vaga!

- Caso não consiga, ao menos ficou fabulosa entre as demais candidatas.

- Esse vestido, te destacou de longe.

Ela foi rindo de desespero, pensando no prejuízo, pode o olhar melhor, ele era loiro, barba por fazer, um sorriso grande, o achou muito lindo e cheiroso, ele estava de calça e camisa social, se afastou após puxar a cadeira pra ela

- Está com frio imagino, vou até o carro e já volto. Pode ir fazendo o pedido!

- Fique a vontade para matar a sua fome.

Foi saindo andando com a segurança, de quem sabia o quanto era bonito, Yusuf Hakan Kartal sempre foi um homem teimoso de temperamento um pouco difícil, sempre gostou das coisas certinhas do jeito e interesse dele.

Era o único herdeiro de uma família muito rica, donos de uma empresa de meias e roupas, com um patrimônio milionário, desde pequeno ele foi instruído a se tornar o melhor em tudo, deixava de brincar para estudar, era incentivado a ser competitivo e arrogante.

Com notas exemplares desde a infância tinha um histórico realmente invejável, com tanto esforço e dedicação virou o ceo de tudo antes mesmo de terminar a primeira faculdade.

Sua mãe faleceu em seu parto com complicações, ele levava consigo a culpa sobre isso, e nunca desejou construir família, tinha aversão a crianças até.

Ele tinha os olhos da mãe e seu pai muitas vezes se entristeceu muito com isso, ele cresceu sentindo que não era amado sentindo a falta da mãe, também por isso era o filho que seu pai sempre quis.

Após ver o pai se casar refazendo a vida, ele ainda criou certa aversão a compromissos sérios, seus traumas sempre afetavam as relações, nunca namorava sério, ele simplesmente terminava os rolos quando achava que podia ter algo mais profundo crescendo, nunca ia atrás de mulher alguma também, declarava abertamente que casar não era uma meta.

Muito bonito, tinha boas companhias quando queria, sempre de seu circulo, mulheres ricas, modelos, empresárias, dispostas a curtir sem compromisso e o satisfazer, ele nunca ficava sozinho.

Ele se encantou com a beleza de Arícia assim que a viu, achou delicada, posturada, discreta, ele era bem exigente com as ficantes, gostava de mulheres de temperamentos fortes autênticas, mas não chatas ou mandonas, vaidosas, mas não neuróticas, admirava cabelos chamativos, mas não artificiais demais, corpos esculturais, mas sem plásticas.

Ela era tudo isso que ele sempre buscava nas aventuras lascívias, ainda era divertida e discreta, despertou o interesse dele em conquistar para ter, seu lado competitivo adora brincar e manipular as mulheres todas certinhas.

A única coisa que Arícia conseguiu reparar nele, foi a boca que sorria a cada duas frases, com dentes impecáveis, ele tinha a postura certinha e pareceu de início, muito calmo, observador.

Quando ele voltou colocou o paletó nas costas dela, sentou a mesa com uma florzinha roubada da decoração

- Só vai ganhar a flor, se já fez o meu pedido!

Ela sorriu sem jeito, reparando no relógio dele

- Eu amo flores. Me desculpe, eu não sabia oque pedir.

- Gosta mais de doces ou salgados?

- Eu gosto de inovar, fiquei atraída por esse suco super diferente. Olha!

Ele se aproximou para colocar a flor, no cabelo dela

- Sinceramente eu não gosto de inovar, digamos assim, que eu como sempre as mesmas coisas.

- Prefiro algo salgado! E você?

- Devemos falar nossos nomes agora ou depois?

            
            

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