Eu, sempre tão reservada, quase invisível entre as demais camareiras. Mal troco palavras com elas. Prefiro manter a distância, recolhida no meu próprio mundo. Nunca participei das confraternizações no hotel. Dois anos de trabalho e nenhum laço. Cumprimento com um "olá" e sigo meu caminho. O único com quem mantenho diálogos mais longos é o segurança - e apenas porque já o conhecia antes.
Moro no próprio hotel, no alojamento dos funcionários. Foi assim que cheguei: deixando minha mãe no interior e enfrentando sozinha a vastidão do Rio de Janeiro. Desde então, não saí. E, para ser sincera, nunca me incomodou. O silêncio e a solidão sempre foram meus abrigos.
Mas agora... estou prestes a entrar no quarto de um homem que mal conheço. Um convite não verbal, um olhar que incendiou algo dentro de mim - algo que eu nem sabia que existia.
Talvez eu esteja perdendo a razão.
Ou, talvez... finalmente esteja despertando.
Bati uma vez.
A porta se abriu lentamente, revelando Eduardo - camisa social preta entreaberta, expressão de puro controle.
- Pontual. Boa garota - disse ele, puxando-me pela coleira assim que entrei.
Meu coração disparou quando ouvi o som da porta se trancando atrás de nós. Nenhuma outra palavra foi dita. Ele segurou firme a corrente e me fez ajoelhar diante dele.
- Mãos para trás.
Obedeci sem hesitar. O domínio dele me engoliu como uma onda. Com calma, ele desabotoou a calça, tirou o membro já rígido e o pressionou contra os meus lábios.
- Olha pra mim enquanto chupa, Lívia. Quero ver essa carinha de puta obediente.
Abri a boca e o recebi. A cabeça roliça repousou sobre minha língua, e senti o sabor quente, salgado, inebriante. Movi-me devagar, sugando com avidez, misturando carinho e lascívia. Ele gemeu baixo, segurando meus cabelos com força.
- Isso... engole meu pau como a cadelinha que você é.
Fazia com gosto. Chupava fundo, engasgava, deixava a saliva escorrer pelos cantos. Meu rosto molhado, minha intimidade escorrendo - só por estar ali, ajoelhada, com o prazer dele preenchendo minha garganta.
- Tá ficando boa nisso... vai acabar viciada no meu pau, né?
Gemia em resposta, a boca ocupada.
Ele me segurou firme e começou a me foder com estocadas curtas e intensas. Meu rosto encontrava o púbis dele a cada investida, os olhos lacrimejavam, mas eu adorava. Cada movimento. Cada puxão.
- Para. Levanta.
Levantei, limpando a saliva com o dorso da mão. Eduardo me virou de costas, levantou o vestido, expondo minha nudez.
- Essa boceta merece ser usada agora.
E eu estava pronta.
Ele me inclinou sobre a mesa de centro, empurrando minhas costas até meu peito tocar a madeira fria. Minha bunda empinada, o vestido erguido até a cintura. A corrente da coleira balançava entre os meus seios.
- Olha essa bunda arrebitada... - murmurou ele, passando a mão lentamente pelas minhas nádegas. - Tá implorando por uns tapas.
Mordi o lábio inferior. Permaneci em silêncio. Ele entendeu.
PAH!
O primeiro tapa veio forte, ressoando pelo quarto. Um gemido alto escapou dos meus lábios. Antes que pudesse me recuperar, o segundo estalou ainda mais intenso.
PAH!
- Conta os tapas, safada.
- D-dois...
PAH!
- Três!
PAH!
- Quatro, porra! - gritei, sentindo a pele arder e minha intimidade escorrer ainda mais. - Eduardo...
- Silêncio. Você só fala quando eu permitir.
Arfei, olhos marejados, corpo em chamas. A dor e o prazer se fundiam, numa vertigem viciante. Ele afastou minha bunda com as mãos, contemplando minha boceta molhada e brilhante.
- Olha isso... escorrendo só com uns tapas. Que cadelinha obediente - rosnou ele. - Vou te comer como merece.
