MÁFIA
img img MÁFIA img Capítulo 5 5.
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Capítulo 13 13. img
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Capítulo 18 18. img
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Capítulo 20 20. img
Capítulo 21 21. img
Capítulo 22 22. img
Capítulo 23 23. img
Capítulo 24 24. img
Capítulo 25 NOTA DE ESCLARECIMENTO img
Capítulo 26 25. img
Capítulo 27 26. img
Capítulo 28 27. img
Capítulo 29 28. img
Capítulo 30 29. img
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Capítulo 5 5.

Desde o estupro que sofri pelo o meu próprio marido, ele não toca mais em mim, na tarde daquele domingo brigamos muito, e eu joguei tudo na cara dele. Ele já não dorme comigo e não tem um dia que Marco não me pede perdão, hoje completamos dois meses de casados e logo hoje resolvi amanhecer passando muito mal, saiu correndo para o banheiro e vomito, vomito e vomito.

Fico ali repassando mentalmente o que comi na noite anterior que fez tão mal, só misturei um monte de coisa, lembro que comigo uma torta doce e logo em seguida hambúrguer, com fritas e milkshake de morango, só de lembrar do que comi, começo vomitar novamente, mas o que será isso? Que droga, havia combinado com minha mãe que iria lá para conversarmos, tem um mês que ela voltou a falar comigo e me perdoou, não mencionei o que Marco fez comigo, e sei que ainda se encontra com outras mulheres, mas ele faz bem escondido é o que pensa né, o cheiro daquelas mulheres não me engana.

Marco entra no quarto e estou ali vomitando.

Laura, você está bem? O que aconteceu?. -Ele vem correndo em minha direção, segura meus cachos para cima, e eu o agradeço mentalmente e vomito mais uma vez. Ele está com cara de preocupado e isso faz com que eu sinta vontade de tê-lo novamente.

Não sei Marco, acho que foi as coisas que comi ontem. Não amanheci bem, liga para mamãe para mim por favor, diz que não vou até lá hoje, mas não diga o que tenho, inventa qualquer coisa. Por favor.- Falo e volto a vomitar, quando tenho certeza de que tudo já se foi, que não tem mais nada para que eu vomite, me levanto e vou para o banheiro, não importando com a presença de Marco.

Pega a escova e a pasta de dente para mim por favor. -Peço a ele enquanto faço um coque e entro na ducha.

Aqui está. Laura me perdoe por favor, não aguento ver você aí toda nua e não poder tocar em você novamente, nem dormir com você estou podendo. -Ele fala mais uma vez, decido perdoa-lo, pois, não faz sentido morarmos na mesma casa e eu ficar assim o tratando com indiferença.

Tudo bem Marco, o perdoo. Mas, que nunca mais se repita o que aconteceu e nada mais de traições por favor, eu não mereço isso, fui unicamente sua, e você meu primeiro beijo, primeiro namorado e primeiro sexo, e esperava que fosse tratada com respeito. - Digo a ele e ele entra no chuveiro comigo, me abraça e me beija e não deixa eu continuar, nossa que saudade de sentir essa sensação. Vamos ao quarto e fazemos amor, e assim, que acabamos corro ao banheiro de novo e vomito mais uma vez, meu estômago já está doendo.

Amor, vou te levar ao hospital. Isso é preocupante, se vista vou avisar ao Eduardo para preparar o carro. - Marco sai do quarto, resolve vestir uma calça de malha e uma blusa de frio. Quero algo confortável, saímos em direção ao hospital, chegamos lá, fazemos minha ficha e esperamos o atendimento, meu marido parece preocupado e isso me deixa feliz. Fizemos as pazes e precisou que eu ficasse doente para que isso acontecesse. Sou chamada pela secretária do médico, entramos no consultório e digo o ocorrido, ele faz alguns exames e solicita um de sangue, aguardamos o resultado por 45 minutos e entramos novamente no consultório.

Bom Laura, esse exame só confirma o que u suspeitava... -diz o médico.

É grave doutor?. - o interrompo.

Não, você está grávida. E vamos fazer uma ultrassom, pode ir ao banheiro e colocar a camisola, quando sair pode se deitar naquela maca. - Ele me instrui e eu só sei olhar a cara de Marco de bobo, ele não de sorrir, e eu não queria estar grávida, não agora. Faltam dois meses para eu completar 18 anos, não me formei e meu casamento não é muito feliz. Saio do banheiro e deito na maca, Marco se levanta e fica olhando para o monitor, o doutor vem, pede-me licença e introduz o aparelho em minha intimidade, me assusto com o equipamento gelado. Escutamos as batidas do coraçãozinho do bebê, e me emociono.

