O cheiro de alho e temperos pairava no ar, e o tilintar familiar de panelas na cozinha era a sinfonia diária do renomado chef Marcos.
Mas o telefonema da escola, durante o pico do serviço, com a voz fria da diretora Mendes, quebrou essa harmonia: "Houve um incidente com seu filho, Pedrinho."
Ao chegar, encontrou Pedrinho encolhido e machucado, enquanto o agressor Ricardo, filho do poderoso empresário Almeida, sorria vitorioso. Sua ex-esposa, Joana, aliada surpreendentemente a Almeida, insistia em abafar o caso, pedindo desculpas ao agressor.
Marcos sentiu um nojo profundo: como a mãe do seu filho podia pedir que a vítima se desculpasse? Ele notou o broche de trigo na lapela de Joana, idêntico ao de Almeida.
A peça que faltava se encaixou em sua mente, revelando uma traição inimaginável.
A fúria de Marcos se transformou em uma determinação gélida. Ele não deixaria barato. "A justiça será feita," ele declarou, agora sabendo que lutaria não apenas pelo filho, mas pela verdade.