Eu e minha pequena nunca saímos de verdade da nossa minúscula cidade natal, salvo algumas excursões da escola ou à casa de algum parente durante as férias. Engraçado como a perspectiva pode mudar tão rápido, mesmo que ainda não conheçamos mais ninguém além desses três com quem estamos aprendendo a conviver nos últimos dias.
A primeira diferença na rotina aparece no momento em que um de nós sugere que façamos algo, mesmo que seja para passar o tempo. Com Alana sempre foi tudo muito fácil, se o que tínhamos eram duas alternativas diferentes, uma era a escolhida no momento e a outra ficava para a próxima vez. Com minhas irmãs às vezes aconteciam pequenas discussões, mas sempre havia nossos pais para interceder. Aqui, na nossa pequena república, isso não existe e é cada um por si! Já no segundo dia levamos mais tempo discutindo sobre qual filme assistir, do que de fato vendo alguma coisa. E quando me rendi concordando com a escolha da Lala, os outros três nos acusaram de panelinha e me mandaram pensar por mim mesmo, não com essas palavras, mas eu entendi o recado. Na hora eu fiquei muito bravo e acabei subindo para o meu quarto sem querer ver a cara de nenhum deles.
A situação era bem boba, no entanto acabou em uma pequena discussão com Alana e sexo de reconciliação logo depois. Só que isso me lembrou o que Charlie disse sobre sermos um "daqueles casais" e pela primeira vez na vida me questionei sobre a dinâmica do meu namoro.
− Você anda tão pensativo nos últimos dias, amor. Devo chamar um médico ou isso é apenas saudade de casa, Li? − Alana me tira de meus pensamentos e eu me arrumo melhor, ficando mais confortável enquanto sento com as costas apoiadas na cabeceira da cama que dividimos.
− Hey! Acho que preciso apenas da atenção e quem sabe uma massagem da minha namorada.
− Uma massagem, é? − O tom em sua voz dando a entender que entendeu muito bem o que eu sugeri. − Os três patetas foram no mercado, acho que não vamos ser interrompidos tão cedo.
− Você sabe que vai ser uma guerra sem fim se eles souberem que os chama assim, certo?
− Eles só fazem barulho. Eu falei sobre isso com o Hazz e ele apenas riu.
− Hazz? Séri, Alana?
− Vai deixar eu cuidar de você ou vai seguir com essa cara emburrada por causa de um apelido idiota?
É difícil manter o tom de indignação quando tenho uma Alana com o olhar desafiador se abaixando entre minhas pernas, começando a trabalhar para retirar minha calça de moletom.
Não é a primeira vez que me sinto realmente estranho com essa amizade relâmpago dela com o cacheado. Eu nunca senti ciúmes antes, não de verdade e confio totalmente nela, apenas não consigo deixar de ficar um pouco perturbado.
− Então, estamos sozinhos?
− Sim, eles foram no mercado maior. Aquele perto do centro que, para nossa sorte e azar deles, está sempre lotado.
Isso nos dá pelo menos meia hora, apenas aceno e me deixo levar por seus carinhos em minhas coxas antes de ajudá-la a retirar minhas boxers.
Logo tudo o que consigo pensar e sentir são as mãos pequenas, mas firmes, de Alana começando a me masturbar lentamente até que eu esteja duro e implorando por mais.
− Não me provoca Lala, por favor!
− Tão necessitado assim? Nem parece que me fodeu essa noite, duas vezes, lembra?
− A-lana...
− Você quer a minha boca no seu pau, amor? Quer que eu te chupe com força? − Como ela pode falar isso com um ar tão angelical, enquanto segura meu membro pela base levando apenas a glande até a boca. − Ou quer me foder?
− Eu... Porra! Só faça algo!
Sempre me entrego tão rápido. No instante seguinte ela começa a massagear minhas bolas com uma das mãos enquanto a outra segura a parte do meu pau que não cabe em sua boca. Sei muito bem que ela pode levar bem mais fundo do que isso, mas ainda está apenas me torturando.
− Olha para mim, Alana! Você não tem noção do quanto me deixa louco ver suas bochechas assim, me sugando tão forte. − Finalmente ela tira a mão e começa a me engolir um pouco mais a cada descida. − Porra! Seus olhos... assim!
Me esforço ao máximo para não desviar o olhar do dela, mas a sensação é tão gostosa e intensa. Aquele aperto quente e úmido que ela intercala com pequenas pausas para assoprar e torturar minha glande, agora completamente exposta e inchada. Deixo que ela faça o que quiser comigo por mais um tempo, até que as fisgadas abaixo de meu umbigo fiquem constantes e fortes demais.
− Lala? Lala, deixa eu foder a tua boca! Eu estou... Estou quase, amor.
Sem tirar meu membro pulsante da boca ela apenas para de me sugar e sorri, puxando minhas mãos, que até então eu apoiava em seus ombros, até sua cabeça. Meio tonto por todas as sensações, que apenas um boquete da Alana pode causar em mim, afundo minhas mãos em seus cabelos longos e macios, seguro com força, do jeito que ela sempre pede. Poucos movimentos depois e já sinto meu pau batendo no fundo de sua garganta e sorrio ao escutar um pequeno engasgar, isso é bom e eu estou tão perto.
− Só mais um pouco... Por favor! Por favor!
Acelero ainda mais jogando meus quadris para frente enquanto minhas mãos o puxam para mim, completamente sem controle até que com uma estocada mais forte estou gozando. Tento afastá-la, mas ela usa as duas mãos para me fixar no lugar enquanto se pressiona ainda mais contra mim. Finalmente retiro minhas mãos do cabelo, agora completamente bagunçado, de Alana e me jogo para trás, relaxo enquanto observo ela dar as últimas sugadas na pele sensível antes de me ajudar a vestir de volta minha cueca.
− Um dia... Um dia você vai me matar Lala e eu ainda vou agradecer por isso.
− Você fica sempre muito sensível e dramático depois do orgasmo, Li. − Ela fala com a voz muito mais rouca do que a normal, posso sentir sua garganta completamente arranhada. O sorriso em seu rosto dizendo que foi exatamente como ela queria.
− O que vamos dizer sobre a sua voz?
− Quando chegarem vamos estar saindo do banho juntos, deixe que eles achem que é apenas por eu gemer alto demais debaixo do chuveiro.
− Segundo round?
− Não achou mesmo que ia me deixar assim, apenas na vontade, não é?