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Na floresta, a van dos mascarados parou a uns 500 metros do acampamento.
Dentro dela, um dos caçadores limpava uma lâmina como quem lustrava um troféu. Eles não falavam nomes. Eram chamados apenas por números.
Nove, o líder, saiu primeiro. Alto, com uma máscara dourada e um facão amarrado nas costas.
- "Eles estão ali," disse, olhando por binóculos.
- "Três adolescentes," respondeu Quatro, uma mulher de cabelo raspado e olhos gelados. "Um deles tem uma arma. Os outros parecem... carne fresca."
Eles se dividiram em dois grupos.
Cercar. Caçar. Abater.
Liza ouviu um estalo nos galhos e se virou a tempo de ver uma sombra se movendo.
- "Tem alguém aí," sussurrou.
Nate apagou a lanterna e todos ficaram em silêncio.
O som dos galhos aumentava. Como se vários passos leves pisassem ao redor.
- "É uma armadilha," murmurou Cameron.
- "A gente precisa sair daqui."
Foi quando uma pedra foi arremessada na direção deles - como um sinal.
E a floresta virou um campo de caça.
Tiros começaram a ecoar. Gritos.
Liza correu em direção oposta aos outros. Alguém a perseguiu - pesado, respirando como um animal. Ela se escondeu atrás de uma árvore, mas quando olhou de novo, ele estava ali.
Máscara branca. Olhos pretos. Um machado na mão.
Ela agarrou a faca com as duas mãos.
Ele avançou.
Liza desviou no último segundo, riscando a lateral do braço dele.
Ele gritou, mas não recuou.
Ela correu. Sangue no rosto. Respiração rasgando o peito.