Você é minha, Ômega
img img Você é minha, Ômega img Capítulo 5 A briga
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Capítulo 7 Rejeito você como minha companheira img
Capítulo 8 Então permita que eu fique com ela img
Capítulo 9 Onde está minha loba img
Capítulo 10 Então como conseguiu suportar isso, Allison img
Capítulo 11 Bem-vinda de volta, querida img
Capítulo 12 Eu te odeio, Ethan Iversen img
Capítulo 13 Já pensou sobre a proposta que te fiz img
Capítulo 14 Jamais me compare a ele novamente img
Capítulo 15 Basta agir como se ele não existisse img
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Capítulo 5 A briga

Já havia se passado uma semana desde que passei a manter distância de Ethan.

Naquele dia específico, não dei qualquer resposta ao irmão dele, Ryan. Segundo ele, eu estava apaixonada por Ethan.

Inicialmente, fiquei surpresa com sua observação, mas logo compreendi que era possível perceber nos meus olhos a maneira como eu olhava para Ethan.

Desde então, Ryan não tentou mais me importunar.

Desde que começou a frequentar a nossa faculdade, ele rapidamente se tornou o centro das atenções na universidade.

Como Teresa havia mencionado anteriormente, ele não mantinha relacionamentos sérios, pois estava sempre com garotas diferentes.

Ethan também parecia agir de forma estranha sempre que estava perto de mim. Porém, eu não sabia explicar o motivo.

E como havia decidido me afastar dele, não deveria sequer alimentar tais pensamentos.

"A minha melhor amiga fará aniversário amanhã. Estou tão empolgada."

Ouvi Teresa comentar animada, referindo-se ao meu aniversário.

Eu completaria dezoito anos. Por alguma razão, sentia um misto de nervosismo e ansiedade. Era a fase em que lobisomens costumavam encontrar seus companheiros destinados. Mas caso alguém me marcasse antes disso, eu automaticamente me tornaria companheira dessa pessoa. Contudo, até o momento, eu não havia sido marcada, o que significava que meu companheiro ainda estava por surgir.

"No que está pensando?", indagou Teresa, dando um leve tapinha no meu ombro.

Meneando a cabeça, respondi: "Em nada."

"Continua pensando em Ethan, não é?"

Ao ouvir seu questionamento, suspirei profundamente. Não queria admitir, mas a verdade era que, sim, ele ainda rondava meus pensamentos.

O relacionamento dele com Julie permanecia indefinido, sem uma declaração pública. No entanto, eu também sabia que não era o tipo que o atraía. Diante desse entendimento, já que ele não nutria interesse por mim, não faria sentido insistir nisso.

Com meu aniversário se aproximando, chegava o momento de focar apenas no companheiro que me estava destinado.

"Estou apenas preocupada com quem será meu companheiro", expliquei a Teresa.

"Relaxa. Ele certamente será alguém que trará felicidade à sua vida. Você sabe que um companheiro de alma é capaz de transformar sua vida."

Assenti em silêncio. No entanto, o que me inquietava era outra coisa.

Sempre tinha a sensação de que Ethan era o meu companheiro destinado. Era algo que carregava há muito tempo, uma conexão quase inexplicável. Eu sabia que ele não poderia sentir o mesmo, pois, caso contrário, teria certamente tomado alguma iniciativa para conversar comigo a respeito.

Após conversar com Teresa, retornamos às aulas.

No fim do dia, as aulas terminaram. Ao atravessar o corredor perto de algumas salas, ouvi um rosnado. Minhas pernas travaram. Virei-me na direção do som e me aproximei da porta.

O corredor estava deserto. Olhei em volta e percebi que estava sozinha.

Subitamente, ouvi o som abafado de um impacto. Sem pensar duas vezes, empurrei a porta e me deparei com dois garotos se agarrando pelas golas das camisas.

Fiquei estarrecida ao reconhecer os rostos deles.

"Ethan!", exclamei, correndo até ele.

Contudo, antes que conseguisse alcançá-lo, Ryan já havia desferido um soco em seu rosto.

Ethan cambaleou até encostar nas costas na parede. Sangue escorria pelo canto de sua boca.

Segurei o rosto dele entre as mãos e perguntei: "V-você está bem? O que está acontecendo aqui?"

Eu mesma fiquei surpresa com minha própria intervenção.

Ethan franziu a testa ao me ver. Mas ainda assim, afastou delicadamente minhas mãos.

Ele passou o polegar pelo canto da boca, limpando o sangue.

Voltei meu olhar para Ryan, que me observava intensamente.

