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Nate olhou na direção, pálido.
- "Isso foi perto... demais."
Cameron engatilhava a pistola.
Liza segurava uma faca de cozinha com tanta força que os dedos ficaram brancos.
- "Talvez... talvez não seja tão ruim esse ano," - tentou dizer Liza.
Um estouro de tiro calou sua esperança.
Ao mesmo tempo, Devon chegou à usina. O lugar fedia a ferrugem e mofo, mas era seguro. Pelo menos, era o que ele achava - até ouvir o som de passos vindo dos andares superiores.
Ele congelou.
Segurou o taco com firmeza.
Os passos pararam.
E então, uma voz baixa:
- "Eu sei que você tá aí embaixo... não se mexe."
Devon correu.
Enquanto isso, uma van preta serpenteava pela estrada perto da floresta. Dentro, seis mascarados riam, armados até os dentes.
- "Hora de caçar," - disse um deles, encostando a cabeça contra a janela e sorrindo. - "Dizem que jovens são os mais fáceis de pegar... e os mais divertidos."
Devon atravessou as salas escuras da usina com o coração disparado. O som de passos acima dele era constante - firme, paciente, quase como se a pessoa não tivesse pressa. E isso era o mais assustador.
Ele se escondeu atrás de uma caixa de transformadores, com a respiração curta, suando frio.
Foi então que um celular começou a vibrar em seu bolso.
Merda.
Ele tirou o aparelho o mais rápido que conseguiu e desligou a tela. Era uma notificação boba, um lembrete para alimentar o cachorro dos vizinhos. O cachorro que nunca voltaria da caminhada do fim da tarde.
Devon sabia que não podia ficar ali. Subiu uma escada lateral com o taco pronto. Mas ao chegar no segundo andar, encontrou algo que não esperava: um outro jovem.
- "Você... não é um mascarado," - disse Devon, confuso.
O garoto, uns dois anos mais velho, de pele escura e expressão tensa, levantou as mãos.
- "E você não parece um psicopata."
- "Só se for por dentro."
- "Ótimo. Somos dois."
O nome dele era Isaiah, e ele também estava se escondendo - fugindo da própria família, que tinha se entregado à Purgação nos últimos anos.
- "Eu não sou como eles," disse. "E não vou morrer por eles."
Os dois decidiram unir forças. Melhor estar com alguém do que sozinho numa noite assim.