Olhem lá papais, este é o bebê de vocês e você Laura já está com 8 semanas gestacionais. E como não sou obstetra, aconselho que você procure por um o mais rápido, mas já vou passar uma lista de remédios e vitaminas para que comece a tomar hoje mesmo. Olha a cabecinha do bebê. - Continua o doutor.

Doutor Laura não para de vomitar. -Marco o informa.

Tudo bem, vou receitar remédio para náusea também. - Informa o doutor.

Saímos do hospital e fico muda, assustada.

Amor, eu sabia que me faria o homem mais feliz desse mundo. Obrigado por me tornar pai, e vou ser o melhor para você e para o bebê. - Ele me fiz e eu fico mais tranquila.

Os meses vão passando e tudo está horrível, no meu aniversário Marco some no mundo, me deixa sozinha e resolvo sair para procurá-lo, e finalmente o encontro, eu grávida de quatro meses o vejo me traindo, resolvo ir embora e só peço ao Murilo para comunicar ao Marco que vi tudo e que é melhor ele não ir para casa.

E quando ele chegou em casa, foi grosso, estava bêbado, e acho que drogado também, ele saiu do quarto me deixando falando sozinha, e entra no escritório. Até que resolvi ir atrás dele, informar que só ficarei ali até o bebê nascer, lembro que parei em frente a porta pensei e entrei, hoje me arrependo de ter o feito. Ele estava cheirando um pó branco e tinha uma mulher só de calcinha chupando ele, e ela não se importou com minha presença, continuou lá fazendo o que estava antes de eu entrar.

Como você teve coragem Marco? Trazer uma prostituta para dentro do nosso lar, disse que aqui era minha casa também, e que seria o melhor. Carrego um filho seu. -Eu grito e continuo. Você saia daqui agora. -Grito para ela, que me olha com deboche, sorri, vira-se continua o chupando, eu não acreditava naquilo e ele permitiu, até que gozou em sua boca e a mandou sair e quando ela saiu e fechou a porta ele me bateu e não se importou com minha gravidez, me bateu no rosto, tirou o cinto e me bateu como um pai bate em um filho, eu gritava muito. Até que o Eduardo interveio e o tirou de cima de mim.

Marco, para. Laura está grávida e você a machucou, olhe o rosto dela, está sangrando. - Eduardo berrava com ele.

Agora estou aqui com 8 meses de gestação não falo mais com Marco, já o informei que quando o bebê nascer já vou direto para minha mãe e nos divorciaremos, e ele não precisa se preocupar que não quero nada dele. E ele não se importou, todos os dias trás mulheres diferentes para casa, transam na sala, não se importando se vou ver, semana passada o peguei transando na minha sala de descanso, e foi tão humilhante, ele olhou para mim e dizia para ela que ela era a mulher mais gostosa que havia comido, nesse dia fiquei tão mais machucada, chorei muito e minha pressão subiu muito e quem me acudiu foi Eduardo, me levou ao hospital.

Na verdade, planejei sair de casa essa noite, vou para outra cidade, mandei uma carta para mamãe, porém, não contei para onde iria. Vou ter meu filho bem longe daqui, e Eduardo vai me ajudar, prometi a ele que ninguém saberá que ele fiz isso por mim.

Descobri há um mês que Marco é o maior traficante do Rio de Janeiro e isso foi só mais uma coisa a acrescentar em minha lista para que tudo desmoronasse em minha vida.

Resolvi ir para São Paulo, para o interior. Me despeço de dona Helena e saio só com uma mala e agradeço a Deus por eu ter guardado o dinheiro do meu acerto trabalhista do quiosque, assim vou ter um dinheiro para me virar por algum tempo.

Eduardo, obrigada por tudo. E por favor, por favor mesmo não conte aonde estou e me dá notícias dele. - Abraço o Eduardo e choro, se não fosse ele acho que teria perdido meu bebê e desde aquele dia, ele vem me ajudando. Entro no carro do amigo dele e vou embora, para bem longe daquele mafioso, ele fez da minha vida um inferno, pensei que seria feliz, mero engano e como estou triste. Eu o amei de verdade, entreguei a minha vida para ele.

