Vivendo para Lembrar
img img Vivendo para Lembrar img Capítulo 5 Psicológico
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Capítulo 6 Expulsa do Hospital img
Capítulo 7 Família Carter img
Capítulo 8 Jantar img
Capítulo 9 O Vizinho img
Capítulo 10 Braço Quase Bom img
Capítulo 11 Costurando img
Capítulo 12 Habilidades Técnicas img
Capítulo 13 Encantada img
Capítulo 14 Coque Prometido img
Capítulo 15 Projeto Violão img
Capítulo 16 Comida Italiana img
Capítulo 17 Manequim img
Capítulo 18 Aprendizado img
Capítulo 19 Comportamentos Reveladores img
Capítulo 20 Diagnose img
Capítulo 21 Criatividade img
Capítulo 22 Maletas img
Capítulo 23 Estilo Náutico img
Capítulo 24 Bebedeira img
Capítulo 25 Garota Bêbada img
Capítulo 26 Ressaca - Parte 1 img
Capítulo 27 Ressaca - Parte 2 img
Capítulo 28 Quarto dos Sonhos img
Capítulo 29 Inconsciente img
Capítulo 30 Trato para Reformar img
Capítulo 31 Aniversário dos Gêmeos img
Capítulo 32 Início da Empreitada img
Capítulo 33 Mais Ajudantes img
Capítulo 34 Catástrofe na Sala img
Capítulo 35 Discórdia img
Capítulo 36 A Flor da Pele img
Capítulo 37 Confusão na Fisioterapia img
Capítulo 38 Remorso img
Capítulo 39 Tempo de Cada Pessoa img
Capítulo 40 Implorando img
Capítulo 41 Descrição img
Capítulo 42 Noite do Hambúrguer img
Capítulo 43 Falta de Sono img
Capítulo 44 Atração Mútua img
Capítulo 45 Leveza Pós-Sexo img
Capítulo 46 Tensão na Rua img
Capítulo 47 Sala Finalizada img
Capítulo 48 Clima de Romance img
Capítulo 49 Surpresa do Alex img
Capítulo 50 Momento de Casal img
Capítulo 51 Reciprocidade img
Capítulo 52 Expectativas img
Capítulo 53 Notícias Boas e Ruins img
Capítulo 54 Parque de Diversão img
Capítulo 55 Minha Pistoleira img
Capítulo 56 Novas Sensações img
Capítulo 57 Despercebidos img
Capítulo 58 Após o Flagrante img
Capítulo 59 Turbilhão de Emoções img
Capítulo 60 Plano Agente Dupla img
Capítulo 61 Proposta img
Capítulo 62 Arriscando img
Capítulo 63 Novo Membro img
Capítulo 64 Hipnose Reveladora img
Capítulo 65 Fotografias img
Capítulo 66 Na Floresta img
Capítulo 67 Generale img
Capítulo 68 Revendo Ellie img
Capítulo 69 Fuga para San Francisco img
Capítulo 70 Descobertas img
Capítulo 71 O Trauma img
Capítulo 72 Desmaiada img
Capítulo 73 Em Redding img
Capítulo 74 Fatos Sobre a Ellie img
Capítulo 75 Leitura do Testamento img
Capítulo 76 Indo Acertar as Contas img
Capítulo 77 Cara a Cara img
Capítulo 78 Reencontrando Jeanine img
Capítulo 79 Muitas Novidades img
Capítulo 80 Chegada Tripla img
Capítulo 81 Integração Familiar img
Capítulo 82 Inversão img
Capítulo 83 Hospital Saint Luke - Parte 1 img
Capítulo 84 Hospital Saint Luke - Parte 2 img
Capítulo 85 Café da Manhã Especial img
Capítulo 86 Exposição de Madeira - Parte 1 img
Capítulo 87 Exposição de Madeira - Parte 2 img
Capítulo 88 Sexo do Bebê - Parte 1 img
Capítulo 89 Sexo do Bebê - Parte 2 img
Capítulo 90 Véspera a Noite img
Capítulo 91 O Grande Dia - Parte 1 img
Capítulo 92 O Grande Dia - Parte 2 img
Capítulo 93 Epílogo - Parte 1 img
Capítulo 94 Epílogo - Parte 2 img
Capítulo 95 Cam Girl img
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Capítulo 5 Psicológico

A Dra. Albany rapidamente chega na porta do quarto onde estou e ao ver que estou olhando para ela, entra direto.

