Pretexto Mais-Que-Perfeito
img img Pretexto Mais-Que-Perfeito img Capítulo 5 A entrevista
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Capítulo 6 Primeiro dia de trabalho img
Capítulo 7 O novo vice-presidente: Zayn img
Capítulo 8 A mulher da lingerie img
Capítulo 9 Kira Collins img
Capítulo 10 A assistente de Kira img
Capítulo 11 Momentos antes de chegar até a sala. img
Capítulo 12 Um amigo apaixonado img
Capítulo 13 Um novo amigo img
Capítulo 14 Uma nova sombra img
Capítulo 15 Diabo img
Capítulo 16 Uma nova obsessão img
Capítulo 17 Senhor B img
Capítulo 18 Um sentimento estranho img
Capítulo 19 A psicóloga... a ex... a ficante. img
Capítulo 20 O luar branco img
Capítulo 21 Deixar de pensar na tentação img
Capítulo 22 O primeiro beijo dela img
Capítulo 23 O presidente de volta img
Capítulo 24 A Boate img
Capítulo 25 A traição de Ray img
Capítulo 26 O susto img
Capítulo 27 Uma terapia impensável img
Capítulo 28 A aproximação img
Capítulo 29 Plano ser seu marido: em ação. img
Capítulo 30 Dentro do jogo img
Capítulo 31 Um motivo de ciúmes img
Capítulo 32 O passo para o limite img
Capítulo 33 Onde ninguém mais ousou entrar img
Capítulo 34 Noite de menina VS Eles img
Capítulo 35 Um rolo estranho img
Capítulo 36 O pedido de casamento img
Capítulo 37 O acidente img
Capítulo 38 A confissão img
Capítulo 39 Ela voltou img
Capítulo 40 o aviso perigoso... de Devil img
Capítulo 41 Sem memórias img
Capítulo 42 O noivo img
Capítulo 43 A perfeição entre as pernas img
Capítulo 44 O casamento sem memória. img
Capítulo 45 Louco e... img
Capítulo 46 Apaixonado img
Capítulo 47 Ele matou o próprio pai img
Capítulo 48 Casamento é mais que uma cerimônia img
Capítulo 49 Reconciliação digna de Devil img
Capítulo 50 Você é mesmo meu marido img
Capítulo 51 Srª Collins img
Capítulo 52 Tia mãe img
Capítulo 53 Eu te amo, Devil img
Capítulo 54 A visita a casa dos Scott img
Capítulo 55 Você dormiu com a minha noiva img
Capítulo 56 Grécia img
Capítulo 57 Vamos ter um filho img
Capítulo 58 Elira de volta a empresa. img
Capítulo 59 O mundo agora sabe... img
Capítulo 60 O ninho de cobras. img
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Capítulo 5 A entrevista

|Elira|

- Sim! Eu não sabia que a tia Laila tinha um apartamento.

- Ela viveu aqui durante 4 anos, mas depois o dono vendeu o prédio, ela soube que alguns apartamentos também estavam a venda, comprou.

O porteiro abriu a porta, fui recebida por um ambiente acolhedor e surpreendentemente bem aproveitado. A luz quente dos abajures criava um clima calmo, e o aroma de madeira misturado com algo floral no ar me deu uma sensação imediata de lar. À minha esquerda, um sofá cinza com almofadas amarelas vibrantes chamava atenção - simples, mas convidativo. A pequena mesa de centro, com frutas e flores frescas, parecia saída de uma revista.

Meus olhos subiram naturalmente pela escada de madeira até o mezanino. Lá em cima, uma cama bem arrumada e um espaço de trabalho junto à janela, onde a chuva batia suavemente, me fizeram imaginar noites tranquilas e produtivas. O pé-direito alto e a parede de vidro deixavam tudo mais amplo do que eu esperava.

Cada canto tinha um detalhe pensado. Era compacto, mas não apertado.

Era moderno, mas com alma. Senti que poderia morar ali.

- Parece que começou a chover- falou o Jonas.

- A vista ficou ainda mais linda- sussurrei.- por quê a casa parece que nunca esteve fechada?

- Esteve! Mas antes que te mudasses a Freira Laila pediu que tratasse de tudo- falou o velho.

- Não sabia disso.

- A sua tia ama muito você- falou o Jonas - Agora preciso ir, está ficando tarde e tenho que pegar os meus filhos.

- Eu também vou descer, se precisar de alguma coisa é só ligar, tem uma lista telefônica de todos os serviços do prédio que precisar, e o meu é o primeiro deles.

- Obrigada pela ajuda - agradeci.

- Disponha! Vais te sair bem menina Evans- falou o Jonas.

- A propósito eu me chamo Bernard - falou o porteiro antes de fechar a porta.

E assim que ela se fechou, um medo invadiu o meu peito. Tinha dinheiro suficiente e uma casa onde morar! Não me deixava mais a vontade.

Ainda não tinha comprado um celular, mas tinha um telefone fixo, liguei para o escritório da Madre superiora. Mas quem atendeu foi a minha tia.

- Elira! Chegou bem? - perguntou ela ao atender.

- Sim tia! A sua casa é linda - fiz uma pausa longa, sentindo uma dor em meu peito- porquê não me contou nada disso antes?

Essa casa é sua agora meu amor - falou- a geladeira está cheia, tens dinheiro suficiente em teu cartão, e não te esqueças da entrevista amanhã de manhã.

- Não vou me esquecer tia!

- Pronto! Agora vai descansar, amanhã depois da entrevista, compra um celular, entendido?

- Porquê a senhora me deixou vir se está preocupada assim.

