A esposa oculta do CEO
img img A esposa oculta do CEO img Capítulo 3 Entre o Orgulho e o Desejo
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Capítulo 6 A Frágil Linha entre o Amor e o Descontrole img
Capítulo 7 A Decisão Final img
Capítulo 8 A Busca pelo Impossível img
Capítulo 9 Os Primeiros Passos Rumo ao Futuro img
Capítulo 10 Um Caminho Cheio de Sombras e Luz img
Capítulo 11 Entre a Esperança e a Dúvida img
Capítulo 12 O Preço da Esperança img
Capítulo 13 O Peso das Decisões img
Capítulo 14 O Vínculo Quebrado img
Capítulo 15 O Caminho da Redenção img
Capítulo 16 Renascimento das Cinzas img
Capítulo 17 Decisões Dolorosas img
Capítulo 18 O Preço da Mudança img
Capítulo 19 Um Novo Começo img
Capítulo 20 O Próximo Movimento img
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Capítulo 3 Entre o Orgulho e o Desejo

Natalia não respondeu. Ficou parada, com as mãos tremendo sobre o colo, odiando a forma como Emiliano a olhava, como se já soubesse qual seria sua resposta antes mesmo de ela dizê-la.

Ela o odiava. Odiava porque ele estava certo.

Não podia se mover.

Não podia levantar, pegar sua mala e ir embora como se tudo o que vivera com ele não significasse nada. Como se seus sentimentos fossem tão fáceis de enterrar.

Mas também não podia ficar e permitir que ele ditasse cada aspecto de sua vida, que a mantivesse nessa jaula de ouro onde sua existência só importava quando ele decidia olhar para ela.

Emiliano suspirou, quebrando o silêncio.

- Eu sabia que você não iria embora.

Natalia sentiu seu corpo se tencionar.

- Não se engane - disse em voz baixa, sem se preocupar em esconder a raiva em suas palavras. - Eu não fico porque quero. Fico porque não tenho opção.

Ele levantou uma sobrancelha, como se achasse a resposta dela interessante.

- Você sempre tem uma opção, Natalia.

Ela apertou os punhos.

- Não quando usa seu poder para garantir que eu não tenha para onde ir.

Emiliano a olhou com uma intensidade perigosa.

- Se você realmente quisesse ir embora, teria ido. O que te impede não sou eu.

Natalia sentiu um ardor nos olhos, mas se recusou a ceder.

- Você está certo - disse com voz fria. - Não é você. Sou eu. Sou eu, porque fui burra o suficiente para me apaixonar por um homem que nunca olhou para mim duas vezes.

As palavras foram um golpe direto, e pela primeira vez, Emiliano não teve uma resposta imediata. Seus olhos se escureceram, e sua expressão se endureceu de uma forma que Natalia nunca tinha visto antes.

- Você acha isso? - murmurou ele.

Natalia se obrigou a manter o queixo erguido.

- Isso eu sei.

O silêncio que se instalou entre eles era denso, carregado de emoções contidas, de verdades que nenhum dos dois estava pronto para enfrentar.

Mas Natalia já não queria mais jogos.

- Eu quero o divórcio - disse com firmeza.

Emiliano estreitou os olhos.

- Você não vai ter.

- Você não pode me obrigar a continuar casada com você.

Ele inclinou ligeiramente a cabeça.

- Quer apostar?

Sua arrogância fez com que a raiva dela fervesse.

- O que você ganha com isso? - perguntou com frustração. - Você tem todo o mundo aos seus pés! Pode ficar com quem quiser! Por que insiste em manter um casamento que nunca significou nada para você?

Emiliano a observou em silêncio por vários segundos.

Quando finalmente falou, sua voz foi baixa e letal.

- Porque nunca te dei permissão para ir embora.

Natalia sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

- Você não é meu dono, Emiliano.

Ele sorriu, mas não era uma sorriso amigável.

- Não, mas sou seu marido.

- Um marido no papel - cuspiu ela. - Nada mais.

Emiliano inclinou a cabeça, como se estivesse considerando suas palavras.

- Se é isso que você pensa, talvez eu devesse te lembrar o que realmente somos.

Antes que Natalia pudesse reagir, Emiliano reduziu a distância entre eles e a prendeu entre seu corpo e a parede. A proximidade dela a deixou sem fôlego.

Seus olhos queimavam com uma intensidade que a fez estremecer.

- Me mostre que você não sente nada, Natalia - sussurrou. - Olhe nos meus olhos e me diga que nunca significou nada para você.

Natalia abriu a boca para falar, mas nenhuma palavra saiu. Porque mentir nunca foi seu ponto forte.

Porque Emiliano estava perto demais.

Porque sua pele formigava com o simples fato de tê-lo tão perto.

E porque, por mais que quisesse negar, ainda o amava.

Ele percebeu sua fraqueza.

E sorriu.

- Isso é o que pensei - murmurou ele.

Natalia fechou os olhos com força, xingando a si mesma por não ser forte o suficiente.

Mas quando os abriu novamente, sua determinação voltou.

Ela o empurrou com as duas mãos e deu uma longa respiração.

- Não vou jogar seus jogos, Emiliano. Não mais.

Ele a observou calmamente, como se estivesse avaliando cada uma de suas reações.

- Me mostre, então.

Natalia não respondeu. Simplesmente girou sobre os calcanhares e saiu do quarto.

Mas dessa vez, ela não ia fugir.

Dessa vez, ela ia lutar.

            
            

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