Capítulo 4 Quem é ele, mãe

Lyon, França.

Seis anos depois...

Ponto de vista do Doutor Alex.

Contemplei meus dentes cerrados no espelho enquanto escorregava na carne molhada da mulher sobre a cama. Olhei para o meu pau, saindo e entrando de sua carne rosada. Fechei meus olhos, recordando-me de Liz. Ela era tão quentinha e apertada. O grito de Marcelly obrigou-me a abrir os meus olhos. Eu sabia que o que fazíamos era errado e totalmente imoral.

"Ela não é minha irmã" repeti para mim em pensamentos. "Ela foi adotada pelos meus pais. Mas ainda assim, Marcelly é minha prima". Porra! O meu subconsciente teimava em me julgar.

- Fode com mais força, Alex. - O sensual sotaque francês pediu. - Seu pau é tão grande e gostoso.

Sim, começamos a transar alguns dias depois que Liz deixou a carta de demissão e foi embora para Londres.

Queria ir atrás da Elizabeth, mas decidi deixar Liz concluir seus estudos em medicina, já que ela seria um grande motivo de orgulho para a família Welsch desde o escândalo envolvendo Mellanie e Giovanne.

- Quer que eu sente no seu pau, mon coeur? - O sotaque francês de Marcelly me instigou.

Saindo de dentro dela, me joguei na cama. Ela ficou de costas e sentou lentamente, dando-me uma visão perfeita da penetração enquanto ela rebolava. "Como isso pode ser errado e gostoso ao mesmo tempo?" Lambi meus lábios, indagando-me.

Os cabelos platinados de Marcelly caíam sobre as costas enquanto ela sentava. Liz ia e vinha de meus pensamentos, fazendo-me esquecer do meu pecado carnal. Ergui meu quadril, encaixando mais fundo na buceta molhada.

- Ah! - Urrei, sentindo a sua temperatura.

A primeira vez que transei com Marcelly foi no carro. Eu estava bêbado numa boate após algumas semanas que Liz foi embora. Os meus pais pediram para Marcelly me buscar. Ela parou o veículo num local sem muito movimento, foi para o banco traseiro, onde puxou a saia e abriu as pernas para mim.

Desde então, trepar com Marcelly foi a melhor maneira de esquecer a falta que eu sentia de Elizabeth. Sem sair de dentro dela, eu elevei o meu tronco e coloquei-a de quatro sobre a cama.

- Vou te foder com força, putain! - Grunhi, enfiando profundamente.

Minhas mãos apalparam os seus seios firmes. Minha pélvis batia contra o seu traseiro com mais força. Marcelly era gostosa, mas sexo era a única coisa que havia entre nós dois. Para a família, nós estávamos apenas dividindo um apartamento; contudo, tivemos muitas noites intensas de um tórrido sexo.

- Oui, mon amour! - Ela empurrou o quadril, batendo contra minha pélvis, aumentando o calor que queimava o meu corpo.

E então, eu explodi, urrando com o orgasmo. Comprimi os meus lábios para não gritar o nome da mulher que tomava conta dos meus pensamentos.

Minutos após relaxar, eu me livrei do plástico e tomei um banho. Não precisava me preocupar com a Marcelly. Era sexo sem compromisso e ela aceitava bem isso.

Logo depois do café da manhã, ela saiu e eu fui direto para o hospital Saint-Mary, onde meu pai fez sua residência antes de voltar para o Rio de Janeiro.

Muitos médicos conheciam o renomado neurocirurgião Alexander Bittencourt. Eu estava ali há alguns anos e tive a oportunidade de conhecer a doutora Isabella Dufour, uma velha amiga de meu pai. Ela sempre dizia que eu lembrava demais o meu pai. Às vezes, eu sentia como se a doutora Isabella me comesse com os olhos.

Naquele dia, eu receberia alguns médicos residentes que participaram de uma palestra. Muitos estavam à minha espera, mas o meu coração afundou no peito ao vê-la. No momento em que nossos olhos se encontraram, Elizabeth ergueu o queixo, seu olhar frio me encarou por alguns segundos antes de interromper o contato visual e sair do auditório sem me dirigir uma palavra.

- Tomem seus assentos, eu já volto. - Falei com os outros residentes.

Corri o mais rápido que podia até entrar na frente de Liz em um corredor próximo.

- Olá, Dr.ᵃ Welsch! - falei, esbaforido. - Não vai assistir à palestra.

- Oi, Dr. Alex, entrei na sala errada. - Liz respondeu em um tom indiferente.

Reparei no anel com diamante que ela usava no dedo direito. Naquele minuto, eu só queria saber quem era o sortudo que havia colocado um anel em seu dedo, mas me controlei.

- Desculpe, tenho que encontrar meu noivo... - disse ela, exibindo o anel de compromisso.

- Foi bom te ver - repliquei, sentindo a palma da minha mão transpirar.

Um sorriso surgiu na comissura de seus lábios e logo depois, a Liz me deu as costas e se foi. Curioso, eu a segui.

Ela caminhava de cabeça erguida pelos corredores, cumprimentando os outros médicos num francês fluente. Ao chegar no saguão principal, eu me escondi atrás da pilastra, o garotinho desceu do colo de Gabriel Welsch e correu direto para Liz.

"Deve ser o irmão mais novo dela", cogitei em meus pensamentos.

- Mamãe, - o menino empolgado pulou no colo de Elizabeth. - O vovô vai me levar na Disney.

"A Liz teve um filho!" Ergui uma sobrancelha ao constatar.

- Feliz aniversário, meu anjo! - Com uma voz suave, Elizabeth parabenizou o garotinho.

- Agora, eu tenho isso! - O menino esperto mostrou os cinco dedos.

Então, a Liz engravidou de outro assim que chegou a Londres ou talvez o garoto fosse o meu filho.

"Porra, ela não tomou a pílula do dia seguinte". Saí de trás da enorme pilastra, mas quando o senhor Welsch levantou o pescoço, ele me encontrou.

- Doutor Alex! - O pai de Elizabeth acenou para mim. - Que bom te ver.

- Não faz isso, pai. - Liz segurou o braço de Gabriel.

- Espere-me no carro, filha - disse ele, sorrindo para Elizabeth e para o menino que ela segurava no colo. - Vovô vai te levar para conhecer o Mickey...

- Por favor, deixe isso para lá. - Elizabeth pediu.

Enchendo-me de coragem, eu me aprumei enquanto caminhava na direção deles.

- Quem é ele, mamãe? - O garotinho indagou a Liz.

- Não conheço esse moço, - ela mentiu para o filho e então cruzou as portas que se abriram automaticamente.

Antes mesmo que eu a seguisse, o punho pesado do senhor Welsch bateu em meu rosto. Outro golpe me acertou, fazendo-me sentir a força do ódio do pai de Liz. O terceiro soco bateu direto em meu queixo, jogando-me no chão. A última coisa que vi foi o homem furioso, que continuou desferindo golpes certeiros até que mergulhei numa total escuridão.