Cuspiu no pau e, sem aviso, me penetrou de uma só vez. Gritei, os olhos revirando. Estava tão molhada que ele entrou inteiro, profundo, me preenchendo até a alma.
- Tua bocetinha é viciada no meu pau, né? - Ele estocava com força, segurando minha cintura. - Só serve pra isso aqui: ser fodida e marcada por mim.
- É tua! Minha boceta é tua, Eduardo! Fode ela, porra!
Ele agarrou meus cabelos, puxando com firmeza, forçando meu rosto a erguer-se. Com a outra mão, bateu novamente na minha bunda enquanto estocava sem piedade.
- Vai gozar pra mim? Vai gozar com meu pau fundo nessa boceta encharcada?
- Sim! Me faz gozar! Me arromba!
- Então goza! Agora!
E eu gozei. Com um grito arrastado, os músculos se contraíram, o corpo inteiro tremendo. Ele estocou mais duas vezes e gozou dentro de mim, gemendo rouco, derramando-se até o último fio.
Ficamos ali, imóveis, conectados, suados, ofegantes. Quando ele se afastou, o gozo escorreu pelas minhas coxas. Quente. Sujo. Exatamente como eu desejava.
Eduardo me virou com delicadeza, fazendo-me sentar no sofá. Sentou ao meu lado, segurou meu rosto e me beijou com calma - um gesto lento, quase... carinhoso.
- Eu gosto de como você se entrega, Lívia. De verdade.
- Eu nunca fui assim com ninguém.
- Não precisa ser com ninguém. Só comigo.
A coleira pesava em meu pescoço, mas agora carregava mais do que dominação. Era desejo contínuo. E uma pergunta pulsava...
Será que conseguiria sair disso sem perder a mim mesma?
Fiquei ali, sentada ao lado dele, corpo marcado, íntima ainda latejando, a coleira firme como lembrança de quem eu era ali: dele. Mas no silêncio que nos envolveu, não havia comando. Só respiração ofegante, corações acelerados e olhares longos demais.
Eduardo acendeu um cigarro. Tragou devagar, olhando pela varanda, perdido nos próprios pensamentos. A tensão ainda pairava, densa, elétrica. Mas havia algo mais - algo que me fazia esquecer até o prazer que ainda latejava em mim.
- Por que eu? - perguntei.
Ele virou o rosto lentamente, soltando a fumaça pela lateral da boca. Seu olhar me encontrou com uma serenidade desconcertante.
- Porque você me olha como se não tivesse medo de mim. E isso me fode mais do que qualquer boceta.
Meu corpo reagiu às palavras. O modo cru como ele falava - sem filtros, sem floreios - me atravessava. Eduardo não falava de amor. Ele dominava. Possuía. Por inteiro.
- E você gosta disso? De alguém que não teme seu lado mais escuro?
Ele se aproximou. Passou os dedos pela corrente da coleira e a puxou devagar, inclinando meu rosto. O toque era firme, mas seus olhos... havia algo diferente ali. Uma sombra de vulnerabilidade atrás do controle.
- Gosto porque sei que você sente medo... mas continua.
Engoli em seco. Meu corpo voltou a tremer - não só de desejo, mas por ele. Pela intensidade dele. Pela forma como me invadia sem precisar me tocar.
- E se eu quiser mais? - sussurrei.
- Mais?
- Mais do que ser só a camareira que você fode... mais do que a boceta onde você goza.
Silêncio.
Ele se inclinou. Tocou meus lábios com os dele e murmurou com um sorriso torto:
- Então se prepare pra perder tudo. Porque comigo, quando você quer mais... você se entrega inteira. E quando se entrega... não tem volta.
Fechei os olhos. O coração disparava. E quando ele me beijou de verdade - sem pressa, sem brutalidade, mas com domínio - eu soube.
Estava perdida. E, de algum modo, gostava disso.
Eduardo não era apenas um homem.
Era o vício do qual eu jamais sairia ilesa.