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O final do dia chegou, e Isabella estava exausta. A mansão de Vittorio era um labirinto de corredores silenciosos e salas imponentes, e ela sentia que mal havia arranhado a superfície de seu novo mundo. Ele a havia levado para jantar em uma sala de jantar luxuosa, com uma mesa comprida que poderia acomodar vinte pessoas, mas que agora estava posta apenas para os dois. A comida era requintada - massas frescas, vinho tinto encorpado e uma sobremesa que derretia na boca -, mas Isabella mal conseguia saboreá-la. A presença de Vittorio era opressiva, mesmo quando ele estava calado.
Quando o jantar terminou, ele se levantou e caminhou até a janela, olhando para os jardins iluminados pela luz da lua.
- Isabella - ele começou, sua voz suave, mas carregada de autoridade. - A partir de hoje, você vai morar aqui, na mansão.
Ela quase engasgou com o gole de vinho que estava tomando.
- Morar aqui? - ela repetiu, tentando processar a informação. - Mas... meus avós... eu preciso cuidar deles.
- Você poderá visitá-los nos finais de semana. Além disso eles terão supervisão 24 horas por dia com uma equipe de enfermeiros altamente qualificada, não esqueça. - ele respondeu, sem se virar para olhar para ela. - Mas durante a semana, você estará aqui. Seu trabalho exige dedicação total, e eu não posso me dar ao luxo de ter você distraída.
Isabella sentiu uma onda de indignação. Ela não era uma criança para ser mandada de um lado para o outro.
- Vittorio, eu entendo que você precisa de comprometimento, mas eu tenho uma vida fora daqui. Eu não posso simplesmente abandonar meus avós.
Ele finalmente se virou, seus olhos escuros fixos nela com uma intensidade que a fez tremer.
- Você não está entendendo, Isabella - ele disse, sua voz mais firme agora. - Este não é um pedido. É uma condição do seu emprego. Se você quer que eu continue ajudando seus avós, você seguirá minhas regras.
Ela sentiu o sangue ferver. Ele estava usando os avós dela como moeda de troca, e isso a deixou furiosa.
- Isso não é justo - ela protestou, levantando-se da cadeira. - Você não pode me controlar assim.
Ele deu um passo em sua direção, e ela sentiu o ar ficar mais pesado.
- Justo? - ele repetiu, com um sorriso irônico. - A vida não é justa, Isabella. E no meu mundo, menos ainda. Você quer jogar com os adultos? Então aceite as regras.
Ela mordeu o lábio, tentando conter a raiva. Ele estava certo, e ela sabia disso. Mas isso não tornava a situação menos frustrante.
- E se eu me recusar? - ela perguntou, desafiando-o.
Ele fechou a distância entre eles, parando a poucos centímetros dela. Ela podia sentir o calor do corpo dele, o cheiro de seu perfume envolvente.
- Então você pode ir embora - ele sussurrou, sua voz um misto de ameaça e promessa. - Mas seus avós ficarão por conta própria. A escolha é sua.
Isabella sentiu um nó se formar na garganta. Ele havia colocado ela contra a parede, e ela sabia que não tinha escolha.
- Está bem - ela disse, sua voz trêmula. - Eu fico.
Ele sorriu, satisfeito, mas não se afastou.
- Boa decisão.
O Estado Civil de Isabella
O silêncio que se seguiu foi carregado de tensão. Vittorio continuou a observá-la, seus olhos escuros parecendo vasculhar cada pensamento dela.
- Há mais uma coisa - ele disse, finalmente.
- O que mais? - ela perguntou, já esperando outra exigência absurda.
- Você tem alguém? - ele perguntou, sua voz suave, mas carregada de intenções.
Isabella franziu a testa, confusa.
- Alguém? O que você quer dizer?
- Um namorado. Um amante. Alguém que possa... distraí-la - ele explicou, seus olhos fixos nela.
Ela sentiu um calor subir em seu rosto. A pergunta era íntima, invasiva, e ela não sabia como responder.
- Isso é da minha conta - ela respondeu, tentando manter a voz firme.
Ele deu um passo ainda mais perto, e ela sentiu o coração acelerar.
- Aqui, tudo é da minha conta - ele sussurrou, sua respiração quente tocando seu rosto. - Então, eu vou perguntar de novo: você tem alguém?
Ela engoliu seco, sentindo-se encurralada.
- Não - ela admitiu, finalmente. - Eu não tenho ninguém.
Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo satisfeito e perigoso.
- Bom. Porque eu não permitirei que você tenha relações sexuais dentro da minha casa.
Isabella sentiu um choque percorrer seu corpo.
- O quê? - ela perguntou, incrédula. - Você não pode controlar isso.
Ele inclinou a cabeça, seus olhos brilhando com uma mistura de desafio e desejo.
- Eu posso, e eu vou. Esta é a minha casa, e as minhas regras. Se você quer continuar aqui, você vai respeitá-las.
Ela sentiu uma onda de indignação, mas também algo mais... algo que ela não queria admitir. A proximidade dele, a intensidade de seu olhar, tudo isso a deixava confusa e excitada ao mesmo tempo.
- E se eu não respeitar? - ela perguntou, desafiando-o novamente.
Ele deu um sorriso lento, quase predatório.
- Então você descobrirá que eu não sou um homem fácil de desafiar.
O Ardor Proibido
O silêncio que se seguiu foi eletrizante. Isabella sentiu o ar ficar mais pesado, como se uma tempestade estivesse prestes a eclodir. Vittorio continuou a observá-la, seus olhos escuros parecendo ler cada pensamento dela.
- Você acha que pode me controlar - ela disse, finalmente, sua voz um sussurro.
- Eu não acho - ele respondeu, sua voz igualmente suave. - Eu sei.
Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Havia algo na maneira como ele falava, algo que a deixava ao mesmo tempo com medo e fascinada.
- E se eu não quiser ser controlada? - ela perguntou, desafiando-o mais uma vez.
Ele sorriu, um sorriso que era ao mesmo tempo sedutor e perigoso.
- Então você terá que me provar que é forte o suficiente para resistir.
Antes que ela pudesse responder, ele se afastou, deixando-a sozinha na sala de jantar, com o coração acelerado e a mente confusa.