- Achei que já tínhamos terminado - respondi, puxando o lençol para cobrir os seios, mesmo sabendo que era inútil.
- Quando se trata de você... nunca termina. - Ele se ergueu, apoiando-se na cabeceira. - Vem cá. Quero você de novo.
- Eduardo... - tentei protestar, mas minha voz saiu fraca, já tomada pelo desejo. Ele abriu os braços com a segurança de quem sabe que será obedecido.
E eu fui.
Aproximei-me de joelhos pela cama, e ele me puxou pela cintura, encaixando meu corpo ao dele. Seu membro, já desperto, roçava entre minhas coxas quentes e úmidas.
- Você é viciada nisso, não é? - ele murmurou, provocando minha entrada com a ponta do membro. - Sua boceta sente falta de mim antes mesmo que eu a deixe.
- Cala a boca e me toma - gemi, cravando os dentes em seu ombro.
Ele me segurou com firmeza e me penetrou de uma só vez, profundo. Joguei a cabeça para trás, arfando ao sentir cada centímetro preencher meu interior.
- Isso... cavalga em mim como uma mulher feita para o pecado - ele sussurrava, puxando meus cabelos enquanto eu me movia sobre ele, insaciável. - Me faz perder o juízo nesse corpo que me enlouquece.
Cada investida dele fazia meu corpo vibrar. Suas mãos firmes em minha cintura guiavam o ritmo, afundando ainda mais dentro de mim.
- Me diz de quem é esse corpo, Lívia.
- É seu! Inteiramente seu!
- Isso... só meu. - Ele se inclinou e abocanhou meu seio, sugando com força. - E eu vou usá-lo até que você não consiga mais se mover.
Gozei ali mesmo, gritando, enquanto espasmos percorriam cada fibra do meu corpo. Ele veio junto, rosnando meu nome enquanto se derramava em mim novamente.
Caímos juntos sobre os lençóis revirados, ofegantes, colados um ao outro. Os olhos dele, escuros e intensos, encontraram os meus.
- Isso foi só o começo, camareira.
Meu corpo ainda tremia quando ele, incansável, deslizou as mãos pelas minhas costas até apertar meus quadris de novo.
- Eu avisei que era só o início - murmurou ao meu ouvido, com a voz baixa e rouca, fazendo minha espinha se arrepiar inteira.
Num movimento ágil, virou-me de costas e me prendeu sob seu corpo quente. Suas pernas afastaram as minhas, e seu membro já latejava contra minha entrada, ainda sensível.
- Eduardo... - tentei dizer algo, mas ele selou meus lábios com um beijo profundo, que me calou e incendiou.
Seus beijos exigiam rendição. Seus toques não pediam permissão.
- Olha só como você está pronta pra mim de novo... - murmurou, provocando minha intimidade com o membro. - Essa sua boceta me quer mais do que você mesma admite.
- Eu quero - sussurrei, arfando. - Quero tudo de você.
Ele riu baixo, como se já soubesse.
- Então aguenta.
E se afundou em mim de uma só vez. Um estalo seco ressoou no quarto quando nossos corpos se chocaram, e eu gritei, tomada pelo prazer.
Ele me dominava por completo, os movimentos duros, profundos, possessivos.
- Isso... recebe tudo. Essa boceta foi feita pra mim.
- Eduardo... mais forte... me fode mais forte!
- Vai gozar de novo?
- Vou...! Goza comigo!
Ele prendeu meus pulsos sobre a cabeça, me deixando vulnerável, exposta. Cada estocada arrancava gemidos descontrolados, enquanto meu corpo se arqueava contra o dele, faminto.
- Grava isso na sua pele - ele sussurrou, lambendo meu pescoço, mordendo minha orelha. - Quando eu te quiser, você vai se abrir pra mim. Sempre.
- Sempre... - gemi, submissa ao nosso desejo.
O segundo orgasmo me rasgou por dentro com mais força que o primeiro. Eu me contorcia, gritando sem pudor, enquanto ele gemia e se derramava de novo, profundo, dentro de mim.
Permanecemos assim, ofegantes, conectados. Ele me encarava com uma intensidade que fazia minha alma tremer.
- Você é um vício, Lívia. Um vício que vou alimentar todos os dias.
Sorri, ainda ofegante, os músculos moles, os lençóis revirados e úmidos.
- Então alimenta, Eduardo. Me fode até eu esquecer quem sou.
Ele me beijou com a mesma entrega com que me possuía, e naquele instante eu soube: estava perdida.
Depois do terceiro gozo, mal conseguia me mover. Estava estendida de bruços, nua, o corpo marcado por seus dedos. Meu quadril latejava com uma dor deliciosa. As pernas, trêmulas.
Eduardo estava diante do espelho, vestindo apenas a calça social, o peito nu, o olhar sombrio fixo em mim.
- Você gosta de ser minha, não gosta? - perguntou com a voz baixa, arrastada.
- Gosto quando é você que me toma - murmurei, virando o rosto sobre o travesseiro, sorrindo com provocação.
Ele se aproximou devagar, puxou meu cabelo, fazendo meu pescoço se expor. Seus lábios deslizaram pela minha pele.
- Isso é só o começo, camareira. E não pense em fugir. Agora que provei de você, não vou me contentar com outra.
- E quem disse que eu quero fugir?
- Hm... - soltou uma risada contida. - Você ainda não faz ideia do que despertou, Lívia.
Virei de costas, nua e exposta, sem vergonha alguma. Cruzei lentamente as pernas, deixando meu olhar falar mais do que qualquer palavra.
- Eu sei exatamente o que quero, Eduardo. A questão é: você aguenta me ter por perto?
Ele arqueou uma sobrancelha e se inclinou sobre mim, deslizando o dedo entre minhas pernas, que se abriram sem resistência.
- Essa sua boceta não teme nada, né? Sempre pronta.
- Porque ela sabe quem manda nela.
- E quem manda?
- Você... por enquanto.
Ele riu, mas havia algo a mais por trás daquele sorriso. Um toque sombrio. Controle.
- Você ainda vai implorar, Lívia. Por prazer, por castigo... por tudo.
Antes que eu respondesse, ele se afastou e pegou uma pequena caixa preta na mesa de canto. Voltou para a cama e colocou-a em minhas mãos.
- Isso é pra você - disse. - Abra quando estiver sozinha.
- O que é?
- Um presente. E uma ordem.
Meu coração disparou. Abri a boca para perguntar mais, mas ele já se afastava em direção ao banheiro. A porta se fechou.