A Segunda Opção do Meu Marido
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Capítulo 4

A notificação do divórcio foi entregue ao Pedro no seu escritório.

Ele ligou-me, furioso.

"O que é isto, Mariana? Um advogado? Estás mesmo a levar isto avante?"

"Sim, Pedro. Eu avisei-te."

"Eu não acredito nisto! Depois de tudo o que fiz por ti!"

"O que fizeste por mim? Deste-me um filho que mal conheces e uma sogra que me odeia. Obrigado, mas dispenso."

"Tu és tão ingrata!", gritou ele. "Eu trabalho que nem um cão para vos dar uma vida boa!"

"Eu não quero uma vida boa. Eu quero um marido. O Lucas quer um pai. Dinheiro não substitui isso."

Desliguei o telefone. O meu coração batia com força, mas a minha mão estava firme.

A batalha estava apenas a começar.

A primeira audiência de mediação foi um desastre.

O Pedro chegou com a sua mãe e a Sofia. A advogada dele teve de lhes pedir para esperarem lá fora.

Ele estava zangado e defensivo. Negou tudo.

"Eu amo o meu filho", disse ele ao mediador. "Ela está a exagerar. Está a ser dramática."

A Dr.ª Almeida apresentou calmamente as provas. Os registos de chamadas, as mensagens, um calendário que eu tinha mantido com todas as suas ausências.

O rosto do Pedro ficou pálido.

"Isso... isso está fora de contexto", gaguejou ele.

"Então qual é o contexto, Sr. Santos?", perguntou a Dr.ª Almeida. "O contexto é que a sua irmã parece ser a sua principal parceira, não a sua esposa."

O Pedro levantou-se de um salto.

"Isto é ridículo! A minha irmã precisava de mim! Ela é sensível!"

"E o seu filho, Sr. Santos? Ele não é sensível? A sua esposa não precisa de apoio?"

Ele não tinha resposta. A mediação terminou sem acordo.

Quando saímos, a Helena e a Sofia correram para ele.

"Como correu, querido?", perguntou a Helena.

"Aquela mulher está a tentar destruir-me!", disse o Pedro, olhando para mim com desprezo.

A Sofia, com lágrimas nos olhos, agarrou-se ao braço dele.

"Oh, Pedro, isto é tudo culpa minha. Eu sou um fardo tão grande."

"Não, não és, querida", disse o Pedro, abraçando-a. "Ela é que é uma pessoa horrível e sem coração."

Observei a cena, sentindo-me como se estivesse a ver uma peça de teatro mal encenada.

A Dr.ª Almeida pôs uma mão no meu ombro.

"Vamos, Mariana. Não vale a pena."

Afastámo-nos, deixando-os no seu pequeno círculo de drama e auto-piedade.

Eu sabia que eles iriam lutar com unhas e dentes. Eles iriam tentar pintar-me como a vilã.

Mas eu tinha a verdade do meu lado. E, mais importante, eu estava a lutar pelo futuro do meu filho.

                         

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