O CEO vai implorar pelo amor da esposa desprezada
img img O CEO vai implorar pelo amor da esposa desprezada img Capítulo 7 Sete
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Capítulo 10 Dez img
Capítulo 11 Onze img
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Capítulo 7 Sete

Eduardo

A casa estava mergulhada em silêncio quando Eduardo entrou. O brilho dos refletores do evento ainda ardia em seus olhos, mas ali, no espaço vazio da sala, tudo parecia opaco, morto.

As paredes elegantes da mansão pareciam mais frias do que nunca. O silêncio, que sempre fora sinônimo de ordem, agora tinha um peso estranho. A ausência dela reverberava em cada canto. Nenhum salto ecoando pelo mármore, nenhum perfume suave misturado às flores da mesa de centro. Apenas o nada.

Foi direto para o quarto que dividira nos últimos três anos com Vivian. Sempre que ela estava de birra, se recolhia ali para chorar. Mas, desta vez, não havia ninguém - apenas o vestido que ele havia encomendado meses antes, agora amassado sobre a cama, como um insulto mudo. Ao lado, um envelope.

O nome dele estava escrito em caligrafia precisa - a mesma que já traçara bilhetes apaixonados, lembretes carinhosos e até pequenas declarações em guardanapos deixados ao lado do café da manhã.

Ele não precisou abrir para saber o que era. Mesmo assim, rasgou o papel com violência.

A palavra saltou como um soco no estômago: Divórcio.

As páginas seguintes, cheias de termos jurídicos e cláusulas calculadas, ele sequer se deu ao trabalho de ler. Jogou tudo de volta sobre a mesa, o olhar endurecido.

- Interessa pra quem - rosnou, amargo, como se pudesse cuspir fora a mágoa.

Pegou o telefone. Assim que Marcos atendeu, a ordem saiu mais ríspida que de costume:

- Tem um documento em casa. Amanhã, na primeira hora, leve ao advogado.

- Sim, vice-presidente. Estou enviando para o senhor as imagens das câmeras de segurança do hotel. Algo parece ter acontecido com a senhora...

- Esqueça. Não me interessa o que aconteceu com Vivian. E a partir de agora, não a chame mais de senhora Braga. - cortou o assistente com fúria, sentindo a própria voz ecoar vazia no quarto.

O silêncio voltou a se impor. Eduardo soltou o ar, pesado, como se cada palavra dita tivesse arrancado algo de dentro dele.

Abriu uma garrafa de uísque e se deixou afundar na poltrona. O líquido queimava a garganta, mas não o bastante para apagar as imagens que vinham à mente.

Vivian no altar, os olhos marejados, prometendo ficar ao lado dele "por toda a vida".

Vivian rindo no jardim da casa de campo, segurando sua mão e repetindo que nada poderia separá-los.

Vivian no hospital, depois da cirurgia de apendicite dele, jurando que preferia que a dor fosse dela.

- Mas que grande atriz, ela sim faria sucesso atuando em filmes.

Ele girou o copo entre os dedos, observando a luz refletir no âmbar do uísque, e uma raiva surda lhe subiu à garganta.

No fundo, ele sempre soubera. Não passava de uma mentira bem ensaiada. Amor? Não. Estratégia. Ela cumprira o tempo mínimo necessário do contrato pré -nupcial - três anos exatos - e agora partiu com a recompensa em mãos.

Eduardo engoliu outro gole, mais forte, e riu sem humor.

- Sempre interesseira. Sempre calculista. - murmurou, deixando o copo bater com força contra a mesa.

O telefone vibrou sobre a madeira. Por reflexo, ele pegou com pressa, mas uma pontada de decepção o atingiu ao ver o nome no identificador: Elisa.

Desligou antes mesmo de atender. Não estava no humor para ouvir a voz melosa dela, nem suas tentativas de provocá-lo.

            
            

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