Prisioneira do Traficante: Amor Proibido
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Capítulo 3

Yasmin subiu as escadas novamente, equilibrando uma bandeja com uma xícara de café. Ela havia trocado de roupa, agora usando um pijama de seda vermelho que mal cobria seu corpo. Ela borrifou mais perfume e retocou a maquiagem. Em sua mente, este era o ato final da conquista.

Ela bateu na porta do escritório. Desta vez, não houve resposta.

Ela esperou um momento e depois abriu a porta devagar.

"Dante? Eu trouxe café para você."

Dante estava sentado em sua poltrona de couro, de costas para a porta, olhando para a vista do oceano. Os dois homens de terno já tinham ido embora.

O silêncio era pesado.

Yasmin entrou, fechando a porta atrás de si. Ela colocou a bandeja na mesa dele e se aproximou por trás, deslizando as mãos pelos ombros dele.

"Você trabalha demais, meu amor. Deixa eu te ajudar a relaxar."

Ela sussurrou em seu ouvido, a voz sedutora.

No instante em que as mãos dela o tocaram, Dante se moveu. Foi um movimento rápido, brutal. Ele se levantou, girando e agarrando o pulso dela com uma força que a fez gritar. A xícara de café voou da bandeja, espalhando o líquido quente pelo tapete caro.

"Quem te deu permissão para entrar aqui?"

A voz dele era um rosnado baixo, a calma perigosa substituída por uma raiva pura.

"Quem te deu permissão para me tocar?"

Yasmin empalideceu, o sorriso falso congelado em seu rosto. A realidade finalmente começou a penetrar em sua fantasia.

"Dante... eu... eu só queria..."

"Cala a boca."

Ele a empurrou para longe dele. Ela tropeçou e caiu no chão, o pijama de seda se abrindo e expondo mais do que ela pretendia.

Naquele exato momento, eu bati na porta. Eu tinha ouvido o grito dela e, contra todo o meu instinto de sobrevivência, subi para ver o que estava acontecendo.

"Senhor Dante?"

Ele não respondeu. Abri a porta com cuidado. A cena que vi me fez parar. Yasmin no chão, chorando, e Dante de pé, parecendo um animal enjaulado. O cheiro de café e fúria enchia o ar.

Meus olhos encontraram os dele. Ele me olhou por um longo momento, e a raiva em seu rosto pareceu diminuir um pouco, dando lugar a outra coisa, algo que eu não conseguia decifrar.

Ele me puxou para dentro do escritório, passando por Yasmin como se ela não existisse. Ele me puxou para perto, tão perto que eu podia sentir o calor do seu corpo. Uma de suas mãos foi para a minha cintura, a outra para o meu queixo, forçando-me a olhá-lo nos olhos.

"Você tem medo de mim, Sofia?"

A voz dele era baixa, quase um sussurro, mas carregada de intensidade.

Eu não conseguia falar. Apenas assenti, meu corpo todo tremendo.

Um sorriso lento se formou em seus lábios. Não era um sorriso gentil.

"Bom."

Ele se inclinou, seu rosto a centímetros do meu. Pensei que ele ia me beijar, ou me matar. Eu não sabia qual dos dois seria pior.

"Diga-me, o que eu faço com o lixo que entra na minha casa sem ser convidado?"

Ele perguntou, seus olhos ainda fixos nos meus, mas a pergunta era claramente sobre a mulher chorando no chão.

Eu engoli em seco, tentando encontrar minha voz.

"Eu... eu não sei, senhor."

Ele riu, um som baixo e rouco.

"Claro que não. Você é muito boazinha."

Ele soltou meu queixo, mas sua mão permaneceu na minha cintura. Ele se virou para Yasmin, que ainda estava no chão, olhando para nós com uma mistura de choque, medo e ódio.

"Aquela mulher", disse Dante, sua voz cortante como vidro, "é uma idiota barulhenta. Uma distração irritante. Uma mosca que precisa ser esmagada."

Ele olhou de volta para mim.

"Você não é uma mosca, é, Sofia?"

Eu balancei a cabeça negativamente, incapaz de formar palavras.

Yasmin se levantou, tentando a todo custo recompor sua dignidade.

"Dante, ela está te enganando! Ela é só uma empregada! Ele está sendo duro comigo porque quer me testar! É um teste para ver se eu sou forte o suficiente para ser a mulher dele!"

Ela falou, a voz esganiçada, a lógica distorcida pela sua obsessão.

Dante nem mesmo olhou para ela. Ele apenas sorriu para mim, um sorriso que me fez sentir um calafrio na espinha.

"Leve o lixo para fora, Sofia."

Foi uma ordem. E eu, como sempre, obedeci.

            
            

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