"O que aconteceu? Por que está batendo nele?", questionei.

Ele me encarou por alguns segundos, e seus olhos escureceram de uma forma que me causou um calafrio.

Até esse momento, Ryan sempre agira com um tom provocador e quase infantil comigo. Nunca o havia visto com tamanha fúria.

Foi então que me lembrei de que, quando criança, ele costumava se irritar facilmente com os outros.

Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, Ethan avançou novamente e desferiu um soco contra Ryan.

Ao vê-los começarem a brigar novamente, fiquei totalmente chocada. Eles pareciam dois animais selvagens, lutando com ferocidade.

"Vocês podem parar com isso?", implorei, tentando conter Ethan e separar os dois.

Eu estava completamente perdida, sem saber como agir.

Será que deveria procurar ajuda?

Um deles havia ferido o lábio, enquanto o outro apresentava um corte na bochecha.

O que eu poderia fazer?

Mais uma vez, tentei separá-los, mas acabei sendo empurrada no meio da confusão.

"Ah!"

Fui lançada contra a parede, batendo com a cabeça. Instintivamente, levei a mão até a testa.

Por não terem previsto que eu pudesse acabar machucada, Ethan e Ryan imediatamente interromperam a briga e voltaram seus olhares para mim. Ambos pareciam surpresos e visivelmente preocupados.

"Droga! O que deu em você?", exclamou Ethan, correndo em minha direção.

Ryan permaneceu parado, observando-me em silêncio.

De repente, comecei a me sentir zonza.

"N-não briguem mais...", murmurei, antes de ser tomada por uma sensação de escuridão que rapidamente apagou tudo ao meu redor.

Quando despertei, meu olhar encontrou um teto branco. Tentei me erguer, mas senti uma mão pressionando suavemente meu ombro, impedindo-me.

"Não se levante. Você precisa repousar." Era a voz de Teresa.

Virei lentamente o rosto para direita e a encontrei sentada em uma cadeira próxima à cama.

Levei a mão à testa e percebi que havia um curativo no lado esquerdo.

"O que aconteceu?", indaguei, ainda tentando processar os acontecimentos.

As lembranças da briga voltaram com força, assim como o momento em que acabei me ferindo.

"Eu te liguei, mas quem atendeu foi Ethan, me pedindo para vir direto à enfermaria."

"Ethan? Ele está bem?"

"Parece que sim. Apenas sofreu um corte no lábio, nada grave."

"Onde ele está?"

"Ele saiu logo depois que cheguei."

Assenti levemente e fechei os olhos por alguns instantes.

Teresa ficou ao meu lado, aguardando pacientemente.

Após uma hora inteira, a enfermeira confirmou que eu estava liberada para ir para casa. Mas antes de partir, tomei um analgésico.

Teresa, então, me levou para casa e me aconselhou a cuidar bem de si mesma.

Assim que entrei, minha mãe imediatamente notou o curativo em minha testa e exclamou, preocupada: "O que aconteceu? Você está ferida!"

"Eu apenas me senti fraca e acabei escorregando, mãe."

"Você precisa se alimentar melhor. Será que deveríamos ir ao médico da matilha para garantir que está tudo bem?", indagou ela com preocupação.

"Não é necessário, mãe. Estou realmente bem. Apenas preciso descansar um pouco."

Ela passou a mão carinhosamente sobre minha cabeça e assentiu.

Segui em direção ao meu quarto e me acomodei na cama, refletindo sobre a briga do dia.

O que poderia ter motivado a discussão entre eles?

Quando anoiteceu e chegou a hora do jantar, minha mãe apareceu no quarto com uma sacola nas mãos.

"Coloque isso e desça, querida."

Dentro da sacola havia um belíssimo vestido marrom. Assim que o peguei, abri um sorriso.

"Mãe, não precisava se preocupar com isso."

Ela depositou um beijo em minha testa e comentou: "Seu pai preparou uma festa para hoje à noite. Teresa já está te aguardando lá embaixo."

Essa notícia não me surpreendeu. Todo ano meu pai fazia questão de convidar minha melhor amiga e organizava uma pequena celebração para nós quatro na noite do meu aniversário. Era algo que sempre me deixava contente.

"Tudo bem, mãe", respondi, exibindo um sorriso radiante.

No entanto, meu sorriso se desfez imediatamente ao escutar a frase seguinte de minha mãe: "Além disso, será uma honra contar com a presença do Alfa Neil e de sua família esta noite para celebrar seu aniversário conosco."

            
            

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