- Oiê, tudo bem? - Ela pergunta dando os últimos passos até ficar na beira da cama.

- Fisicamente tô indo, mas eu acho que me lembrei de algo enquanto estava desmaiada. Estou confusa, não sei se trata de uma lembrança ou um sonho. - Falo em resposta.

- Certo, preciso que me conte o aconteceu. - Ela fala.

- Eu estava em uma floresta, correndo em as árvores e assustada e como se procurasse alguém. Depois escutei um homem gritando: ELLIE, ELLIE! CADÊ VOCÊ? ELLIE SE TIVER ME ESCUTANDO, GRITA DE VOLTA! - Conto o que me lembrei ou sonhei.

- Okay, tenta puxar a visão novamente e procure por detalhes, se você consegue perceber se esse grito vem de próximo de você, se você escuta passos ou qualquer outra coisa. - Ela me orienta.

Começo a pensar novamente na floresta, agora procurando detalhes que passaram despercebidos por mim nas primeiras vezes que pensei. Tento prestar atenção em barulhos, mas o que me chama atenção é que eu estou com um tênis pequeno preto e rosa. O tamanho do meu pé é incompatível com o tênis usado, não consigo entender por quê. Não escuto nada além do normal, os sons dos passos são somente os meus, até que vejo as minhas mãos, também pequenas. Pés e mãos pequenas, será que é uma lembrança de quando criança? Me intrigo porque não olho para trás, as vezes apenas para os lados, que não tem ninguém, apenas árvores.

- Acho que é de quando eu era criança. - Falo o que vi. - Eu vi os pés e mãos de criança.

- Certo, mas você não viu outra pessoa ou ouviu outra voz sem ser do homem que grita? - Ela perguntou.

- Não, nada que indique outra pessoa, além disso, percebi que não olho para trás em momento nenhum. - Comento o que reparei. - Pode ser que eu esteja fugindo dessa pessoa que estou lembrando.

- Maior probabilidade que não. Os bloqueios mentais tendem a despertar primeiramente lembranças boas ou que não carregam nenhum tipo de trauma. - Ela explica. - É como se fosse um teste de segurança para ver se você aguenta ter suas memórias todas de volta.

- Isso significa que vou recuperar minha memória? - Pergunto emocionada.

- Não sei exatamente se total, mas esse é o primeiro sinal positivo de que você pode recuperar parte dela ao menos. - Ela me responde. - Significa que os estímulos que eu mandei você trabalhar está dando certo.

- Melhor do que nada. - Falo otimista.

- É um bom início. - Ela fala. - Mas, você acha que a Ellie é você?

- Não sei ao certo, eu não respondo nada para o homem, é meio estranho isso. - Falo o que acontece.

- Depois que você ouve os gritos, a lembrança se prolonga por muito tempo? - Ela pergunta.

- Alguns segundos apenas. - Respondo.

- Possa ser que você responda, só que como a lembrança está incompleta, você ainda não tem acesso a sua resposta. - Ela fala. - Agora, peço que não só foque no estímulo em florestas e coisas do tipo, tente ver coisas novas, para ter acesso a diferentes memórias da sua vida.

- Tá certo. - Falo assentindo ao conselho dela.

- Eu sei que você quer descobrir quem fez isso com você, mas como disse, esse tipo de lembrança não vai vir em um primeiro momento, o que você viveu foi tão forte que, por pura proteção das suas lembranças, seu cérebro se desconectou do local onde está a sua memória. - Ela explica o que acontece.

