- Rebecca? Como você veio parar aqui? Não me lembro de sair com você da festa, apesar de que passei bons minutos da noite duro só de olhar para seu decote.
Eu abro a boca, mas não digo nada, apenas paro o carro no acostamento e me viro para o encarar, o vendo de olhos fechados.
- Faz o seguinte, Dawid: fique calado, que é o melhor que você faz. Vou te deixar em sua casa e depois vou para a minha já que eu percebi que está tão bêbado que nem vai se lembrar que me viu - Digo e volto a dirigir, me sentindo mal por constatar que ele só falou isso por conta da bebida.
- Me leve a qualquer lugar menos para a minha casa, assim que entrar terei minha mãe infernizando minha cabeça e tenho certeza de que Abigail também estará lá se fazendo de vítima - Ele diz e suspira derrotado.
Pondero e percebo que posso me complicar ao chegar lá com ele e isso me dará problemas que não estou pronta para lidar.
Dou a volta com o carro e sigo para onde eu pretendia ir quando decidi sair da festa e me despedir de minha cidade natal até meu retorno da faculdade.
Ao chegar perto da colina, informo que o restante do caminho teremos que ir andando e pergunto se ele tem condições, que apenas dá de ombros e sai. Preciso acelerar meus passos para alcançá-lo e mostrar o caminho, além de ter cuidado para ele não cair no meio do caminho. Assim que chegamos, eu me afasto dele e dou uma boa olhada na vista, essa colina é afastada do centro da cidade, mas próxima de nossas casas e de fácil acesso a quem souber o caminho. Sempre venho aqui quando quero pensar, chorar e até mesmo esquecer de tudo.
Olho para trás e vejo Dawid encostado no tronco da árvore que tem no ponto mais alto, ele está sob o brilho da lua e sua expressão máscula me faz pensar em como seria ter uma noite com ele. Balanço minha cabeça para afastar esse pensamento e me dirijo até ele, sentando-me ao seu lado.
- O que você pensa que está fazendo Dawid? Por mais que eu não concorde em você noivar com a Abbie, não concordo em você a trair da forma mais cretina, como o vi fazer hoje - Digo e fecho meus olhos, pois me dói estar tão perto e tão distante.
- Digamos que não foi uma escolha minha assumir esse relacionamento, mas sim sugerido por meu pai e apoiado por minha mãe, devido ela alegar que a Abbie é uma boa mulher, então acabei deixando as coisas chegarem a isso - Ele dá de ombros e o encaro de boca aberta após sua revelação.
- Dawid, é da sua vida que se trata tudo isso. Se você não quer, não se veja obrigado a aceitar - Digo revoltada por saber que ele praticamente está sendo obrigado a se casar.
- Não me leve a mal eu gosto dela, ela é boa de cama e já provou de várias formas que gosta de mim, mas ela é grudenta, ciumenta e quer estar comigo 24 horas. Eu só queria espaço um dia apenas, e aí brigamos e cometi o erro de beber como se não houvesse o amanhã - Suspiro e me dou conta de que era exatamente o que eu queria para mim no momento, beber até esquecer de tudo.
Dou de ombros e puxo a garrafa de vodka que ainda estava comigo e lhe ofereço após dar um longo gole e sentir a bebida queimar ao descer por minha garganta. Dawid sorri pegando a garrafa de minhas mãos e fazendo o mesmo.
Ficamos ali até estarmos completamente embriagados. Rimos muito por conta das possíveis estrelas se movendo, que acabamos por perceber se tratar de vagalumes.
Suspiro derrotada por saber que precisamos ir embora e ficarei apenas com as lembranças de nossas conversas e risadas por piadas idiotas.
Assim que me virei para Dawid na intenção de me despedir, noto que ele está me olhando fixamente. Em seu olhar uma intensidade que nunca vi antes, suas pupilas estão dilatadas, e é notável que ele está excitado. Apenas a percepção disso foi suficiente para arruinar minha calcinha.
Dawid levou a mão esquerda até minha nuca e me puxou em sua direção, meu subconsciente gritava que tinha que me afastar ou nunca mais sairia de seus braços.
- Dawid... eu... preciso... ir... - Digo pausadamente com o ar fugindo dos meus pulmões.