- Me preocupa muito te deixar assim sozinha. Mas não é nada de outro mundo, agora vá descansar.

A chamada encerrou.

Subi as escadas onde vi o pequeno guarda-roupa. Desfiz as minhas malas e as guardei por baixo da cama.

Me deitei e ela é muito confortável, em pouco tempo adormeci.

Na manhã seguinte, os raios de Sol atravessaram pela janela de vidro, do alto eu vi a rua linda, já com pessoas e carros passando, o clima estava úmido e com cheiro de recomeço, tomei o meu banho e comi o meu pequeno almoço.

Os raios de Sol tinham sumido o céu ficou nublado.

Coloquei o vestido mais lindo do meu guarda-roupa, e umas sandálias rasas. Com os cabelos soltos agarrei a minha bolsa e fui pegar o elevador.

Na portaria, o senhor B estava a organizar alguma coisa.

- Bom dia senhor B - falei animada.

- Bom dia menina Elira- falou ele, retribuindo o sorriso.- Onde vai de manhã tão cedo?

- Tenho uma entrevista de emprego, é uma empresa grande, tenho medo de fazer asneiras.

- Vai correr tudo bem menina!

- Obrigada senhor B - falei e logo saí.

Peguei um táxi e dei o endereço. Em 13 minutos chegamos.

- O senhor tem certeza que é aqui? - olhei para o enorme edifício. - Sim senhorita, essa é uma das empresas mais importantes dessa cidade, e mais famosa também.- falou o motorista.

- Está bem. Muito obrigada.

Me aproximei com o queixo levemente erguido, incapaz de desviar o olhar daquela estrutura imponente. Era como se o prédio dançasse para o céu - torcendo-se com elegância, desafiando tudo o que eu conhecia sobre arquitetura. Os vidros refletiam o azul escuro de um céu nublado, enquanto a malha triangular que cobria a fachada parecia prender o próprio vento.

Senti-me pequena diante daquela espiral de engenharia e ousadia. Era mais que um prédio era uma declaração. Cada andar, visível através da curva exposta, parecia uma página de um livro moderno, contando a história de uma empresa que não tinha medo de subir diferente.

Ao me aproximar das portas de vidro, o reflexo me devolveu com olhos arregalados. Coração acelerado. Estava prestes a entrar não só em um edifício, mas em outro nível de ambição e inovação. A cidade ao redor parecia desacelerar. E eu, parada ali, sabia: nada mais seria igual depois de cruzar aquela entrada.

Ao cruzar as portas de vidro, fui imediatamente engolida por um silêncio elegante - o tipo que só espaços grandiosos conseguem oferecer. O pé-direito altíssimo parecia infinito, como se o teto flutuasse acima de mim.

Tudo era luz: suave, branca, refletida no mármore impecável sob meus pés.

O ar era fresco, perfumado com algo sutil, talvez lírios. O som dos saltos e passos se perdia no espaço amplo, enquanto a recepção à frente, com seu balcão escuro e flores vivas, parecia uma ilha em meio à sofisticação.

À direita, árvores altas se alinhavam como sentinelas dentro de vasos minimalistas. À esquerda, uma escultura fluida nas paredes dava movimento à rigidez elegante da arquitetura. Era moderno, limpo, impecável.

Eu me senti pequena, mas não fora de lugar - como se aquele espaço estivesse pronta para me receber, me desafiar... ou me transformar.

Eu podia sentir o meu pequeno coração acelerado, por alguns momentos esqueci-me de como era respirar, estava entusiasmada, mas com medo também.

Fui até a recepção, onde estavam dois homens conversando.

- Bom dia! Eu sou a Elira Evans, estou aqui para uma entrevista de emprego.

Um deles sorriu para mim e apontou para os elevadores.

- O RH fica no 2º andar! Por favor, me acompanhe.- ele saiu por de trás do balcão e me dirigiu até lá.

Ao chegar bati a porta e ouvi a voz de uma mulher.

- Pode entrar- falou.

Minhas mãos estavam suadas e tremendo, a minha vida toda foi dentro de um convento, escolas de madres e universidade cristã, não tenho muita experiência com o atual momento em que me encontro.

- Senhorita Evans? - perguntou a mulher logo que entrei.

- Sim! Sou eu- respondi, entregando-lhe o meu currículo. A mulher recebeu e começou a ler.- impressionante, estudou em uma universidade católica? E saiu com as melhores notas? Meus parabéns.

- Muito obrigada senhora... - Sandra, me chamo Sandra.

- Muito obrigada senhora Sandra.

Mas não tem nenhuma experiência de trabalho?

- Sim! Eu cresci em um convento, logo que terminei os estudos enviei o meu currículo para cá.

- Sentimo-nos lisongeado pela escolha. A senhora Collins precisa de uma nova assistente. Estaria disposta a começar por aqui?

- Sim senhora - respondi animada.

- Será apenas por 6 meses, depois disso, será transferida para sua área de formação.

- Sim senhora, eu agradeço a oportunidade.

- Pode começar amanhã, mas antes...- ela reparou em mim, debaixo pra cima- precisa mudar o seu vestuário.

- O que tem o meu vestuário? - Me reparei.- eu me olhei no espelho antes de sair de casa.

Ela sorriu antes de falar.

- A senhora Collins é muito rigorosa quanto a apresentação.

- Sem problemas, eu trato disso.

Depois de sair do seu escritório, entrei no elevador e me deparei com uma mulher linda de cabelos pretos. Usava um vestido justo vermelho, nos lábios um batom da mesma cor e o cabelo preso em um rabo de cavalo perfeito. Ela parecia a própria elegância andante.

                         

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