- Priscila, está por aqui? - Escuto a voz da Dra. Carter.

- Fui chamada pela paciente. - Ela responde.

- Você estava em cirurgia e eu acordei do desmaio com uma lembrança na cabeça, precisava de alguém para conversar, por isso que pedi as enfermeiras chamassem a doutora Albany. - Explico o porquê da psicóloga está juntamente comigo.

- Fez o certo. Antes de perguntar sobre o que você lembrou, eu preciso saber o que você sentiu quando estava na ressonância, o que te levou a apertar o botão de emergência? - Ela pergunta.

- Eu comecei a sentir tontura e dor de cabeça, a intensidade foi aumentando a cada segundo, tanto que eu parei de ver nitidamente e depois não lembro de mais nada. - Respondo contando o que aconteceu.

- Quando entramos na sala e te puxamos do aparelho, você já estava desmaiada. - Ela conta. - Quando isso acontece, trazemos o paciente para o CTI, mas as enfermeiras disseram que você já está acordada faz um tempo e não teve nenhum sinal de que vai desmaiar novamente, então já autorizei a sua volta para o quarto.

- Que bom, preciso de mais estímulos. - Falo animada em ter uma TV perto novamente.

- Conseguiu fechar algum diagnóstico Melanie? - Dra. Albany pergunta.

- Sim, primeiramente, ela está recuperando bem da intervenção cirúrgica que eu fiz quando ela chegou aqui, não tem mais nenhum vaso sanguíneo que pode gerar acúmulo de sangue no seu cérebro. - Ela conta. - Mas não existe nenhuma alteração neurológica no seu cérebro. A sua amnésia é psicológica.

- Suspeitava, como ela teve uma lembrança após fazer os exercícios de estímulo que eu passei, achei que era psicológica mesmo - Dra. Albany fala. - Seguiremos em tratamento, conforme já está te orientando.

- Eu também não posso deixar de te acompanhar, como disse, você teve um traumatismo craniano, ele foi bem grave, terá que me aguentar mais um pouco. - A Dra. Carter fala e eu dou uma risada fraca, ela fala como se fosse um estorvo. - Agora quero saber o que você lembrou?

- Nada demais, foi algo de quando era criança, possivelmente perdida em uma floresta. - Falo resumindo a história.

- Ela pode ter lembrado do possivelmente nome dela, Ellie. - Dra. Albany conta.

- Pode ser que não seja. - Falo cautelosa.

- Vou informar aos policiais, verem se eles encontram alguma Ellie desaparecida ou até mesmo alguém com nome que dê para formar o apelido Ellie. - Dra. Carter fala.

- Boa ideia, Melanie. - Dra. Albany fala.

- Agora te pergunto, quer ser chamada de Ellie? - Dra. Carter pergunta.

- Pode ser, eu vejo o esforço que todo mundo faz para tentar se comunicar comigo sem poder falar um nome. - Falo em resposta e elas riem. - Acho que temos nome por isso.

- A comunicação não fica tão pessoal. - Dra. Albany fala e escuto batidas no vidro da porta.

- Com licença. - Um homem de roupa azul fala. - Vamos iniciar o processo de transferência dela para o quarto.

- Ah claro. Te encontramos no quarto - Dra. Carter fala. - Até mais.

- Até mais. - Falo e as doutoras saem do pequeno quarto a fim de dar espaço para a equipe de enfermeiros que vão me transferir pro quarto.

- Consegue se transferir de cama sozinha? - Um dos enfermeiros pergunta.

- Preciso de um apoio, perna e braço esquerdo imobilizado. - Falo, sem condições de fazer esforço sozinha.

- Tudo bem, vou pedir para uma das meninas do CTI te ajudar. - O enfermeiro fala e faz um sinal para a enfermeira Victoria, que vem prontamente até o ambiente em que eu estou saindo.

                         

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