- Eu passei boa parte da noite me controlando para não matar cada garoto que babou em você. Rebecca, tem noção de como se tornou gostosa? Não posso mais te chamar de lagartinha, você agora é uma linda borboleta. E estou aqui pensando o quão errado seria te beijar, mas eu não tenho forças para resistir e que se dane, eu não quero resistir.
Com isso ele avança sobre meus lábios os esmagando com os dele, sem me dar a menor chance de resistir e acabo cedendo e me deixando ser beijada e esquecendo de tudo.
O beijo durou mais do que eu esperava e logo meu corpo estava em chamas.
Segurei seus cabelos macios e arranhei com minhas unhas o couro cabeludo, puxando e o sentindo gemer em meus lábios. Uma de suas mãos agarrou um de meus seios e não controlei um gemido sôfrego e rouco.
Afastei-me de seus lábios necessitada de ar para respirar e ele não se afastou, pelo contrário, tratou de devorar meu pescoço, ombros e colo. Estou tão excitada que sinto escorrer por entre minhas pernas. Esse é o sinal para tentar tomar o controle e parar antes que seja tarde.
Mas nem tive tempo pois logo à frente de meu vestido foi rasgada e sua boca estava chupando, mordendo e lambendo o meu seio, já rijo pelo toque íntimo. Eu só sabia gemer e me vi obrigada a esfregar minhas pernas em busca de alívio, e ao fazer isso, senti o sorriso presunçoso dele quando ele trocou de seio e começou a dar a mesma atenção dada ao anterior.
- Relaxa borboletinha, que logo te darei o alívio que tanto necessita, mas antes preciso saborear cada parte desse corpo, pois passei boa parte da noite imaginando como seria.
Ele nem precisava dizer nada, pois mais uma vez escorreu minha excitação e acredito eu, que mais um pouco eu gozaria sem nem mesmo me tocar.
- Dawid... ahhhh, isso é tão bom... ahhhh...
Não consigo falar nada coerente dado ao tanto de prazer que estou sentindo, mas eu preciso falar, tenho que avisar antes que ele acabe por me machucar física e emocionalmente.
- Precisamos parar de fazer isso, eu não... Ahhhhh. Deus isso é muito bom hummm... - Volto a gemer perdida no prazer que ele me proporciona.
- Me diga uma única razão para eu parar o que eu estou louco para fazer desde que bati meus olhos em você hoje - Ele diz rápido e volta a chupar meus seios.
Tento me recompor e colocar um pouco de bom senso em tudo. Respirando fundo, digo de uma vez.
- Talvez o fato de eu ser virgem seja o suficiente para você... Ahhhhh - Gemo de forma frustrante quando ele congela seus atos a centímetros de meu seio onde mamava igual um recém-nascido desesperado de fome.
- O que você disse? Acho que entendi errado - Ele diz em um fiapo de voz e acabo por me cobrir com meus braços dada a vergonha de seu olhar incrédulo em mim.
- Exatamente isso, eu sou virgem e nunca jamais fui tocada por homem nenhum. Não me olhe assim, eu não me envergonho de minha decisão - Digo ríspida dada a decepção em sua voz ao me questionar.
- Não os esconda de mim garota, eles me pertencem e os quero visíveis... - Diz puxando meus braços - E isso não é motivo suficiente para me impedir de ficar com você, pelo contrário é uma razão maior para que continue.
Antes que eu possa responder, ele voltou a dar atenção aos meus seios e rasgando o resto do que sobrou de meu vestido, se posicionando sobre mim, forçou-me a deitar e com esse movimento senti sua ereção em minha coxa e isso foi mais excitante, se era possível.
- Intocada, pura e gostosa pra caralho e será minha, toda minha. Sou um puto sortudo mesmo tendo tudo para me sentir um azarado no dia de hoje.
Ele volta a me beijar, só que desta vez mais delicado e contido, como se tivesse me pedindo permissão. Ligando o botão de foda-se, agarrei seus cabelos com força e o puxei para mim dando a ele minha aprovação, amanhã ele nem vai saber o que aconteceu e estarei a milhas de distância. Então talvez seja minha única chance de ter o homem que eu amo em meus braços.