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Jaqueline acorda cedo para ir caminhar. Do outro lado do prédio, Alexandre também acordava cedo e se arrumava para sair pra trabalhar. Dessa vez, não perdera a hora.
Foi para a cozinha comer e lá Ana já comia tranquilamente torradas e café preto.
- Bom dia, maninho! disse ela ao vê-lo entrando na cozinha.
- Bom dia, maninha! disse ele, passando por ela e depositando um beijo em sua testa.
- Dessa vez não acordou atrasado e nem acompanhado né?
- Acertou, ontem vim direto pra casa, não fui a lugar nenhum! Satisfeita?
- Tô! Você precisa encontrar uma mulher pra você casar e me dá sobrinhos, uma mulher direita não essas que você encontra em bares!
Alexandre engasgou com café quando Ana falou na palavra "filhos"
- Que isso, Ana? Tá querendo me matar? disse ele.
- Não tô querendo matar ninguém, só disse o que eu quero!
- Oh, não me pressiona, você sabe que me amarrar não está nos meus planos!
- E os seus planos é ficar comendo uma mulher por noite?
- Maninha, a gente já conversou sobre isso, não conversamos? Então...oh se cuida, eu já vou indo! disse ele pegando uma maçã para ir comendo no caminho.
Alexandre abriu a porta e Jaqueline também abriu. Ambos viraram e ficaram um de frente pra ele. Pode
- Se dizer que entraram num transe.
Alexandre babava por Jaqueline que vestia uma calça legging, um top preto e uma camiseta branca. Jaqueline estava encantada pelo moreno de olhar penetrante, um moreno com pinta de intelectual, devido aos óculos de grau, usando uma blusa social verde e uma calça marrom clara.
- Oh cabeção, esqueceu o celular aqui! disse Ana saindo do apartamento de Alexandre com o celular dele na mão.
Tirou ambos do transe e Jaqueline seguiu seu caminho, descendo as escadas enquanto Alexandre voltava sua atenção para a irmã.
- Ah, obrigado! Ana, quem é ela? perguntou cochichando.
- Jaqueline, nova moradora do 3C! Super simpática ela!
- E gostosa! murmurou Alexandre.
- Dá pra você poupar pelo menos a sua vizinha? perguntou Ana cruzando os braços com um sorriso travesso no rosto.
- Talvez sim, talvez não! disse ele piscando um olho para a irmã. Ele saiu todo sorridente, como sempre. Entrou em seu carro e seguiu para a agência, onde teria mais um dia de trabalho exaustivo.
Jaqueline fazia sua caminhada matinal. Ela não podia negar que o moreno mexeu com os seus pensamentos. Ela corria pensando naquele olhar, não entendia o porque de estar pensando nele, no vizinho que acabara de ver. Alexandre, por sua vez, pensava no quanto aquela mulher era linda. Ele a queria a todo custo ela na sua cama. Parecia um jovem em plena puberdade.
Chegou na agência, estacionou o carro e foi para sua sala.
- Até que enfim tu chegou né cara? disse Carlos seguindo ele entrando na sala.
- Sabe como é né? Trânsito dos infernos desse Rio de Janeiro! Mas tudo certo por aqui?
- Tudo certo sim, só achei estranho você se atrasar dois dias seguidos!
- Culpa do trânsito e de uma vizinha gata que apareceu lá no meu prédio!
- Vizinha gata?
- É, nossa, gata é pouco pra ela, aquela mulher é uma deusa!
- Já quer pegar a vizinha, né Alê?
- Quero não, eu vou pegar ela! Você vai ver, essa gata vai pra minha cama ainda nessa semana!
XXX
Jaqueline chegou em casa e foi pro banho. Saindo do banho recebeu uma ligação.
- Alô?
- Oi, estou falando com Jaqueline Tavares?
- Sim, sou eu!
- Oi Jaqueline, sou eu, Caroline, tô te ligando pra avisar que a minha chefe quer que você venha aqui pra uma entrevista de emprego!
- Jura?
- Juro, mas tem que ser agora, ela só tem horário livre daqui uns 30 minutos, você pode vir até aqui?
- Claro que posso, chego ai em exatos 30 minutos! Obrigado, Carolina!
- Imagina, tô te esperando!
Jaqueline desligou o telefone e olhou para o relógio, saiu correndo para seu quarto procurar uma roupa para vestir para uma entrevista de emprego. Ficou pouco tempo procurando uma roupa e optou por uma saia verde escura colada ao corpo e uma blusa social vermelha. Saiu praticamente correndo em seus saltos alto para a galeria de arte.
Chegou lá completamente ofegante. Antes de entrar, arrumou os cabelos, respirou fundo e depois puxou a porta de vidro levando um vento frio no rosto, devido ao ar condicionado.
- Jaqueline, você chegou bem na hora! disse Carolina ao ver a futura colega de trabalho entrando.
- Essa aqui é Karen, minha chefe, dona dessa galeria de arte! completou a loira apresentando Karen a Jaqueline.
- Dona Karen, essa é a Jaqueline, candidata a vaga de vendedora aqui na Connect Art!
- Muito prazer, dona Karen! disse Jaqueline estendendo a mão para cumprimenta-la.
- Prazer, Jaqueline, vamos até minha sala? disse Karen.
- Vamos! respondeu Jaqueline.
XXX
- Alê, marcaram a reunião pra amanhã lá na galeria! disse Bruna abrindo a porta do escritório de Alexandre, colocando apenas a cabeça pra dentro do lugar.
- Okay, vai ser mesmo com a Karen? perguntou receoso.
- Claro né Ale, a mulher é dona da bagaça toda, eu hein parece que bebe! disse ela antes de sair e fechar a porta.
Alexandre estava numa tremenda saia justa pois Karen havia mostrado interesse nele, mas Alexandre respeitava as clientes, poderia dizer que ele até tinha ética, uma ética muitas vezes flexível pois saia com as estagiárias mas tinha uma certa ética. Até porque a tal da Karen tinha um noivo, sócio dela na galeria de arte.
- Merda! murmurou ele, já sozinho na sala.
XXX
- Bom, Jaqueline, você não tem experiência com vendas...
-disse Karen sentada em sua mesa.
- É mas eu aprendo tudo muito rápido, me dou bem com o público! Eu quero deixar bem claro meu total interesse nesse emprego!
- Claro, Carolina me disse sobre seu interesse e você demonstra bastante isso...olha vamos fazer uma experiência, daqui a alguns dias terá uma exposição e preciso de mais funcionários, você tá contratada mas precisa me mostrar que você é isso tudo ai que você me disse!
- Muito obrigado, dona Karen, a senhora não vai se arrepender!
Jaqueline finalmente tinha conseguido um emprego. Não era o emprego dos sonhos mas era um emprego que pagava suas contas no fim do mês.
Notas Finais
Até a próxima! ;)