Um Jogo Perigoso de Amor
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Capítulo 4

Eles me liberaram do hospital com um guarda.

Levaram-me para uma sede da Polícia Federal.

Heitor estava lá, de pé perto de uma parede coberta de fotos. Agentes caídos.

Ele parecia cansado.

Seu terno sob medida havia sumido, substituído pelo traje padrão de um agente.

"Alana." Ele não encontrou meus olhos.

"Encontraram um cofre. Do seu pai. Tem seu nome nele também."

Ele me entregou um formulário.

"Você vai precisar de um advogado. O conteúdo é... substancial. E ilegal."

Sua voz era seca. Profissional.

Como se estivesse falando com uma estranha.

"Heitor, por favor", implorei, minha voz tremendo. "Olhe para mim. Não houve nada? Nenhum momento?"

Ele finalmente se virou, seus olhos vazios.

"Era o meu trabalho, Alana."

Ele se afastou.

Lembrei-me de persegui-lo por meses quando nos "conhecemos".

Ele era o empresário charmoso, sempre educado, sempre distante.

Eu tinha feito papel de boba, mandando flores, "acidentalmente" esbarrando nele.

Então, a festa de gala de caridade. Do meu pai.

Eu fui desajeitada, tropecei perto da piscina, quase caí.

Ele me segurou. Mãos fortes.

Meu vestido rasgou. Ralei feio o joelho.

Sangue por toda parte.

Ele me carregou para dentro, seu rosto uma estranha mistura de preocupação e irritação.

"Você é sempre tão imprudente?", ele perguntou, sua voz mais áspera que o normal.

Havia sangue em sua camisa cara.

Eu, delirando de dor e da proximidade dele, soltei: "Só quando estou tentando chamar sua atenção. Você ao menos gosta de mim, Heitor Bastos?"

Ele me encarou por um longo momento.

Então, um suspiro. Ele se inclinou e beijou minha testa.

"Sim, Alana Reis. Eu gosto de você. Mas você vai se arrepender disso."

"Nunca", sussurrei, tonta de triunfo.

"Se um dia se arrepender", ele disse, sua voz suave, quase um aviso, "me diga. Eu... eu te ajudo a consertar."

Uma promessa.

Agora, de pé nesta fria sede da PF, sussurrei, tão baixo que só eu podia ouvir: "Eu me arrependo, Heitor. De cada segundo."

            
            

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