Três anos se passaram desde que Pedro Mendes me abandonou na véspera do nosso casamento.
Eu, Sofia Oliveira, me tornei a piada da cidade, uma noiva humilhada.
Hoje, ele retornou, não como o monge espiritual que alegou ser, mas em um carro de luxo, com um sorriso arrogante e uma nova noiva grávida: Ana Silva, a filha do homem que arruinou minha família.
Eles vieram à festa de seu pai, Ricardo Mendes, onde eu estava ao lado dele, não como sua ex-noiva descartada, mas em segredo, como sua esposa.
Pedro, em sua audácia, ousou propor que eu fosse sua amante, dizendo que Ana era "compreensiva" e que eu "continuaria sob a proteção de seu pai" .
Minha mente voltou à dor e humilhação que enfrentei, e como Ricardo me salvou, me deu uma nova vida e um filho.
Eu mantive a calma, fingindo considerar sua proposta absurda, enquanto a vitória cintilava nos olhos de Ana.
Até que uma pequena voz ecoou pelo jardim: "Mamãe!"
Meu filho João, de quase dois anos, correu e me abraçou, com os cabelos escuros de Ricardo e meus olhos.
O sorriso de Pedro e Ana congelou, substituído por um choque assustado.
"Mamãe?", Pedro repetiu, a voz fraca. "Que criança é essa, Sofia? Você teve um filho?"
Eu o encarei, com um sorriso genuíno.
"Sim, Pedro. Eu tive um filho."
Então, me virei para o meu pequeno.
"João, meu querido, diga 'oi' para o seu irmão mais velho."