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Ensina-me
img img Ensina-me img Capítulo 2 Preciso de uma governanta
2 Capítulo
Capítulo 8 Contrato ! img
Capítulo 9 Uma dança img
Capítulo 10 Boa garota img
Capítulo 11 A zona de conforto img
Capítulo 12 Almoço de noivado img
Capítulo 13 Desculpinha esfarrapada img
Capítulo 14 O que você quer img
Capítulo 15 Surpresinha img
Capítulo 16 Antecipando img
Capítulo 17 Top-model-atrevida-e-de-gosto-duvidoso img
Capítulo 18 Ele não quer img
Capítulo 19 Outro Lado img
Capítulo 20 Mariposa e Lamparina img
Capítulo 21 Vestido de noiva img
Capítulo 22 Chá e comprimido img
Capítulo 23 Atestado de insanidade img
Capítulo 24 Happy hour img
Capítulo 25 Decadente img
Capítulo 26 Procure seu noivo img
Capítulo 27 Amizade img
Capítulo 28 Traduzindo img
Capítulo 29 Dia de folga img
Capítulo 30 Conselho img
Capítulo 31 Cinco img
Capítulo 32 Lista img
Capítulo 33 Ele entendia img
Capítulo 34 O Salvador img
Capítulo 35 Tratamento de choque img
Capítulo 36 Por Nathaniel img
Capítulo 37 Prove img
Capítulo 38 Dê uma chance img
Capítulo 39 Exposição img
Capítulo 40 Não me encaixo img
Capítulo 41 Deixe-se envolver img
Capítulo 42 Borboletas azuis img
Capítulo 43 Homem sortudo img
Capítulo 44 Força bruta img
Capítulo 45 Jasmine img
Capítulo 46 Negociável img
Capítulo 47 Vida vazia img
Capítulo 48 Guerreira img
Capítulo 49 Não se apaixone img
Capítulo 50 A vida é sua img
Capítulo 51 Entre Leões img
Capítulo 52 Ama mesmo img
Capítulo 53 Fantasma ! img
Capítulo 54 Aprenda img
Capítulo 55 Teste do sofá img
Capítulo 56 Anomalia img
Capítulo 57 Suponhamos img
Capítulo 58 É injusto, amor img
Capítulo 59 Colecionador de mulheres img
Capítulo 60 Seu corpo é maravilhoso img
Capítulo 61 Muito bem ! img
Capítulo 62 Passeio img
Capítulo 63 Homens de sorte img
Capítulo 64 Não confirmei img
Capítulo 65 Última noite img
Capítulo 66 Bungee Jump img
Capítulo 67 Justiça img
Capítulo 68 Tire fotos img
Capítulo 69 Perfeita img
Capítulo 70 Topa img
Capítulo 71 Quando é verdadeiro img
Capítulo 72 Não quero brincar sozinho img
Capítulo 73 Marido de Aluguel img
Capítulo 74 Novas aulas img
Capítulo 75 Faça amor comigo img
Capítulo 76 Líder img
Capítulo 77 Proteger o território img
Capítulo 78 Vibrante tom vermelho img
Capítulo 79 Eu te amo img
Capítulo 80 Não é uma aula img
Capítulo 81 Todas as noites img
Capítulo 82 Sou todo seu img
Capítulo 83 Primeira vez img
Capítulo 84 Belo espetáculo img
Capítulo 85 Beijo Roubado img
Capítulo 86 Fora de cogitação img
Capítulo 87 Duas caixas img
Capítulo 88 Incômodo img
Capítulo 89 Minha fama img
Capítulo 90 Meu presente será você img
Capítulo 91 Ciúmes img
Capítulo 92 Passem a noite img
Capítulo 93 Seu amigo img
Capítulo 94 Se houvesse a possibilidade img
Capítulo 95 Causa perdida img
Capítulo 96 Pare de fugir img
Capítulo 97 Turbilhão img
Capítulo 98 Desculpas descabidas img
Capítulo 99 Não é tão simples... img
Capítulo 100 Me dê algum crédito img
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Capítulo 2 Preciso de uma governanta

Massageando a têmpora na esperança de amenizar as pontadas na cabeça, Simon ouvia entediado o que a mulher sentada a sua frente de microvestido azul dizia. A voz dela era irritante, o constante cruzar e descruzar de pernas eram irritantes e as caras e bocas também. Tudo nela o irritava, mas o principal era perder seu precioso tempo para entrevistá-la quando era óbvio que ela desejava um cargo maior que governanta.

Era evidente no sorriso exagerado, por fingir pudor, ao puxar devagar a barra do vestido ultrajusto para cobrir - obviamente sem sucesso - as coxas grossas e no modo como se inclinava por qualquer motivo, oferecendo uma bela visão dos seios fartos.

Cerrou os olhos por um instante, irritado com a oitava vez que ela cruzava e descruzava vagarosamente as pernas desde o começo da entrevista. Presumia que assistiu Instinto Selvagem demais.

Não era a primeira entrevistada a se insinuar descaradamente. Em outra situação, Simon até aceitaria o convite. No entanto, por bom senso, não contrataria uma mulher para fazer hora extra em sua cama. Jamais teria sexo casual com alguém que possuísse acesso total a sua casa e, num acesso de raiva, colocasse fogo em tudo.

