Um Jogo Perigoso de Amor
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Capítulo 6

A Agente Ramires, surpreendentemente, encontrou uma pequena sala estéril para eu esperar.

Ela até me trouxe uma toalha e uma garrafa de água.

"Você está um caco", disse ela, sem maldade.

Através das paredes finas, ouvi uma mulher chorando.

Gritando, na verdade.

"Meu filho... levaram meu filho... Espinho Escarlate... eles o forçaram..."

As palavras eram engasgadas, cruas com uma dor que eu não conseguia imaginar.

Espinho Escarlate. O nome soava maligno.

Ramires viu minha expressão.

"Vítima do cartel", disse ela, sua voz tensa. "O filho dela foi forçado a ser mula e teve uma overdose com o produto novo. É isso que seu pai vendia, Alana."

Meu pai?

Agarrei a pequena bússola de prata manchada que minha mãe sempre carregava.

Estava em seus pertences, devolvidos a mim após o "acidente".

Lembrei-me de suas palavras, anos atrás, quando ela me deu para uma viagem de acampamento.

"Isso sempre vai te guiar, Alana. Mesmo no escuro."

O funeral. Tão apressado. Meu pai, estoico, mas seus olhos... assombrados.

Ele insistiu em um caixão fechado.

"Melhor lembrá-la como ela era", ele disse.

A bússola parecia pesada na minha mão.

Mexi no fecho. Estava duro.

Ele se abriu com um clique.

Mas não o mostrador da bússola. Um pequeno compartimento escondido na lateral.

Meu coração martelava.

Dentro, um minúsculo, quase microscópico, pen drive.

Tive um pesadelo naquela noite.

Minha mãe, perdida na mata, chamando meu nome.

"Escorpião... O Chefe... eles sabem..."

Sua voz, desaparecendo.

Acordei, ofegante.

Eu tinha que falar com Heitor.

Procurei meu celular, o número dele já apagado, mas gravado na minha memória.

Bloqueado. Ainda bloqueado.

Liguei para a linha principal da PF.

"Preciso relatar novas informações", disse à operadora, minha voz tremendo. "Sobre o Senador Reis. E minha mãe."

                         

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