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Cameron e Nate estavam encurralados entre duas trilhas. Três mascarados vinham em suas direções.
- "Sem saída," disse Nate.
- "Tem sempre uma saída," respondeu Cameron.
E então, ele fez algo insano: levantou a pistola e começou a atirar.
Um dos caçadores caiu. Os outros dois se abaixaram.
- "CORRE!" gritou Cameron.
Eles dispararam mata adentro. Nate caiu e ralou o braço, mas levantou com a adrenalina. As árvores pareciam todas iguais. Não havia norte. Não havia sul. Só havia o agora.
Na usina, Devon e Isaiah escutaram tiros ao longe.
- "Isso veio da floresta..."
- "Tem gente lá?"
- "Tem jovens que acham que dá pra se esconder entre árvores."
Isaiah olhou pra Devon.
- "Acha que a gente devia ir?"
Devon hesitou.
- "Ir em direção aos tiros?"
- "Melhor do que esperar os tiros virem até aqui."
Eles decidiram sair.
A noite estava só começando.
Liza corria com as pernas arranhadas, os braços tremendo e os pulmões queimando. O mascarado continuava atrás dela, rindo - um som abafado, animalesco, que não parecia humano.
Ela viu uma fenda entre as pedras, uma espécie de buraco escondido coberto por galhos. Mergulhou ali, segurando a respiração.
O homem passou reto.
Ela ficou imóvel por vários minutos, até que percebeu: o corte que tinha feito nele era mais grave do que pensava. O sangue dele pingava, formando um rastro na floresta.
Mas não havia tempo pra pensar. Ela precisava encontrar Cameron e Nate. E rápido.