Prisioneira do Traficante: Amor Proibido
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Capítulo 2

Yasmin se olhava no grande espelho do corredor, ajustando o vestido minúsculo e passando um brilho labial cintilante. Ela praticava seu sorriso, um sorriso que ela imaginava que derreteria o coração de um homem como Dante. Em sua mente, a cena já estava escrita: ela subiria as escadas, bateria suavemente na porta do escritório dele e, quando ele abrisse, ficaria hipnotizado por sua beleza e ousadia. Ele a puxaria para dentro, a beijaria apaixonadamente e declararia que estava esperando por ela a vida inteira.

Ela era a protagonista, afinal. E protagonistas sempre conseguem o que querem.

Ela subiu as escadas, o barulho dos seus saltos um anúncio da sua chegada. Ela não viu os olhares duros dos seguranças postados no corredor, nem sentiu a temperatura do ambiente cair vários graus. Para ela, eles eram apenas parte do cenário, extras em sua grande cena de amor.

Dante estava em seu escritório, mas a porta estava entreaberta. Ele não estava sozinho. Ele conversava com dois homens de terno, a voz baixa e letal. Eu estava na parte de baixo da escada, fingindo limpar um vaso, mas na verdade paralisada de medo, esperando o desastre acontecer.

Quando Yasmin chegou ao topo da escada, ela não hesitou. Ela empurrou a porta do escritório com um gesto dramático.

"Dante, meu amor!"

A voz dela ecoou pelo corredor silencioso.

A conversa dentro do escritório parou instantaneamente. Um silêncio mortal caiu sobre a casa.

Dante se virou lentamente. Seu rosto, geralmente uma máscara de calma perigosa, estava contorcido em uma fúria fria. Seus olhos, escuros como a noite, fixaram-se em Yasmin. Não havia amor ou desejo neles, apenas uma irritação gelada. Era o olhar que ele dava a um inimigo antes de eliminá-lo.

Os dois homens de terno se encolheram, como se esperassem uma ordem para atirar.

Yasmin, em sua bolha de delírio, não percebeu nada disso. Ela viu apenas que tinha a atenção dele.

Ela desceu correndo as escadas, o rosto radiante, e parou na minha frente.

"Você viu? Ele ficou sem palavras! Ele mal pode acreditar que eu estou aqui. É o destino, eu te disse!"

Ela sussurrou para mim, cheia de si.

Eu apenas olhei para ela, meu rosto pálido.

"Ele vai te matar."

Eu disse, a voz trêmula.

Ela riu.

"Não seja ridícula, figurante. Ele está apaixonado. Agora saia da minha frente, preciso preparar um café para o meu homem. Ele deve estar estressado com os negócios."

Ela me empurrou para o lado e foi em direção à cozinha, como se fosse a dona da casa.

"E não qualquer café. Um café forte, como ele. Do jeito que só uma mulher de verdade sabe fazer."

Ela abriu os armários com força, fazendo um barulho terrível.

"A partir de hoje, eu cuido do Dante. Você pode voltar para o buraco de onde veio."

Ela me olhou por cima do ombro, um sorriso vitorioso nos lábios.

"Fique longe dele, entendeu? O protagonista não se mistura com a figuração."

Ela se virou e começou a preparar o café, cantarolando uma música pop irritante, completamente alheia à tempestade que estava prestes a desabar sobre sua cabeça. E eu sabia, com uma certeza terrível, que a chuva ia respingar em mim.

            
            

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