A Doce Traição Dele, A Fria Vingança Dela
img img A Doce Traição Dele, A Fria Vingança Dela img Capítulo 3
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Capítulo 3

Ponto de Vista de Joana Neves:

O Professor Dutra foi uma dádiva dos céus. Uma verdadeira lenda no mundo da arte, ele via potencial onde outros só viam problemas. Sua ajuda era meu único bilhete de saída. Com seu apoio, os obstáculos burocráticos para uma bolsa de estudos no exterior diminuiriam, permitindo que eu fugisse deste pesadelo mais rápido.

Eu sempre me esforcei pela excelência. Notas máximas, horas incontáveis no ateliê, me levando ao limite. Não porque eu amasse o esforço, mas porque eu ansiava por ele. Ansiava pelos momentos fugazes de reconhecimento de Dora, de Ethan, de Dênis. Qualquer migalha de atenção, qualquer sinal de orgulho.

Foi tudo em vão.

Ninguém realmente se importava. Minha mãe, Dora, obcecada com sua posição social, seu novo marido, sua vida perfeita, certamente não se importava. Ethan, com seu ressentimento profundo e senso de justiça distorcido, se importava ainda menos. E Dênis... Dênis era uma víbora em pele de cordeiro, um mestre manipulador que me fez de boba.

O telefone clicou, a linha ficou muda. O Professor Dutra prometeu ver o que podia fazer. Senti os últimos vestígios de força se esvaírem de meus membros. Meu corpo, já à beira do colapso, cedeu. Desabei na minha cama, o colchão macio um conforto cruel.

O sono não ofereceu escapatória. Pesadelos arranhavam as bordas da minha consciência, me puxando para um abismo aterrorizante. Eu me debatia, um grito silencioso preso na garganta.

Acordei sobressaltada, o coração batendo forte, a pele coberta de suor. Meu corpo inteiro queimava, uma febre violenta sob a superfície. Minha cabeça latejava, cada batida um martelo contra meu crânio. Eu precisava de remédio.

Me levantei, gemendo, mas antes que eu pudesse alcançar a porta, ela se abriu com um estrondo.

Dora estava lá, emoldurada pela luz forte do corredor, seu rosto uma máscara de fúria fria. Ela não esperou que eu falasse. Não perguntou sobre minha febre, sobre o baile, sobre nada.

Ela apenas jogou uma pilha de fotos brilhantes no meu rosto. Elas se espalharam pelo chão, caindo com baques nauseantes.

"O que é isso, Joana?!" Sua voz era um rosnado baixo, mal controlado. "O que você fez?!"

Suas palavras eram mais afiadas que qualquer lâmina. "Sua piranha! Sua vagabunda! Como você pôde ser tão absolutamente desonrada?!"

Olhei para as fotos, meu sangue gelou. Era eu. Em vários estados de nudez. Meus olhos estavam semicerrados, meu corpo mole. Lembrei-me das bebidas fortes que Dênis me deu. As sensações de tontura. As memórias nebulosas dele sussurrando coisas doces no meu ouvido, me dizendo o quanto me amava.

Isso não eram apenas fotos. Eram uma violação.

            
            

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