O meu filho nasceu morto.
Eu estava sozinha, grávida e gritei pelo meu bebé no chão, enquanto o meu marido Pedro estava de férias em Bali com a prima Joana.
No hospital, antes que a dor da perda pudesse sequer assentar, a voz fria da minha sogra perfurou-me: "A culpa é toda da Sofia. Que inútil."
E ele? O meu marido, Pedro, ficou em silêncio. O silêncio que me quebrou.
O homem a quem jurei amor e honra olhou para mim com uma mistura de dor e acusação.
Porque é que ele não estava lá? Porque é que me deixou sozinha?
Porque é que ninguém me protegeu?
Então, a Joana, a causa do meu inferno, apareceu à minha porta com um sorriso triunfante e as palavras: "Eu amo-o, Sofia. Nós vamos ficar juntos. Tu perdeste. Eu ganhei."
Mas o jogo ainda não tinha acabado.
Quando Pedro tentou silenciar-me com uma hipoteca oculta e chantagem, a minha raiva finalmente encontrou o seu propósito.
Não ia deixar que me pisassem.
Não ia deixar que a memória do meu filho fosse apagada.
Chega. Eu não ia ser uma vítima.
Eu era Sofia, e a justiça seria minha.