Fecho os olhos respirando fundo e balanço a cabeça para tirar esses pensamentos de sua mente, não era do seu feitio pensar essas coisas.
Assim que olhei para o dono daquele toque fiquei paralisada e em choque com a beleza daquele sorriso. Tinha a sensação de já o conhecer antes.
-Olá!... Ada Owen, não é? - aquela voz me abraça, fazendo cada célula do meu corpo correr quente pelas veias, o que aquele garoto está fazendo com ela? Levanto da cama e vou em direção a sacada e fico de costas para ele, e aproveito para respirar e tentar aliviar meu corpo que latejava em desejo pelo desconhecido.
- Você está melhor? Parecia que a senhorita ia ter um infarte, precisa de algo? - as últimas palavras dele me pegaram de surpresa, pareciam conter segundas intenções, e o sorriso cafajeste que ele lançou ao final da frase só confirmou isso.
-Hã,... não obrigada! - digo indo cada vez mais para perto da grade da sacada.
- eu o conheço? - minha curiosidade tinha começado a ferver, ele estava muito confortável ali parado ao lado da minha cama, como se já fosse intimo daquele lugar, parecia que já o tinha visto antes.
- Meu nome é Ian Moore- ele me olha de um jeito curioso, com a cabeça levemente tombada de lado, com a postura descontraída e os cabelos bagunçados, ele dá um sorriso meigo de canto formando uma covinha em sua bochecha, além do ar de frieza que ele transmite e obscuridade, parece que estou sendo puxada para ele, como se fosse um imã e não pudesse fazer nada para impedir isso, uma ordem natural das coisas.
- Ao que parece vamos nos ver muito ainda Ada querida! - ele tinha assumido uma postura rígida e tensa, percebendo minha inspeção, então acrescentou.
- por favor, não vá para a floresta, ninguém pode te proteger lá, desejo melhoras. - com isso, ele virou as costas para mim e saiu do quarto batendo a porta atras de si.
Ian Moore é de uma beleza exuberante, cabelos pretos e lisos, olhos verdes que passam da frieza ao calor extremo em segundos, dividindo a atenção com seus lábios que contém o mais lindo sorriso charmoso que eu já vira, pediam para ser beijados. Mas ele tinha algo fofo naquelas covinhas, um maxilar anguloso e sobrancelhas grosas. tinha ao menos 1.80 de altura, parecia que frequentava a academia regularmente. Se não é um anjo, com certeza é um demônio.
- A é? E como chegasse a essa conclusão? - dou um pulo ao descobrir q falará as últimas palavras em voz alta e que Sharon a tinha escutado, corou instantaneamente.
- Mãe. Por favor! - não sei bem o que dizer a ela, então simplesmente começo a mexer nas duas últimas caixas com meus pertences e começo a arrumá-los em lugares aleatórios.
- Ele irá estudar na mesma escola que você querida, e frequentara nossa casa- diz ele com um sorriso no rosto.
- família Moore são os novos clientes do seu pai, seria ótimo que vocês dois se deem bem.
Ao acabar de falar, ela simplesmente sai do quarto a deixando processar aquela informação, então a ficha cai..., o que aconteceu hoje pode se repetir novamente. Ela não sabe o que sentir sobre essa situação ou sobre o que aconteceu no seu quarto, então decide arrumar suas coisas e esquecer por um tempo o que se passou ali.
Conforme o dia foi passando, descobri de Mike que tinha sido Ian que me ajudou na cozinha quando passei mal, e foi ele que fez questão de me levar para o quarto, também confessei ao Mike o que Ian me dissera quando estava no meu quarto, e foi Sharon quem esclareceu isso. Havia acontecido um assassinato bem no momento em que eu tinha passado mal, e que suspeitam de uma gangue de Vampiros renegados famosa por suas torturas e esquartejamento. A polícia ainda não tinha os encontrado.
À noite, enquanto tentava dormir, sua mente lembrava dos gritos que ouvira, e sabia que era da moça que foi assassinada pela gangue, então sua mente vagava para aqueles olhos verdes e sua postura de um Bad Boy completo. Ele tinha a ajudado quando passou mal, sua vida virou mesmo de cabeça para baixo. Será que tinha se apaixonado? ela nem sabia se ele era um assassino ou um louco. Não pode ser... só o vira uma vez na vida, e nas piores condições possíveis.