Apenas a Esposa: O Preço da Liberdade
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Capítulo 3

A resposta dele foi imediata. Uma série de mensagens furiosas.

"O que queres dizer com 'não'? Eu disse para me encontrares!"

"Estou ocupada, Pedro."

"Ocupada com o quê? A tua irmã já está estável. Pára de fazer drama e vem aqui. Temos de resolver isto."

"Não há nada para resolver. O meu advogado vai entrar em contacto contigo."

Ele não respondeu durante alguns minutos. Eu sabia que ele estava a ferver de raiva. Depois, outra mensagem chegou.

"Se não vieres ter comigo em uma hora, eu vou ao hospital. E não vou ser simpático, Lúcia. Vou contar à Beatriz exatamente porque é que a sua irmã mais velha está a destruir a família."

O meu sangue gelou.

Ele estava a ameaçar-me. Usar a minha irmã doente contra mim.

O homem com quem eu me casei era um monstro.

Levantei-me. A minha mãe olhou para mim, preocupada.

"O que se passa?"

"Tenho de sair. O Pedro quer falar comigo. Mãe, por favor, não saias de perto da Bia."

"Lúcia, não vás. É uma armadilha."

"Eu sei. Mas não posso deixá-lo vir aqui. Não posso deixá-lo perturbar a Bia."

Beijei a testa da minha irmã adormecida e saí.

O café estava quase vazio. O Pedro estava sentado a uma mesa no canto, a cara fechada. Ele não se levantou quando me aproximei.

"Finalmente," disse ele, com desdém. "Pensei que ia ter de ir buscar-te."

Sentei-me à frente dele. Não disse nada.

"Então, o que é esta estupidez do divórcio?", perguntou ele, indo direto ao assunto. "Estás a fazer isto para me castigar? Para chamar a atenção?"

"Estou a fazer isto porque o nosso casamento acabou, Pedro."

Ele riu. Uma risada sem humor.

"O nosso casamento acaba quando eu disser que acaba. Tu esqueceste-te do contrato? Esqueceste-te do acordo pré-nupcial?"

"Eu não quero o teu dinheiro. Podes ficar com tudo."

Ele olhou para mim, surpreendido. Claramente, não era isso que ele esperava.

"Não queres o dinheiro? Então o que é que queres?"

"Eu quero a minha vida de volta. Quero paz. Quero estar longe de ti e da tua família."

Ele inclinou-se sobre a mesa. A sua voz era baixa e ameaçadora.

"Tu não vais a lado nenhum. Tu pertences-me, Lúcia. A tua família deve-nos tudo. Se te divorciares de mim, eu vou destruir o que resta do negócio do teu pai. Vou garantir que a tua mãe e a tua irmã acabem na rua. Entendeste?"

Olhei para ele. O homem que eu um dia pensei que poderia amar. Agora, só sentia nojo.

"Podes tentar," disse eu, a minha voz a tremer ligeiramente, mas firme. "Mas não vou voltar atrás."

Levantei-me para sair. Ele agarrou o meu pulso com força.

"Tu não vais a lado nenhum."

"Larga-me, Pedro."

"Vais voltar para casa comigo. Vais pedir desculpa à minha mãe e à minha irmã. E vais esquecer esta ideia de divórcio."

Tentei puxar o meu braço, mas o aperto dele era de ferro.

"Eu disse para me largares!"

De repente, uma voz atrás de nós disse: "Ela disse para a largares."

Virei-me. Era um homem que eu não conhecia. Alto, com cabelo escuro e olhos sérios. Ele estava a olhar diretamente para o Pedro.

O Pedro largou o meu pulso abruptamente.

"Quem és tu?", rosnou ele. "Não te metas onde não és chamado."

"Eu sou o advogado dela," disse o homem calmamente. "O meu nome é Rafael. E a partir de agora, qualquer comunicação que tenhas com a minha cliente será através de mim."

            
            

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