No momento, só queria alguém para manter o apartamento em ordem, as roupas limpas e organizadas no armário, e garantir que, ao voltar do trabalho ou da balada, houvesse algo para comer. Um desejo simples, mas, aparentemente, impossível.

- O senhor pode ter certeza que realizarei todas as suas fantasias - ela insinuou, passando a língua pelos lábios.

Certo! Instinto Selvagem era sofisticado demais para ela. Devia copiar aqueles gestos de algum pornô barato.

- Senhorita Moraes, procuro uma governanta, não uma... - freou a vontade de dizer transa e se levantou. - Agradeço sua presença. Se for a escolhida, ligarei esta semana. - "O que nunca vai ocorrer", completou mentalmente ao seguir até a porta do apartamento e a escancarar. - Tenha um bom dia!

- Pode chamar de Nanda - ela pediu se aproximando. - Aguardarei ansiosa sua ligação, Simon.

Perguntou-se quando deu intimidade para que ela ronronasse seu nome e o beijasse no rosto - e isso porque desviou o rosto.

- Nova namorada, filho? - A distinta voz feminina às suas costas o fez estremecer até os fios de cabelo.

Virou-se e observou sua mãe, Mirela Salvatore, elegante em um conjunto branco de saia lápis, camisa de manga longa e scarpin, aproximando-se. Um anjo perverso de perspicazes olhos negros fitando ele e a jovem ao seu lado com escancarado interesse.

- Não, mãe - respondeu temendo a interpretação errônea. - Acabei de entrevistá-la para a vaga de governanta.

- Mesmo? - Mirela olhou a mulher de cima a baixo, sorriu e comentou sarcástica: - Na minha época, governantas usavam mais roupa e não deixavam marcas de batom no rosto do futuro patrão. - Ignorando o palavrão de Simon, proferido após passar a mão na bochecha e ver os dedos tingidos de vermelho, completou mordaz: - Novo tempo, novas atitudes. Qual seu nome, minha jovem?

- Fernanda Moraes.

- Fernanda. Belo nome.

Mirela supôs que deixou evidente seu desagrado, pois a mulher se despediu rapidamente deixando-a sozinha com seu filho metido a conquistador. Assim que Simon fechou a porta, perguntou:

- Vai contratá-la? Não me intrometo na sua vida... Digamos, intensa. Mas contratar uma mulher que deseja ser mais que uma funcionária é um perigo - avisou seguindo-o pela sala. - Logo ela vai querer um anel de diamantes e um polpudo acordo de divórcio.

- Não se preocupe. Não pretendo contratá-la, nem me casar com quem quer que seja - apressou-se a acrescentar.

Mirela franziu o cenho.

- Que bom que ainda tem bom senso. Mas espero que mude de ideia quanto a casar.

- Hum... - Simon massageou a têmpora com mais força. Quando Mirela enveredava pelo assunto casamento a conversa não tinha fim.

- Logo terá trinta anos. Precisa pensar em casamento, filhos, um lar - repetiu o desagradável mantra aos ouvido do filho, completando taxativa: - Preciso de netos.

- Faltam três aniversários para meus trinta anos - resmungou. - E o Alessandro te deu dois netos.

- Simon Salvatore, só porque seu irmão tem filhos não significa que não espero que também os tenha - ela retrucou sentando no sofá macio. Arrumou as roupas e o cabelo liso, perfeitamente tingido de preto, antes de cravar o olhar reprovador no filho caçula. - Precisa de uma boa moça para constituir algo mais duradouro que relações relâmpagos.

Simon revirou os olhos, cansado de ser retratado como o filho irresponsável que morreria sem deixar herdeiros. Por um lado entendia sua mãe. Orfã aos dez anos, Mirela passou longos anos em um orfanato, sem o calor de uma família. Sempre que falava desse tempo era com a tristeza da perda dos laços familiares e das sucessivas rejeições devido à idade. A alegria só retornava ao recordar como conheceu o marido e juntos formaram a família de seus sonhos.

Ela prezava a família. Prático, Simon prezava a si próprio.

- Sabe o que realmente preciso? - questionou, jogando-se no sofá, de frente para sua mãe. - Preciso de uma governanta discreta, organizada, confiável, que more no meu apartamento sem me atacar durante a noite - enumerou, deslizando a mão pela face esgotada devido o fracasso com às dezenas de mulheres entrevistadas. - Mas parece que essa pessoa não existe.

- Conheço a mulher perfeita, querido - ouviu da matriarca.

Ignorando o enorme sorriso na face de Mirela, o que normalmente representava uma ideia carregada de segundas intenções, Simon respondeu sem pensar:

- Contrate-a.

Era tudo o que Mirela necessitava para entrar em ação. Levantou-se e marchou até a porta.

- Aonde vai?

- Falar para Carlos preparar o contrato da sua nova governanta. À noite virei apresentá-la, querido - comunicou alegremente antes de sumir porta afora.

Alarmado ao ouvir o nome do advogado da família, Simon correu atrás dela. Mas não deu tempo. A porta do elevador se fechou, com Mirela acenando em despedida.

De repente foi tomado por uma inquietação e se perguntou se tomou a decisão certa.

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