- Amanhã quero uma reunião coletiva com a equipe de produção. Essa empresa está de mal a pior - me levantei, e antes de sair disse - o erro está na página 3, se vão usar relatórios antigos pelo menos se dão o trabalho de me enganar direito.
Saí, Aline veio correndo logo atrás de mim.
- Amanhã logo nas primeiras horas quero todos reunidos, na quintafeira temos uma reunião com o presidente - parei e me virei para ela- Quero que todos os departamentos comandados por mim têm êxito, se ao menos um só falhar, de noite tu pagas.
O rosto da mulher ficou vermelho.
- Sim senhor Collins.
Andei até ao elevador e todos os olhares estavam sobre mim, a minha aparência não ajuda eu sei, mas a minha personalidade eu sei que irrita muito, muita gente.
Duas mulheres na recepção estavam a cochichar alguma coisa assim que viram sair do elevador. Meu terno impecável transmite a mensagem que sempre quis... não chegue perto demais.
Ser albino tem suas vantagens, principalmente se for apenas no cabelo.
Cabelos brancos costumam chamar muita atenção, em jovens principalmente.
- Senhor Collins! O seu carro.- falou o garagista.
- Obrigado.- entrei em um Bugatti La Voiture Noire, um dos carros mais exclusivos e caros já produzidos no mundo.
Um design elegante, agressivo e totalmente preto, com linhas fluidas e aerodinâmicas. Seu nome significa "O Carro Preto" em francês.
Um motor W16 quadriturbo de 8.0 litros com 1.500 cv e 1.600 Nm de torque. Acelera de 0 a 100 km/h em cerca de 2,4 segundos.
Interior é luxuoso, artesanal, feito com materiais nobres e tecnologia de ponta.
Unidade única. Apenas uma unidade foi fabricada, tornando-o um carro de coleção raríssimo.
Status extremo. Representa o auge do luxo, exclusividade e performance. Seu valor acima de US18 milhões.
Símbolo de poder. Mais do que um carro, é uma obra de arte automotiva, demonstrando que o dono está entre os mais ricos e seletos do planeta.
Ter esse carro é como ter um diamante negro sobre rodas, que tenho... sem pedir permissão a ninguém.
Todas as tardes tenho uma obrigação a cumprir, a única condição para permanecer em liberdade é levar vida normal que tenho. Não me agrada.
Não gosto
Mas estou aqui.
- Senhor Collins, vejo que chegou cedo- falou Ayla, a minha psicóloga.
- Podemos começar? Estou com pressa.
- Tudo bem! Vejo que não tem muita paciência como sempre- murmurou a mulher loira, de 28 anos.- podemos começar desde onde paramos da nossa última sessão?
- Mudamos o assunto, não quero falar sobre isso- falei de forma séria.
- Precisamos senhor Collins, afinal esse ainda é o motivo pelo qual te trás cá todas as segundas-feiras.
- Na verdade não é esse o motivo- meus olhos vagueavam pelo corpo da mulher jovem a minha frente. - Tenho outros incentivos para estar aqui- minha voz saiu, o mais claro e transparente que podia.
- Temos uma relação estreitamente profissional senhor Collins, agora não é o momento.- Ayla olhou para mim, e baixou os óculos até a ponta do nariz.
- Sempre podemos abrir uma excessão, não?
- Ainda temos 45 minutos, vamos falar do que interessa que tal? - desviou o olhar para o meu corte na mão esquerda.- vamos falar desse corte. Foi alguma nova tentativa de raiva?
- Não!
- Devil .
- Não foi! Eu estava a tentar fazer alguma coisa e me cortei, não teve nada...
- E esse...- Ayla tentou puxar outro assunto de mais uma cicatriz visível em meu corpo. Mas eu logo a cortei.
- Sempre começas assim, com as que podes ver e depois terminas com que sinto, não quero falar daquelas pessoas.
- Mas é necessário!
- Tão necessário quanto respirar aposto! Mas não é obrigatório.
Não, nada é.
- Podemos falar sobre qualquer outra coisa?
- Do que quer falar? Conta-me tudo o que quiser, estarei aqui para o ajudar.
- Hoje a Bianca foi até ao meu escritório e... - Deixa-me adivinhar? Transaram?
- Foi só um boquete.
- Ainda conta como transar.
- Não teoricamente! Gozei na boca dela e não dentro. E tu sabes o que penso acerca disso- falei.
- Uma vez cafajeste, sempre cafajeste.- murmurou ela. Enquanto anotava alguma coisa na minha ficha.
- Que um dia tu já amaste - retruquei.
