Ceo Cruel
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Capítulo 5 5

Ragnar retornou ao quarto os interrompendo, pegou os remédios no chão

- Vamos conversar lá fora.

- Longe dessa adorável moça!

Foram saindo juntos, Reginato o olhou com julgamento, enquanto o via trancando a porta

- Isso está errado. Qual a idade dela?

- Não vou te ajudar novamente, isso está indo além, do que fazemos.

- Você vai se colocar em grandes problemas.

Ragnar respondeu sem se importar

– Isso não vai acontecer, meu velho amigo medroso.

- O pai dela, me deve muito.

- Só vou passar alguns dias com ela, antes do meu tratamento começar.

- Meu assento vip no inferno, já está garantido mesmo.

- Que diferença faz, ser um bom homem?

- Ela é jovem, vai superar tudo.

Reginato disse que não queria saber de mais nada, porque diferente dele, não queria cadeira vip alguma no inferno, foi embora com dó de Domênica.

Ragnar já tinha dado ordens aos funcionários, para deixarem o café da manhã preparado, foi pegar uma bandeja, colocou pão francês, croissant, bolo, suco natural, fatias de peito de Peru e queijo, levou para o quarto, foi colocando na mesinha de cabeceira, a olhando fixamente reparando

- Você estragou o meu fim de semana.

- Não vou pagar por isso.

- Od.eio ter que cuidar, de qualquer pessoa, além de mim mesmo.

Encheu o copo de suco, ofereceu a ela

- Vamos, sente-se para comer.

- Precisa se alimentar, tomar os remédios.

Ela estava deitada olhando para a porta, que ia para a varanda direto no quintal, só continuou imóvel o ignorando, com o olhar cético completamente vazio, ele se sentou na beirada da cama, intrigado

- Tem algo de muito errado com você.

– E eu preciso saber o que é.

- Essas coisas destoantes, sempre acontecem comigo.

Começou preparar um pão

- Atraio o caos, mulheres m.alucas, complexas, de todos os tipos.

- Namorei uma ninfoma.níaca na faculdade e meu pai pagou mais de vinte mil reais, para terminarmos.

- Deu dinheiro, para ela me deixar em paz e parar de perturbar meus estudos.

Pegou a mão dela, colocou o pão

- Vinte mil era uma fortuna na época.

- Depois, namorei por cinco anos, a garota mais simpática do mundo.

- Ela não era tão bonita, mas em compensação, me fazia muito bem, totalmente compreensível, companheira, nada exigente ou difícil de lidar.

- Fazia todos os meus gostos, e em troca, assim podemos dizer, eu dava de tudo a ela.

- Paguei quatro anos da faculdade, aluguel, dei um carro, viagens, presentes de valores mais acessíveis, por escolhas dela.

Domênica começou comer, ele lhe deu o copo de suco

- E quando eu ia pedi-la em noivado, então ela terminou e eu soube que ela tinha outro.

- Me traiu por três anos, com um amigo de infância

- Não sei se já sabe, mas, não existe amizade entre homens e mulheres.

- Guarde bem, tudo o que digo, posso te ensinar muitas coisas valiosas.

- Foi a primeira vez que sofri por amor, digo, amor verdadeiro, genuíno.

- Depois tive breves relacionamentos, muitas experiências quentes, baseadas em se xo e dinheiro.

- Não vejo problemas em pagar por isso.

- As universitárias pobres, são as melhores.

- Modelos e dançarinas, dão para o gasto.

- Prefiro as que sabem conversar, porque costumo me entediar fácil demais.

- Passei dois anos, com uma pessoa fixa, sempre paguei por isso, ela era quase da minha idade, tudo era perfeito, nos divertiamos muito.

- Até que ela engravidou, queríamos coisas diferentes, por um momento, achei que eu ia ceder, aceitar a gestação.

- Mas sempre que eu pensava em ter um relacionamento sério, envolvendo nossas famílias, casamento, eu me lembrava que ela era pu ta.

- E nada mais além disso, pois me pediu dinheiro, para interromper a gestação e sumir.

- Paguei e nunca mais vi ela.

- Outra coisa que você precisa aprender, é que ninguém, nunca vai gostar de você pelo o que é, se tiver dinheiro envolvido.

- Também que tudo tem um preço.

Se levantou, colocou a bandeja na cama ao lado dela

- Vou te deixar descansar e ir procurar algo legal, para fazer.

- Acho que me cansei de você, não é nada do jeito que imaginei.

Abriu a porta da varanda

- Está sendo um dinheiro muito mal gasto.

- Depois, vou trazer seu celular, vai usar com a minha supervisão.

- Tranquilizar seu pai.

- Quando todos os seus hematomas sumirem, te deixarei voltar para casa.

Saiu na varanda deixando a porta aberta

- Não vou descontar o valor combinado, para te manter hospedada.

- Seu pai vai ter que me pagar e rápido.

Ela ficou olhando calada, comeu quase tudo, tomou os remédios, não conseguiu dormir, pela porta só dava para ver o gramado e a piscina, tinha música tocando um pouco alto, parecendo ser no quintal mesmo, ela foi se lavar, tirar o sangue que escorreu, colocou um vestido curto soltinho cinza, que encontrou no closet.

Começou ficar curiosa e entediada, espiou a porta com medo dos cachorros, foi saindo na varanda apreensiva, viu Ragnar longe, embaixo de uma cobertura, toda aberta dos lados, cortando madeira com uma serra, também estava martelando, após alguns minutos sem ver os cachorros.

Domênica foi andando pelo gramado, descalça, indo em direção a ele, Ragnar a viu e continuou fazendo suas coisas, cabisbaixo, estava verdadeiramente decepcionado com ela e sua personalidade.

Quando ela se aproximou com aquele olhar apático, agora sem maquiagem, ele a olhou sério

- Coloque a mão aqui.

- Tive uma ótima idéia.

Empurrou uma madeira para mais perto dela, pegou um prego

- Você pode chorar, pedir misericórdia e implorar, para que eu pare.

Ela colocou a mão, virada para baixo, o olhando fixamente séria, com medo do que iria acontecer

- Tenho certeza, que nada do que eu possa falar, te faça mudar de idéia.

- Também fazia essas coisas horríveis, com as outras?

- Ou aprendeu com alguém?

- Já fizeram em você?

Ele começou olhar outros pregos, os medindo

- Nunca fiz nada tão ousado.

- Estou decidindo, o quanto gosto ainda.

                         

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