Dois Corações, dois tempos, um amor.
img img Dois Corações, dois tempos, um amor. img Capítulo 2 📖 Capítulo 2 – Um telefone do tempo
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Capítulo 6 📖 Capítulo 6 – Fora do Lugar, Dentro de Si img
Capítulo 7 📖 Capítulo 7 – Luzes que Não Acendem img
Capítulo 8 📖 Capítulo 8 – Quando o Tempo Fere img
Capítulo 9 📖 Capítulo 9 – Verdade Entre Linhas img
Capítulo 10 📖 Capítulo 10 – Pistas, Sussurros e Olhares Afiados img
Capítulo 11 📖 Capítulo 11 – Vozes Sussurradas e Símbolos Antigos img
Capítulo 12 📖 Capítulo 12 – Sementes da Verdade img
Capítulo 13 📖 Capítulo 13 – A Linha Quebrada Entre Razão e Desejo img
Capítulo 14 📖 Capítulo 14 – Linhas Cruzadas, Promessas e Sinais img
Capítulo 15 📖 Capítulo 15 – Entre Salas Reais e Segredos Silenciosos img
Capítulo 16 📖 Capítulo 16 – Quando o Destino Toma a Coroa img
Capítulo 17 📖 Capítulo 17 – O Relógio Invisível img
Capítulo 18 ✨ Capítulo 18 – O Dia em que o Tempo se Calou img
Capítulo 19 👑Capítulo 19 – Dois Mundos em Ruína img
Capítulo 20 📓Capítulo 20 – O Amor que o Tempo Não Esqueceu img
Capítulo 21 🚪Capítulo 21 – O Reencontro de Dois Tempos img
Capítulo 22 O Bosque das Revelações img
Capítulo 23 Pompas, Promessas e O Futuro img
Capítulo 24 Novos Começos img
Capítulo 25 A Brecha do Tempo img
Capítulo 26 A Partida do Rei img
Capítulo 27 O Rei no Século Errado img
Capítulo 28 Entre Trânsito e Destino img
Capítulo 29 Entre a Dúvida e a Fenda img
Capítulo 30 Linhagens e Labirintos img
Capítulo 31 A Fenda e o Impacto img
Capítulo 32 🌘 Capítulo 32 – Memórias Que Não São Minhas img
Capítulo 33 🌒 Capítulo 33 – Brilho Falso, Amor Verdadeiro img
Capítulo 34 Quando os Mundos se Encontram img
Capítulo 35 A Escolha Que Faltava img
Capítulo 36 O Beijo e o Fantasma img
Capítulo 37 Onde Ela Não Está img
Capítulo 38 Ainda Dá Tempo img
Capítulo 39 Eu Nunca Fui Embora img
Capítulo 40 Dois Corações Novos img
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Capítulo 2 📖 Capítulo 2 – Um telefone do tempo

O voo foi tranquilo, mas Laura não tirava da cabeça a sensação de que algo estava prestes a mudar.

Durante o trajeto, assistiu a filmes, usou wi-fi, comeu sua comida favorita e aproveitou todos os confortos do século XXI como se fossem os últimos.

Em Londres, visitou a Torre, o Palácio de Buckingham, os museus e cada sala com retratos antigos - e suspirava, como se conhecesse cada rosto. Os quadros pareciam chamá-la. Como se dissessem: você já esteve aqui.

-

Na última etapa da viagem, embarcou num trem rumo à pequena cidade que seu bisavô havia descrito nos cadernos antigos. O nome da vila tinha mudado, e quase nada era como nas histórias.

- Claro que não seria igual. Já se passaram mais de cem anos... - murmurou para si mesma, tentando ignorar a decepção.

Foi andando pelas ruas estreitas e observando os cafés modernos onde, um dia, talvez tivesse havido cocheiras. Numa calçada, algo brilhou.

- Um celular?

Era um modelo estranho, antigo, mas curioso. Estava desligado. Ela apertou botões, sacudiu, nada. Resolveu guardá-lo.

- Deve ser de alguém daqui. Posso entregar depois.

Seguiu caminhando... até que, na bolsa, o celular acendeu.

Sem aviso, apareceu uma mensagem:

> "Acho que alguém como você, não pertence a um lugar como esse.

Hora de conhecer quem você é."

- Que...?

Antes que pudesse ver de onde vinha a luz, uma claridade intensa escapou pela bolsa. Ela tampou os olhos. A cabeça girou. Tropeçou em algo, caiu para trás, bateu a cabeça e...

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🌙 Quando abriu os olhos...

Estava frio. Muito frio.

O céu era escuro. A rua que antes era de pedra e asfalto agora era barro e lama. O chão sugava o salto das botas e respingava nas laterais.

Ela sentou-se, atordoada. Bateu a poeira do vestido creme como se fosse vida ou morte - era novo, era caro, e agora estava sujo. Pior: seu penteado estava destruído, com galhos presos no coque frouxo.

- Ok... ok... isso deve ser alguma pegadinha. Alguma simulação de época... cadê as câmeras escondidas?

Mas não havia nada. Apenas o barulho de grilos e vento.

Então, o som dos cascos.

Ela olhou. Um cavalo se aproximava lentamente pela estrada de terra. Montado nele, um homem de ombros largos, postura ereta, e um olhar escuro como a noite.

Ele parou diante dela, desceu do cavalo com graça e autoridade.

- Está ferida?

Laura engoliu seco.

- Eu... eu acho que bati a cabeça. Que lugar é esse?

O homem a observou com atenção. A roupa dela, a pele exposta, os sapatos estranhos.

- Não se preocupe. Eu a levarei para um lugar seguro. Mas primeiro... - ele tirou a capa e estendeu. - Cubra-se. Está... digamos... indevidamente vestida para uma dama.

Ela arregalou os olhos.

- Como é que é?

- É perigoso. Mulheres sozinhas, à noite, com as pernas de fora... costumam ser alvo de más interpretações.

Ela piscou. O vestido que em 2025 era fofo e retrô, ali, era praticamente indecente.

- Quem é você?

Ele hesitou.

- Edward.

Ela gelou.

- Edward... Windsor?

Ele pareceu surpreso.

- Não. Só... Edward.

            
            

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