Um Jogo Perigoso de Amor
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Um Jogo Perigoso de Amor

Gavin
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Capítulo 1

Meu dia de casamento foi perfeito.

O sol de Angra dos Reis, as flores tropicais, o homem dos meus sonhos no altar.

Heitor.

Meu pai, o Senador Dário Reis, um pilar da comunidade, me levou até o altar, seu orgulho evidente.

Era tudo uma linda mentira.

Assim que cheguei até Heitor, ele sacou um distintivo da Polícia Federal.

"Senador Dário Reis, o senhor está preso."

O caos explodiu, um tiro ecoou e meu pai caiu, morto.

Os olhos frios de Heitor desferiram o golpe final: "Foi uma operação, Alana. Nada mais."

Meu mundo se despedaçou.

Fui descartada, interrogada, abandonada.

O homem que eu amava me bloqueou, seu trabalho estava feito.

Mas a profundidade da minha traição não parou por aí.

Logo desenterrei o segredo da minha mãe.

Seu "acidente de trilha" não foi um acidente; ela era uma agente da PF, investigando meu pai, e foi morta pelo cartel dele.

Minha vida, uma farsa cruel.

Como tudo em que eu acreditava podia ser mentira?

Meu pai amoroso, um chefe do tráfico?

Minha mãe gentil, uma agente secreta?

Meu noivo, um espião calculista?

A injustiça queimava, alimentando um fogo mais quente que qualquer dor.

Agora, Alana Reis está morta.

Alana não existe mais - só resta Alma.

Vou transformar minha dor, minha fúria, em uma arma.

Vou me infiltrar no coração do cartel que roubou minha mãe.

Vou fazê-los pagar.

Mesmo que isso signifique usar o próprio homem que me destruiu.

Capítulo 1

A música cresceu, uma melodia doce que eu havia escolhido meses atrás.

Era agora. O dia do meu casamento.

Heitor esperava no altar, seu sorriso era aquele pelo qual eu me apaixonei.

Meu pai, o Senador Dário Reis, segurava meu braço, seu aperto firme, orgulhoso.

Ele era um bom homem, meu pai. Todos no Rio de Janeiro sabiam disso.

O perfume das flores tropicais, nosso tema, enchia o ar do resort de luxo em Angra.

Eu me concentrei em Heitor, meu futuro, meu tudo.

Meu pai colocou minha mão na de Heitor.

Os dedos de Heitor estavam frios.

Seu sorriso desapareceu.

Ele não olhou para mim. Ele olhou para o meu pai.

Ele enfiou a mão no paletó.

Não para pegar uma aliança.

Mas um distintivo.

Um distintivo da PF.

"Senador Dário Reis", a voz de Heitor era de um estranho, dura e seca.

"O senhor está preso."

Minha respiração falhou. Isso era uma piada. Uma piada terrível e doentia.

"Nós sabemos sobre a 'Operação Flor do Deserto'", Heitor continuou, seus olhos como gelo.

"E seu codinome, 'Escorpião'."

O rosto do meu pai ficou branco.

"Heitor, o que é isso?", sussurrei, puxando seu braço.

Ele me ignorou.

Caos.

Gritos.

Um brilho de metal vindo da multidão.

Um estalo alto.

Instinto.

Eu me joguei na frente de Heitor.

Uma dor lancinante no meu ombro.

Eu tropecei.

Meu pai avançou, não em direção a Heitor, mas talvez para pegar uma arma, ou para correr.

Outro estalo.

Mais alto. Mais perto.

A arma de Heitor estava na mão. Fumegando.

Meu pai caiu.

Seus olhos, arregalados de choque, encontraram os meus por um segundo.

Depois, nada.

"Não!", gritei, tentando alcançá-lo.

Heitor agarrou meu braço bom.

"Ele se foi, Alana." Frio. Profissional.

"Levem-na para interrogatório", ele ordenou a alguém atrás de mim.

Mãos me puxaram para longe.

"Nosso amor?", engasguei, encarando o homem com quem eu deveria me casar.

"Algo foi real?"

Ele finalmente olhou para mim, seu rosto uma máscara.

"Foi uma operação, Alana. Nada mais."

            
            

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