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Da Noiva Indesejada à Rainha da Cidade
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Capítulo 8

POV Sofia Almeida

Dor e silêncio definiram as quarenta e oito horas seguintes.

Permaneci no porão, subsistindo de pão velho e água morna porque me recusei a rastejar até a cozinha e implorar.

Na manhã da minha partida, minha mãe desceu as escadas.

"Vamos jantar fora", disse ela, sua voz desprovida de calor. "Uma demonstração de unidade antes do casamento. Você vem."

"Mal consigo andar", grasnei.

"Não me importa se você tiver que se arrastar pelo chão", ela retrucou. "Dante insiste. Ele quer ter certeza de que você entende o seu lugar antes de ir."

Eles me forçaram a usar um vestido com as costas altas para esconder as bandagens.

Pegamos o comboio. Três SUVs pretas.

Dante e Isabela estavam no carro da frente. Meus pais estavam no segundo. Fui relegada ao terceiro, flanqueada por dois guarda-costas que me olhavam como se eu fosse contagiosa.

O comboio abriu caminho em direção a uma churrascaria no centro.

Olhei pela janela. A cidade passava em faixas de cinza e neon.

Fechei os olhos e me permiti um luxo perigoso: esperança.

No sonho, o carro parou. Dante abriu minha porta. Ele viu o sangue vazando pelo meu vestido. Ele me pegou no colo. Ele se desculpou. Ele disse que sabia.

*BOOM.*

O mundo se desintegrou.

Metal gritou. Vidro explodiu para dentro como estilhaços.

Minha cabeça bateu contra a janela.

Nosso SUV girou fora de controle, batendo na mureta central com uma força que abalou os ossos.

Fui jogada contra o cinto de segurança, a alça cravando em minhas feridas recentes. Gritei, mas o som se perdeu no caos.

Tiros.

Estávamos sendo emboscados.

Olhei através do para-brisa estilhaçado, a visão turva.

O carro da frente - o carro de Dante - havia sido abalroado por um caminhão pesado. Estava amassado do lado do passageiro.

Dante chutou a porta para abri-la.

Ele cambaleou para fora, sangue escorrendo pela testa.

Ele correu ao redor do carro.

Ele arrancou a porta do passageiro com as próprias mãos, os músculos se esforçando contra o aço.

Ele puxou Isabela para fora.

Ela estava gritando, se debatendo, perfeitamente viva.

"Eu te peguei!", ele rugiu. "Me cubram!"

Ele a carregou em direção à segurança dos veículos de apoio que chegavam.

Ele passou correndo pelo meu carro.

Minha janela havia sumido. Eu estava pendurada de lado, presa pelo metal esmagado da porta.

Estendi a mão, os dedos tremendo.

"Dante", engasguei.

Ele olhou para mim.

Por um segundo, nossos olhos se encontraram.

Ele me viu presa. Ele viu a fumaça subindo do bloco do motor do meu carro.

Ele olhou para Isabela em seus braços. Ela tinha apenas um arranhão na bochecha.

Ele cerrou a mandíbula, virou a cabeça para frente e continuou correndo.

Ele me deixou.

De novo.

O calor do motor estava se tornando insuportável.

"Peguem a garota!", um guarda-costas gritou de fora.

Não Dante. Apenas um funcionário pago.

O guarda me arrastou para fora segundos antes do tanque de combustível explodir.

A explosão nos jogou no chão.

Deitei no asfalto, observando as chamas lamberem o céu.

Ambulâncias gritavam à distância.

Paramédicos invadiram a cena.

"Esta aqui está em estado crítico!", um paramédico gritou, ajoelhando-se ao meu lado. "Pressão caindo rápido. Hemorragia interna."

"Espere!", a voz do meu pai cortou o barulho.

Ele estava de pé sobre Isabela, que estava sentada em uma maca, chorando histericamente por causa de uma unha quebrada.

"Verifiquem minha filha primeiro", ele ordenou aos paramédicos. "Ela é a noiva. Ela precisa estar perfeita."

"Senhor, esta mulher está morrendo", argumentou o paramédico.

"Eu disse para verificar a Isabela!", Dante latiu. "Faça o que ele diz."

O paramédico hesitou, depois se levantou e se afastou de mim.

Observei-os cuidarem de Isabela.

Observei Dante acariciar o cabelo dela.

A escuridão se aproximou nas bordas da minha visão.

Foi pacífico desta vez.

Acolhi o vazio.

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