- Quer mesmo falar sobre o passado? Me conta sobre o passado que tanto te assombra.
Me calei, sabia que se abrisse a boca para responder, falaria mais do que fosse preciso.
Ayla sabia o que tinha acontecido perfeitamente e mesmo assim queria me torturar com isso.
- O que pensa que está fazendo ?
- Quero te ajudar a se libertar disso, um dia vais precisar falar comigo ou qualquer outra pessoa.
- Não se preocupa! Quando esse momento chegar, vai simplesmente acontecer sem precisar dessa toda burocracia.
- Devil .
- Te espero essa noite em casa, sabes a senha- me levantei.
- Ainda temos 40 min senhor Collins.
- Para mim terminou.
- Por que me fazes perder tempo se nunca vais te abrir comigo? - perguntou, parecia insatisfeita.
- Sou o teu melhor cliente, e ambos sabemos que se não fosse o pelo senhor Ricardo, eu não estaria aqui. - saí, deixando ela sentada.
A raiva e os pensamentos possessivos são a minha única companhia, não conheço uma outra forma de pensar se mais com raiva, ou de viver se não obsessivo por alguma coisa, e nesse momento o meu trabalho é a minha maior obsessão, viciado talvez.
Voltei para o escritório e entrei no elevador, quando chegue em minha sala, me deparei com uma pilha de Documentos para analisar e não só.
Como diretor executivo a pedido de Ricardo, tenho mais trabalho do que deveria, tanto que nem percebi o tempo passar e já eram 22h, Aline bateu a porta e entrou logo em seguida. Caminhou até mim e sentou-se em meu colo.
- Achei que já tinha ido embora.- disse, minha voz estava mais grave do que queria.
- Depois do que eu vi hoje, também quis apagar o enorme fogo que há em mim.
- Quer a minha ajuda?
- Não conheço mais ninguém que possa fazer isso por mim, senhor Collins.- Aline é uma mulher muito atraente, seu corpo tem curvas que deixam todo homem desejando.
- Agora estou trabalhando.- retruquei.
- Assim eu não consigo dormir, e o senhor sabe como eu fico quando estou com insónia- seus lábios estavam muito próximos ao meu ouvido.
- Sei, e eu adoro. - sussurrei antes de a beijar.
Minhas mãos deslizam pelo seu corpo, minha ereção está aposto e entre suas pernas, minhas mãos estão em sua intimidade. - Molhada...
- A culpa é sua, chefinho. - falou dentro dos gemidos.
- Eu amo ser o culpado, só me deixa com mais vontade de socar forte em ti e nessa maravilha que tens entre as pernas.
Rasguei as meias que ela usava, subi a sua saia tirei sua blusa, ela estava ofegante só com o beijo e sabia o que lhe esperava. Tirei-lhe o sutiã com mesma facilidade com que se respira, sua calcinha preta foi brutalmente rasgada, liberando a passagem de sua intimidade.
- Victoria Secret não é? Depois eu compro outra para ti- sussurrei em seu ouvido já com o meu membro deslizando sua intimidade, seu peito arfava e para mim isso é a minha maior satisfação.
- Pára com isso e me coma logo- suplicou ela.
- Menina impaciente, agora vais esperar, e implorar mais um pouco.
Deslizei o meu membro pela sua intimidade, mas não introduzi, querendo que suplicasse ou implorasse ainda mais por ele.
- Senhor Collins, eu imploro, não faz isso comigo.
Eu sorri no canto da boca.
- Assim não princesa, ajoelha-te- falei no seu ouvido- já.
Aline obedece, de joelhos ela passou os seus lábios pelo meu membro, se deliciando dele. De olhos fechados eu me permitia sentir tudo quanto fosse possível. Levantei ela e a coloquei de joelhos sobre a minha cadeira.
Introduzi, sentindo o quão apertada ela estava. Quente, deliciosa.
Foram duas horas de muito prazer até finalmente gozar em sua boca.
Linda menina- sussurrei.
Ela foi até ao banheiro se lavar e vestir. Estava sentado quando vi ela sair, com o típico olhar de inocente.
- Está tarde senhor! Eu vou para casa.- falou se dirigindo até a porta.
- O meu motorista está esperando por você lá embaixo- falei desviando o olhar para os documentos em minha mesa.
Aline ficou parada como se quisesse dizer alguma coisa mas não disse nada.
- Sim senhor - respondeu e saiu.
Parei de trabalhar e me joguei na cadeira, olhei para o teto, aquele dia tinha começado.
Olhei para o relógio e já era meia noite.