Chego na cidade e o Eduardo já havia preparado tudo, fico em uma casa montada e tem um quarto de bebê lindo, ele decorou tudo e fico tão agradecida, ele me prometeu de que cuidará de minha mãe para mim.

Falta apenas algumas semanas para meu bebê nascer, já procurei uma médica na cidade em que estou e ela disse que a qualquer momento o bebê nasce, já sinto algumas dores, e só aguardo. Como vou fazer isso sozinha? Desde que vim embora, só choro e a médica diz que estou em depressão.

Levo a vida como posso, lavo as roupinhas e preparo a bolsa da criança, ainda não sei o sexo, pois, o bebê é tímido.

Chega o grande dia, sinto muita dor e resolvo ir até o vizinho, ele nota que minha bolsa estourou e me leva o mais rápido possível ao hospital, sinto muita dor, sinto meus ossos se abrindo e não grito nenhuma vez. A doutora me orienta a fazer força e a cada vez que faço isso, deixo sair de mim todo o ódio, toda mágoa e cada lembrança ruim, pois, a partir de hoje meu bebê vai precisar de amor, lembro do estupro, de cada surra, de cada humilhação e choro, fico sem ar e empurro, escuto um choro, o choro mais lindo que já ouvi na vida, é um menino, meu filho, meu príncipe e meu homem. Colocam ele em meus braços, e eu choro olhando aquele pequeno, tão lindo, tão meu, meu Guilherme e o beijo.

....

Passaram-se três semanas, e esse é exatamente o tempo que não durmo, ele resolveu trocar o dia pela noite.

Mas é minha alegria, choro algumas vezes, pois queria mamãe aqui e aquele infeliz me tirou isso.

Meu filho por favor durma só um pouco, preciso dormir e você também meu príncipe. -Digo a ele, e ele fica me olhando, ele gosta da minha voz, e começa a sorrir.

O meu Deus Gui, você mal nasceu e já está sorrindo assim? Mamãe ama muito, agora dorme por favor. -Digo a ele e ele só sorri e faz barulhinhos, deve pensar que estou entendendo.

Emagreci muito, preciso me alimentar direito e parar mais de chorar. Me telefone começa a tocar e é um número desconhecido, e acho estranho porque só o Eduardo sabe desse número.

Alô! - Atendo com a voz trêmula.

Laura, Marco está muito doente e não sei se ele vai durar muito tempo. E não para de chamar por você, ficou louco e está definhando, só sabe cheirar pó. - diz Eduardo.

Bom, eu não sei o que falar. Caso ele venha a morrer, vai ser um alívio para mim, me mantenha informada. -Digo a ele e o escuto encerrar a chamada.

Ai meu Deus, não desejo a morte dele, mas só de ficar em paz e poder voltar para o Rio, para perto da minha mãe fico feliz.

Fico ali tentando fazer meu pequeno dormir e finalmente ele dorme e decido ir descansar, pois, desde seu nascimento não durmo, e adormeço rápido. Acordo assustada com o Gui chorando, olho no relógio e vejo que já são 6:00 horas, nem acredito que ele dormiu a noite toda, a primeira desses dias que durmo a noite toda.

Vou até seu quarto o pego no berço e me sento na poltrona que tem abaixo da janela, e vou dar de mamar ao meu amor, me sinto feliz quando o vejo mamando em mim, é um momento tão nosso, tão especial, me sinto conectada a ele, amo isso. Ele espalma a mãozinha em meu seio e o observo, como se parece com o pai. Branquinho, cabelos pretos e os olhos negros, porém, bem marcante. Que nem os olhos de Marco, o Gui parece que é filho de pai e mãe espanhóis, e sou brasileira mesmo. Fecho os olhos e penso sobre o ano que tive, foi tantas mudanças em minha vida, foi minha primeira de tudo. Primeiro beijo, primeiro amor, primeiro namorado, casamento, primeira transa, primeira surra e nem minha mãe me bateu nessa vida, primeira humilhação. E nunca mais vou passar por isso, não vou permitir que homem nenhum me humilhe como o Marco me humilhou, ele me destruiu. E não quero mais isso, meu foco é criar meu filho, cuidar dele e ensiná-lo a ser um verdadeiro cavalheiro, ele vai saber como respeitar uma mulher.

Olho para minha vida e ele está brincando com meu peito, vou dar um banho nele, está com cheirinho de azedo e amo isso. Como sou uma mãe babona, sorrio.

