Capítulo 4 Número de telefone

- eu morri de vergonha cara, não sabia onde enfiar a cara. - contava a história de ontem pra crislayne enquanto voltávamos da aula, subindo a favela suando maior calor.

- a para, ela nem ligou tanto, minha mãe não é santa assim prova viva eu to aqui.

- mesmo assim, com que cara vou olhar pra tia agora?

- tu é muito boba. - riu e eu dei um tapa no seu braço. - tia délia já me pegou de agarramento um milhão de vezes.

- é por que tu é piranha. - ela faz biquinho e dois.

- estranho seria se eu nao fosse né amadah. - começou a gritar cantand- veja bem não é maldade é que tem tanto homi bonito na cidade e eu to na flor da idade, prefiro me arrepender do que passar vontade!

- prefiro não me arrepender e nem passar vontade. - falei.

- tem umas coisas que a gente precisa cometer de novo pra lembrar porque se arrependeu. - olhou mordendo os lábios para o Pl, pl é um bandidinho daqui que as vezes ela fica.

Ele tava de esquina com outros garotos armados, ignorou ela total e voltando a olhar pra frente.

- quando eu der um chá de buceta nesse filho da puta, que quem vai sair com pau mancando é ele. - eu gargalhei, essa garota é demais.

- me avisa um dia antes tábom? não estou afim de compartilhar sua foto de desaparecida no Facebook. - ela revirou os olhos entrando em tua casa.

- tchau vagabundinha virgem. - falou me dando tchau, apontei o dedo do meio pra ela.

- tchau sua dada. - fui andando pra casa, mexendo no meu celular, cheguei em casa, minha mãe não estava deve ter ido fazer faxina na casa de algum patrão, almoço estava no forno.

Deixei o alho dourando na panela pra fazer o arroz e fui tirando a blusa de escola ficando só de calça e sutiã.

Escuto a porta se abrir já que eu não deixei fechada, pensei ser minha mãe mas era alex.

- por que devo a honra de sua amável presença? - debochei colocando a mão na cintura, e ele veio até mim beijando minha cabeça. Por um segundo pensei que ele tinha olhado pra meus peitos.

- crislayne queimou a comida, vim rangar aqui. - sentou na mesa, olhei irônica pra ele.

- tá achando oque? pode indo pra boca do fogão comigo se quiser comer. - ele levantou me seguindo.

- tem macarrão dw ontem no forno, porém to fazendo um arroz e feijão, frita o bife. Mexia no arroz, já pronto e ele na outra boca do fogao fritava o bife, e me olhou falando.

- sabia que as resenhas na minha laje não vão rolar mais?

- por que? - perguntei já sabendo o possível motivo.

- alguma mina que o hiago pegou no banheiro, minha mãe falou que eles estavam a ponto de fazer sexo. - falou com o tom de senso de humor, revirei os olhos.

- uma pena ein. - falei.

- hiago pediu teu número, passo? - fez seu olhar de interrogação.

- tu até já passou que eu sei.

- fiz errado? adorou se pegar com ele no meu banheiro que eu to ligado!

E o pior que eu tinha gostado mesmo, dormi pensando naquele nosso beijo.

            
            

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