Pronto né príncipe, está cheiroso, sequinho e o coloco no berço e vou tomar banho, como sempre tomo banho com a porta aberta para escutar caso o meu pequeno chore.

Tive que pagar uma moça para me ajudar com a casa enquanto estou de resguardo.

......

O tempo vai passando e as coisas vão complicando, meu dinheiro está acabando e não quero pedir ao Eduardo.

Quero ver minha mãe.

A minha tristeza já está se dissipando, Eduardo me manda notícias sempre que pode, e a última que me deu é que o Marco está internado, quer me ver e disse que o médico informou que ele não passa dessa semana, tem o sonho de ver o filho ou filha, ele não soube o sexo de nosso bebê.

Resolvo voltar para o Rio e ir até lá, além do mais, ele está morrendo.

Eduardo me busca e chegamos em minha antiga casa, olho tudo em volta e está tudo uma bagunça, me assusto com a aparência da casa.

Ele ficou desestruturado Laura depois que você saiu, e ele mandou dona Helena embora, e de vez em quando chama uma diarista. - Ele justifica a bagunça e o ar de abandono da casa.

Fico triste, não parece a casa que decorei com tanto carinho, com tanto orgulho para ser um lar feliz, e foi o início de um inferno em minha vida, meu filho que já tem 10 meses de nascido olha tudo com curiosidade.

Eduardo me leva ao escritório.

Laura, você e o Guilherme são donos de uma grande fortuna, porém, ele deve muito. Aqui estão os papéis da fortuna e dos débitos, ele deixou tudo se descontrolar.

Me fez prometer de que te procuraria para dar a fortuna.

E mesmo pagando os débitos, vai faltar de uma pessoa, que ele tem uma dívida maior. - Me informa Eduardo, e eu tento processar a informação, isso tudo é uma novidade, pensei que só iria ao hospital para que ele conhecesse Guilherme e pronto.

Eduardo Guilherme não registrado ainda, vamos ao cartório comigo por favor. - Informo a ele, e o mesmo assente, levanta-se e me guia para fora do escritório. Vamos ao cartório e finalmente meu filho é registrado, e ganha o nome do pai, mesmo eu não querendo. Guilherme Santos Rivera.

Vamos direto ao hospital o médico de Marco ligou e disse que está piorando. Deixo o Gui com o Eduardo e entro no quarto, e o vejo ali tão impotente, um homem que tinha um ar de poderoso, chefe, ficar assim e isso me deixa triste. Pego em sua mão e ele abre os olhos, aquele olhar que me conquistou ainda está ali, sinto um aperto em meu coração, ele sorri.

Laura, minha princesa. Você voltou, voltou para mim. -Ele fala, com uma voz tão fraca e isso me choca, ele tinha uma voz tão firme, tão potente. Seguro o choro, vou até a porta e pego o Guilherme.

Quero te apresentar Guilherme Santos Rivera, seu filho. - Levo o Gui até ele, e ele chora. E isso me corta o coração. Sento a cama dele, e assim o mesmo pode pegar seu filho.

De repente ele começa a ficar sem ar, tiro meu pequeno de seu colo e grito por ajuda, os enfermeiros me tiram do quarto e não consigo parar de olhar aquela cena, ele me fez sofrer, eu sei, foi ruim para mim, mas ninguém merece terminar a vida assim.

Ficamos ali na sala de espera, até que o doutor vem até nós e nos informa que Marco Diaz Rivera não resistiu e se foi. Eu sinto uma dor no peito, me sento e fico processando a informação, pela primeira vez vejo o Eduardo chorar, um homem desse tamanho, tão durão, desmontou. Sento o Gui na cadeira e abraço o Eduardo, sei o quanto ele amava o Marco, como irmão.

Saímos do hospital, passo em minha mãe que fica muito feliz em nos ver e conhecer seu neto.

......

Meu pequeno já está com 1 ano e 4 meses, como o tempo passou rápido.

Paguei os débitos que Marco fez, porém, tem uma dívida com um tal de Marcelo e que mesmo vendendo a casa e os carros de luxo que Marco deixou, não consegui pagar.

Eduardo, Juan, Murilo e Diogo vão embora para a Espanha novamente e decido voltar para o interior de São Paulo, minha mãe não quis me acompanhar, mas a visito com frequência, consegui um emprego em uma lojinha do Centro e sigo com minha vida.

                         

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